tag:blogger.com,1999:blog-83765557990421949572024-03-20T20:54:02.802-03:00Cores, amores e afinsNinahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.comBlogger100125tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-12544710970999730712016-08-07T21:30:00.000-03:002016-08-07T21:30:42.574-03:00Um gol sem gritos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiknSlEy3NG0RHfWPF6cJuFaj3tggHZnvNEN4xWMNrCFq4nNlwFd4OA-QJu7CLk1PROkheQ6oLDVro2tc9crjRzNSWovlU2Qj7fmTtq3vJQxS-GUq00xkzPx4jktT9NL9MmY5iBlSeqw0Vz/s1600/Arquivo+2016-08-07+21+21+11.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiknSlEy3NG0RHfWPF6cJuFaj3tggHZnvNEN4xWMNrCFq4nNlwFd4OA-QJu7CLk1PROkheQ6oLDVro2tc9crjRzNSWovlU2Qj7fmTtq3vJQxS-GUq00xkzPx4jktT9NL9MmY5iBlSeqw0Vz/s320/Arquivo+2016-08-07+21+21+11.jpeg" width="320" height="240" /></a></div>
"Não, mas elas devem ser sapatões, né? Mulher jogando futebol? Puff!"
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"Affe! Mas a qualidade nem se compara. Homem tem mais resistência física..."
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"Olha que bonitinha de maquiagem! Nem parece que luta..."
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As olimpíadas começaram e, com elas, a chuva de infelicidades. Não, ser mulher nunca foi fácil. Mas, não, isso não se resume ao fato de que nós somos "responsáveis por parir" ou "responsáveis pelo laaaar". Ser mulher é ter que provar, todos os dias, que somos capazes. Não somente capazes, mas igualmente capazes.
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Nos esportes parece que tudo se complica. Criou-se uma cultura de fragilidade, incapacidade e, de certa forma, desconhecimento de tudo para as mulheres. Aguentamos menos, somos muito delicadas, não sabemos nada de regras sem a ajuda de um homem, não conseguimos praticar esportes, somos desengonçadas e Deus me livre e guarde de tentarmos assumir esportes originalmente masculinos.
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Os anos se passaram, a vida seguiu, mentes se abriram e muitos países colocaram suas mulheres no esporte lentamente. Aos poucos, as próprias mulheres começaram a reconhecer suas capacidades de assumir a posição de atletas. As pioneiras, em seu brilhantismo, abriram o caminho para uma nova era de capacidade. Hoje somos uma massa de mulheres esportistas? Não. Somos minoria. Ouvimos os maiores impropérios. Ainda ouvimos aquele velho "tão feminina, nem parece que luta/corre/bate/atira/joga/é casca grossa."
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As olimpíadas de 2016 começaram na sexta-feira. Nossa olimpíada, as olimpíadas do Rio. Infelizmente, muitos ainda foram os países que enviaram somente homens ou pouquíssimas mulheres. Pra surpresa dos desavisados, os países africanos mantém seu brilhante projeto de empoderamento e continuam a enviar um número surpreendente de mulheres. Mesmo os menores e mais pobres. Os antigos, como a Índia, continuam a decepcionar... Mas há quem culpe a tradição.
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Porém, é inevitável perceber a diferença de tratamento entre as categorias masculinas e as femininas. O exemplo é bobo, mas quantas vezes você assistiu e torceu por um campeonato mundial feminino de futebol na Globo, a grande empresa televisiva nacional? Quantas vezes aquele "grande locutor", acompanhado por seu "time de craques" e "estrelas" cobriu um jogo feminino? Quantas vezes, na sua cidade, o povo gritou pela janela um GOOOOOOOL lá do fundo da alma pela Marta, a Formiga, a Dani etc.? Quantos nomes de atletas femininas, do futebol ou não, você conhece? São mais nomes do que os masculinos?
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Sou carioca dos gritos de "MEEENGOOO" pela janela. Dos gritos de "GOOOOL" até ficar rouca. O mesmo acontece aqui em Goiânia, já ouvi muitos gritos pela janela. Curiosamente, nenhum gol da seleção feminina inspira essa paixão. Silêncio. Desconfortável silêncio.
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Muitas exageram na luta? Sim. Mas feminismo é mesmo besteira? Essas "feminazi loucas" só querem mesmo chamar atenção? Não existe diferença?
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A diferença existe. Desde a falta dos gritos pela janela por um gol, até o desrespeito de um delegado de polícia durante a denúncia de uma agressão. Desde a falta de conhecimento de atletas, até a crença de que agressão doméstica é só briguinha de casal. Desde a crença de que, porque são mulheres, a resistência é menor, até a crença de que "a menina vagaba pediu pelo estupro."
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Com o pé direito, essas olimpíadas começaram com uma medalha de ouro feminina em um esporte "de menininho". Virginia, americana, venceu no tiro ao alvo com carabina e ar a 10m. Um soco na cara de muita gente. O futebol brasileiro, lendário, hoje é carregado com honras pela seleção feminina. E muitas outras glórias de mulheres ainda virão.
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Aceitem, já carregamos muitas glórias e viveremos muitas outras. O que a sociedade construiu até hoje aos poucos vai cair. No fim a verdade é que seremos igualmente boas ou muito melhores, nada menos que isso. Somos todas Martas, Sarahs, Hortênsias, Natálias, Paulas, Danis, Carlas, Maiaras, Anas, Victorias, Andressas, Jaquelines, Virginias...
Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-55819060364805923772016-07-24T12:20:00.002-03:002016-07-24T12:27:50.190-03:00Voltar dos mortos, um novo começoÉ engraçado. Sempre "volto dos mortos", mas nunca em um sentido amplo. Hoje eu volto dos mortos de uma forma mais real. Não, não estava em coma ou doente ou morrendo. Mas acredito que espiritualmente sim. Muito de mim esteve morrendo desde o meu último post e publicar o que vou publicar agora foi uma luta/vitória. Aprendi muito, vivi muito, chorei muito, sofri muito, sorri bastante, amei sem fim. Mas só agora, hoje, me sinto livre pra ser feliz e mudar o rumo.
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Não estou plena, não me livrei de fantasmas, ainda não atingi a maestria na arte de ser firme no que considero melhor para mim. Lembranças me assombram, tenho pesadelos bizarros, o coração dói. Vejo fotos e tenho lembranças que me deixam desconfortável. Mas minha cura está em reconhecer que não foi bom, não foi como deveria ter sido e que eu preciso superar muito. Está também em olhar para trás e reconhecer meus erros, minhas infantilidades e a malícia de algumas pessoas.
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Grande parte do crescimento pessoal está em saber ler as pessoas. E como eu sou falha nesse quesito. Quantas vezes fui "língua solta" demais, acreditei demais, duvidei de más intenções, demorei a tomar atitudes contra o que me incomodava.
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A grande sacada da malícia, do assédio (de qualquer tipo), da falta de consideração, do abuso de poder é que tudo isso te faz duvidar dos seus sentimentos, do seu incômodo. Será mesmo que as intenções são ruins, não sou eu que estou exagerando? Ele(a) sempre foi tão legal, será que ele(a) realmente tem controle dessas coisas? Será que ele(a) realmente tá dando em cima ou tá só querendo ser meu (minha) amigo(a)? Ele(a) disse que "gostava muito e era muito amigo de fulano(a), mas...", deve ser verdade, né? Meu Deus, ele(a) quase chorou, deve ser verdade, né? Não, ele(a) não faria isso, faria?
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Eu sou ridiculamente falha. Erro muito, mesmo. E sinto uma baita vergonha. Mas um os meus erros se confunde muito com virtude. Eu estabeleço vínculos com quem eu devo e com quem eu não devo. Isso me atrapalha profissionalmente, tira de mim uma frieza que talvez seja a chave do sucesso. Não sei. Quando o trabalho gera um falso vínculo de amizade, a decepção é certa. A explicação chega a ser boba... Um falso vínculo de amizade faz com que você confie e acredite em reciprocidade. E é aí que a brincadeira acaba.
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Não existe reciprocidade, não existe almoço de graça. A consideração que se dá não é a que se recebe e tudo que for dito pode e será usado contra você. Ninguém que te aconselha a questionar ou brigar com alguém (do qual se diz muito amigo, amigo de anos, amigo irmão) é uma pessoa legal, por mais que essa pessoa diga conhecer o outro muito bem. Ninguém compartilha, de forma pejorativa, detalhes da vida pessoal de pessoas que diz gostar pra ser engraçado. Ninguém menospreza e diminui um suicídio só de brincadeira. A consideração e identificação dura enquanto durar sua submissão à vontade as pessoas. Mijou for do penico, amigo? Não importa o quanto você pode ter ajudado ou sido um bom profissional antes, ali acaba o amor e começa o inferno.
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E esse é o grande mal dos nossos tempos, da nossa vida profissional "moderna" e "evoluída". Nos tornamos tão atrelados à necessidade de contatos, dinheiro, posição, emprego, que passamos a nos submeter a determinadas coisas e sorrir quando em situações totalmente bizarras. Falo da minha experiência na área acadêmica, mas não duvido que a mesma realidade se repita para muitas carreiras (senão todas). O mundo de hoje é cão, pitbull criado em vala sem luz e sem comida.
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Quase coloquei muita coisa a perder por essa ideia errada de que eu precisava daquilo, precisava ser bacana, precisava de contatos, tinha uma dívida com não-sei-quem etc.
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Mas deixa eu te contar umas verdades... Tem gente que torce o nariz pros seus contatos, porque você se liga cm gente sem noção e mal-vista. Tem gente que te responde sem você precisar ser indicado, tem gente de carne e osso, daquelas que a gente conversa como os seres humanos fazem desde as cavernas. Tem gente que não vale a pena tentar atingir no alto da torre de marfim, porque não vai te acrescentar nada e nem o "grande nome" vai te dar qualquer vantagem.
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Tive que sofrer dores imensas para me convencer de que o tempo te tira muito e não vai ser o teu colega de trabalho ou o teu chefe que vai valorizar seu "grande esforço profissional" de continuar trabalhando mesmo estando péssimo. Ninguém se lembra de onde veio ou as trevas que teve que atravessar, quando a vida tá bacana; todo esforço e sofrimento para atingir um objetivo se torna nada mais do que uma obrigação quando enxergamos de cima. As escolhas sempre foram minhas e eu nunca me arrependo delas, fazem parte do todo, ensinam. Mas dizer que foi tudo muito legal seria mentir até para mim mesma.
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Meu remédio veio quando resolvi que era um absurdo me submeter às vontades irracionais e aos pedidos interesseiros de quem provavelmente esqueceu o que é viver longe de casa ou talvez nunca tenha vivido. Talvez a decisão e o método não tenham sido os melhores, mas ainda assim me decepcionei com os desdobramentos de tudo. No fim, quem se dizia amigo rapidamente tornou-se colega/chefe e aqueles que falavam mal dos outros passaram a falar mal de mim. O que esperar de pessoas que fizeram isso com outros, com os tais "amigos-irmãos" e pessoas "queridas"? Ilusão a minha. E mais uma vez vivi a dúvida e o questionamento dos meus próprios princípios, a insegurança e o medo de ter destruído tudo que deu tanto trabalho pra construir.
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E quantos não foram os choros doídos, as broncas, os sonhos bizonhos (como os que tive até recentemente), os abraços e os consolos daqueles que realmente são amigos, colegas, familiares e parceiros nessa vida, até que eu começasse a confiar nas minhas escolhas e no meu taco de novo? Quantas vezes não precisei repetir pra mim mesma que nem tudo estava perdido? Quantas tentativas de retomar qualquer tipo de trabalho foram arruinadas por um medo ou bloqueio inexplicável? Quanto tempo foi jogado fora?
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Não. Chega. A volta dos mortos começou com o meu casamento (num próximo post) e, depois, com a ida ao Japão, há um mês. Começou quando resolvi que essa Marina tem capacidade de decidir com quem ela quer se relacionar, com quem ela quer continuar a trabalhar, com quem ela tem interesse em estabelecer relações. Não mais presa às necessidades burras de lamber o chão de qualquer um que apareça com promessas vazias ou ao pensamento de que não vou evoluir se não me sujeitar a certas coisas.
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Palavras são vento... Vou realizar e ver realizarem antes de qualquer outra coisa.
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Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-84533525457455718452015-07-05T15:42:00.000-03:002015-07-05T15:42:00.779-03:00Nova casa, novo trabalho, África do Sul, Japão e a saga da academiaMinha vida daria numa comédia bem boa, daquelas de doer a barriga de tanto rir. Sei disso porque eu mesma rio... Às vezes pra não chorar, mas rio.
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Quase DOIS anos completinhos depois de dormir no topo do Monte Fuji, estou de volta. É aquela velha relação blogueiro-blog, que só as duas partes entendem. Você escreve enquanto as inspirações duram, daí você pára, depois você volta. Mas é gostoso voltar vendo o quanto o blog continuou vivo durante esse tempo. Bom saber que não escrevo só pra mim mesma.
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Muita coisa mudou desde aquele agosto de 2013. O trabalho de doutorado, infinito e sofrido, acabou. Sou doutora (e, sim, isso ainda soa estranho pra mim... mas falamos sobre isso mais tarde!), voltei pro Brasil, trabalhei no Brasil, fiquei noiva no Brasil (UHUUUL!!!) e minha carreira me puxou pelo pé e me jogou na África do Sul.
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLWmejGQtNcTe36uYeIUnLTa0bCagGTLJ3036wx_ZW5KYygOh9aovjT0r5HUd-4px1TJNizm7dNQrsK1nuxQtzo3vJzjdRQup3MDXsgX4VaokhAajMaVLhKARX5NMdX785CDMZ2W72YV8Q/s1600/11351480_10152939013656295_2824352515957548914_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLWmejGQtNcTe36uYeIUnLTa0bCagGTLJ3036wx_ZW5KYygOh9aovjT0r5HUd-4px1TJNizm7dNQrsK1nuxQtzo3vJzjdRQup3MDXsgX4VaokhAajMaVLhKARX5NMdX785CDMZ2W72YV8Q/s320/11351480_10152939013656295_2824352515957548914_n.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Nascer do sol na África do Sul, visto do avião</td></tr>
</tbody></table>
<i>“Mas menina, comassim?”</i>, vocês perguntam. E eu respondo <i>“O Japão, queridos... Sempre o Japão”</i>. Lá para fins de fevereiro desse ano, em uma conversa com um amigo que também se formou no Japão – em meio às lamúrias da falta de oportunidade e das dificuldades de ser um doutor em lugares que não se mostram muito abertos para doutores, mesmo sendo as nossas casas –, soube de uma novidade... Um projeto... O mesmo projeto no qual trabalhei no mês anterior a voltar para o Brasil (lá no Japão). Uma vaga ainda estava aberta para 10 meses de trabalho na África...
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Dúvidas, discussões, dúvidas, lamentos, dúvidas, esperanças, dúvidas, projetos... Já disse dúvidas? A organização de um casamento à distância, valhei-me secretária-representante-administradora-mãe... A organização de uma vida pós-casamento à distância... Visto tirado às pressas, passagem comprada às pressas... Tudo corrido, tudo suado. Ajuda de muitos amigos queridos. O pensamento focado em construir um futuro, que agora não vai ser mais só meu, seremos dois em um... E a vantagem de ter O Cara dando aquele empurrãozinho quando as coisas não pareciam ir bem.
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E aqui estou eu, na África. Minha primeira vez no continente da origem... E quem diria que ia ser algo tão definitivo, né? 10 meses morando aqui, trabalhando e pesquisando aqui. Pela primeira vez uma pesquisa sobre a África. Relacionada com a pesquisa anterior sim, um pouco de ONU na jogada, mas minha primeira conexão africana.
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS9GZxE49akHDuFPIJ1wCXoG2hbVOeMTwhq2_7dbdWWFokezWGWPMZCgmlG1bdnkcagx8k6KKuVoSZzTBARO5ZgzQmK7Chqu6_qqI3MGQiCKWlocfFt_wTB0mcKQx4zWkZdwU5TaQ2B6bQ/s1600/Bloemfontein-City-of-roses-indiafrica-poster-design-723x1024.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgS9GZxE49akHDuFPIJ1wCXoG2hbVOeMTwhq2_7dbdWWFokezWGWPMZCgmlG1bdnkcagx8k6KKuVoSZzTBARO5ZgzQmK7Chqu6_qqI3MGQiCKWlocfFt_wTB0mcKQx4zWkZdwU5TaQ2B6bQ/s320/Bloemfontein-City-of-roses-indiafrica-poster-design-723x1024.jpg" /></a></div>
O lugar? Bloemfontein. A fonte das flores. A cidade das rosas. A capital judicial da África do Sul (uma das três capitais, na verdade – junto a Pretória e Cidade do Cabo). Uma grande pequena cidade, com muitos shoppings, poucos prédios e cercada por fazendas. Nenhum Burguer King, nenhum Starbucks, mas um McDonald’s, um mercado de fim de semana muito legal, pessoas incrivelmente simpáticas e uma universidade fantástica. Comparada com Johanesburgo, onde estive no mês passado, Bloemfontein é muito pequena. Mas isso salva cidade de índices elevados de violência, garante o menor índice de poluição atmosférica do país e ainda dá de presente para os habitantes a melhor qualidade de água da África do Sul.
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Durante esse primeiro mês não tive muitas chances de explorar meu novo endereço no planeta. A espera pelo primeiro salário é sempre angustiante. Mas pude ver algumas coisas que, em geral me intrigaram e também agradaram, na maior parte. A África do Sul é um país de pessoas amigáveis, felizes, simpáticas. Existem os “cara de orifício anal”? Existem, mas são a minoria. E não há um sorriso bem dado que não arranque um sorriso igualmente bonito. Sinto-me em casa nesse continente, realmente acho que herdamos a parte boa daqui.
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Ao mesmo tempo, as semelhanças com o Brasil também são grandes no sentido não tão bom da coisa. Como na saga da academia, por exemplo...
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Há três semanas encontrei a academia do campus. Isso, em si, já foi uma saga. Todos (ou uma parte das pessoas) sabem que a academia existe, ninguém sabe onde fica. Levei duas semanas para achar o lugar. Quando encontrei, achei muito legal; as academias aqui do Brasil, ops, da África do Sul são muito parecidas com as academias da África do Sul, ops, do Brasil. Cheguei na secretaria e perguntei sobre a inscrição e fui informada que só acontece às sextas-feiras. <i>”Ok! Volto na semana que vem!”</i>, respondi. Uma semana depois, lá estava eu e mais uma vez não consegui me registrar, porque, segundo o funcionário, os registros aconteciam das 10h às 11h da manhã. <i>”Mas não me informaram isso...”</i>, respondi ao funcionário brasileiro, ops, sulafricano. Na semana seguinte, pra ser mais precisa, na última sexta-feira, voltei à academia para ouvir que os registros não são feitos durante o mês de julho, agora só em agosto. E, ali, me senti na África do Sul, ops, no Brasil...
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Brincadeiras à parte, é bem verdade... Somos semelhantes em muitos pontos. Às vezes é impossível não fazer a comparação e fica até chato repetir sempre a frase <i>”É, nós temos isso no Brasil também”</i>. Para as semelhanças boas, parece uma certa necessidade de não estar por baixo. Para as coisas ruins, fica parecendo uma eterna competição de quem está mais caído...
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No meio de julho recebo visita ilustre (MÔÔÔÔ!!!!) e, aí, vou poder ver mais coisas dessa terra ainda não explorada por mim. Estou animada! Acho que esse continente tem uma certa magia, me encanta...
Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com2Bloemfontein, South Africa-29.116667 26.216667000000029-29.5605565 25.571220000000029 -28.6727775 26.86211400000003tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-65796366176692942422013-08-27T04:42:00.000-03:002013-08-27T04:42:29.788-03:00Dormindo no topo do Japão<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj20lut-u74e8f-tYrpBD44KIbHp4Irt8b7HfOmtD1i7yw8n3RuNrYyIldDTfFq4nxGw7Fr3HEkamoYIUpomBYsktSOiux7B7R0TnYImRAxtT3AW_krU6bco1P3lwOsIu2poqNGBH2mmUhk/s1600/IMG_5301.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj20lut-u74e8f-tYrpBD44KIbHp4Irt8b7HfOmtD1i7yw8n3RuNrYyIldDTfFq4nxGw7Fr3HEkamoYIUpomBYsktSOiux7B7R0TnYImRAxtT3AW_krU6bco1P3lwOsIu2poqNGBH2mmUhk/s320/IMG_5301.JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Monte Fuji visto da quinta estação</td></tr>
</tbody></table>
Sou pequena, frágil, cheia das minhas frescuras e medos, não há quem diga que luto Taekwondo ou que gosto de me meter numas aventuras tenebrosas. Mas a verdade é que eu gosto, eu vou, me sujo, me machuco, me canso, me quebro, passo perrengue e tenho minhas histórias pra contar no fim. Já cruzei meio Japão de trem normal, numa viagem de 18hs, já fiz trilha de chinelo etc. Semana passada resolvi colocar mamãe de cabelo em pé (de novo) e fui sozinha escalar o Monte Fuji, o pico mais alto do Japão e também um vulcão ativo.
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Existem vários relatos de como é a experiência de escalar o Fuji. Li muitos antes de ir, pra poder me preparar. Mas, sinceramente, nenhum deles conta exatamente como é a subida ou a descida. Nenhum deles consegue resumir exatamente o sentimento ou o que é necessário. No fim, concluí que nada como a experiência em si pra nos ensinar onde erramos e onde acertamos, que parte é simples e qual é a complicada. O que é possível e o que não é.
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Depois de quase 3 anos e meio no Japão, minha última chance de escalar o Fuji foi agora. Todo ano, as trilhas e estações da montanha são abertas no verão, entre julho e agosto. Em geral, a temporada de escalada acontece entre a primeira semana de julho e o dia 31 de agosto. Algumas variações de dias podem acontecer, devido às condições climáticas, mas, resumindo bastante, temos esse intervalo de dois meses pra visitar o topo do mundo nipônico.
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Desde que cheguei aqui tinha muita vontade de ir e empurrei com a barriga por preguiça, outros planos etc. A verdade é que a ida exige uma certa preparação material e de atualização com o clima. Cinco dias antes de ir (ou decidir a data da minha ida), comecei a checar a previsão do tempo no topo, para garantir que a subida não seria em condições ruins e que o meu nascer do sol (evento máximo da escalada) estaria garantido. O site da <a href="http://www.jma.go.jp/jma/indexe.html">Agência Meteorológica Japonesa</a> se mostrou muito complicado, então fui atrás de sites mais específicos, como o <a href="http://www.mountain-forecast.com/peaks/Fuji-san/forecasts/3776">Mountain Forecast</a> ou o <a href="http://www.fujisan-climb.jp/en/index.html">Mt. Fuji Climbing</a>. Consegui encontrar uma “janela”, em uma semana que prometia tempo nublado, juntei minhas tralhas e fui.
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKIho9mO-AZ8AqYuBdvVFxlkoUW331fyIdNUNGg3gkS3rRZF5PBslBudGs8ICm_azJQ_uW-c6hRSVf6CaQgmjb-rHtXuA8bxfHaUk1PrPd0G8D5t7wfyzmSO6kzFEV_BqQmpUgssHJYU7h/s1600/IMG_5298.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="133" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgKIho9mO-AZ8AqYuBdvVFxlkoUW331fyIdNUNGg3gkS3rRZF5PBslBudGs8ICm_azJQ_uW-c6hRSVf6CaQgmjb-rHtXuA8bxfHaUk1PrPd0G8D5t7wfyzmSO6kzFEV_BqQmpUgssHJYU7h/s200/IMG_5298.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: x-small;">No trem, a caminho.</span></span></td></tr>
</tbody></table>
Minha programação era: ir de trem (trem-bala + trem normal), subir até a quinta estação de ônibus, começar a trilha por volta de 3 horas da tarde, subir com tranquilidade, passar a noite no topo, ver o nascer do sol, andar um pouco em torno da cratera, descer e voltar pra casa. Consegui seguir de certa forma o que tinha programado, mas os “extras “ são sempre a parte boa da aventura, né?
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Existem quatro opções de trilhas para a escalada do Monte Fuji: <i>Yoshida</i>, <i>Subashiri</i>, <i>Gotemba</i> e <i>Fujinomiya</i>. <br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBVo2CfDbr9PNgUUR6Nve1kHUq2nrawHq9ziq_4Y36rSlifjg9UnMXuBibrGjJJHYB1Gjd0bViHG3UitQPnfNa49836TxzCq1JX0vZLMs_bqBG7FLGx_sBBEodTpCwUK36osnHDLlYZD2m/s1600/IMG_5355.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBVo2CfDbr9PNgUUR6Nve1kHUq2nrawHq9ziq_4Y36rSlifjg9UnMXuBibrGjJJHYB1Gjd0bViHG3UitQPnfNa49836TxzCq1JX0vZLMs_bqBG7FLGx_sBBEodTpCwUK36osnHDLlYZD2m/s320/IMG_5355.JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Trilha Yoshida</td></tr>
</tbody></table>
As três tem características diferentes: <i>Yoshida</i> começa na cidade de <i>Fuji-Yoshida</i>, é a mais fácil e com mais assistência (muitos banheiros, casas de hospedagem e lojas); <i>Subashiri</i> começa na cidade de <i>Oyama</i>, é coberta por vegetação até a sexta estação e se une à <i>Yoshida</i> na oitava estação; <i>Gotemba</i> é a trilha mais longa, começa na cidade de mesmo nome e tem pouca assistência para quem escala, pelo menos até a oitava estação; <i>Fujinomiya</i> também começa em cidade homônima, é a trilha mais curta de todas, porém a mais inclinada e complicada, além de apresentar poucos locais de assistência.
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Para a subida, escolhi a trilha <i>Yoshida</i> e descobri que o nível de dificuldade relatado nos sites não era o mesmo que eu acreditei que fosse. Apesar de serem trilhas, a escalada se faz escalada de verdade em certos momentos. Na <i>Yoshida</i>, o caminho entre a sétima e a oitava estações apresenta trechos de “rock climbing” real, com mãozinha na pedra, bracinhos fortes etc. Apesar de ser em zigue-zague, a trilha <i>Yoshida</i> não deixa de ser inclinada e cansativa também. Cheguei à quinta estação pouco antes das 2 horas da tarde, fiquei um pouco por lá passeando e me adaptando à altitude, iniciei a subida no horário que tinha previsto e consegui alcançar a oitava estação em 3 horas e meia. A beleza de ter começado mais cedo foi, com certeza, poder ver o show de luzes do pôr do sol.
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0_JTmcqkVCmcT46syY2Rs_ktaWxP-Mc1Ypd5oPAaRRuvwsp9dyVTKJskzNX-yRbGTBFIeGBjKywgq0CoiiNZqOjDsqNvlfblYBrQPU_W9OyGv43VxVUbfQSa1fGWzsIHe3ybTjdZfjtHh/s1600/foto.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0_JTmcqkVCmcT46syY2Rs_ktaWxP-Mc1Ypd5oPAaRRuvwsp9dyVTKJskzNX-yRbGTBFIeGBjKywgq0CoiiNZqOjDsqNvlfblYBrQPU_W9OyGv43VxVUbfQSa1fGWzsIHe3ybTjdZfjtHh/s200/foto.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cajado e suas marcas</td></tr>
</tbody></table>
Para auxiliar a subida, comprei um cajado de madeira, que é vendido nos pontos de partida para a trilha e mesmo nas lojinhas da subida. Como comprei na estação de trem, gastei cerca de 800 ienes, mas os preços podem chegar a 1.500 ienes, conforme você sobe. A parte legal do cajado é que a cada estação você pode marcar o seu avanço com carimbos a ferro quente. Cada um com um desenho, às vezes até dizendo a altitude, a data e tudo mais. Sendo que o mais importante é, sem dúvida, o do topo, né? E, na volta pra casa, pode saber que você e seu cajado vão ser as estrelas do trem, e todos os velhinhos vão querer saber se você realmente escalou o Fuji-san. Hihihi!
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Depois da oitava estação, começou a escurecer e tive que usar minha lanterna de cabeça. Sim, o ideal é deixar as mãos livres por vários motivos, entre eles o apoio nas pedras de alguns trechos e a ajuda na proteção em caso de queda. No escuro, a subida se tornou mais lenta e cuidadosa. Apesar da bênção de ter tido o clima perfeito durante todo o tempo (mesmo tendo checado previsões de tempo nublado) e só ter visto passar longe uma tempestade de raios linda, o vento chegou com força total depois do pôr do sol. E quando digo com força, não estou exagerando; eram rajadas de vento bizarras mesmo. A lua cheia também deu o ar da graça nos últimos metros de subida e compôs cenários maravilhosos, que vou guardar pra sempre na memória.
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Às 22 horas cheguei ao topo do Fuji. Depois de ter iniciado a subida muito tranquila e em um ritmo bom, os últimos metros foram uma mistura de sentimentos e, incrivelmente, isso parece ser a experiência de todo mundo que resolve encarar essa aventura sozinho. O cansaço, a escuridão e os obstáculos reduzem mais sua velocidade, as dores começam a aparecer, as paradas pra descanso passam a ser mais frequentes e o fim parece cada vez mais distante. Um amigo relatou de uma forma que descreveu direitinho o que senti; o que inicialmente não tem nada de espiritual, se torna espiritual nas últimas centenas de metros de escalada. Quando tudo se junta, as lágrimas vem, a exaustão tenta te derrubar e ali, no escuro, no silêncio, no vazio, você sente a presença de Deus. Eu senti, esse amigo, quando subiu, também sentiu; acho que todo mundo sente. E eu chorei, rezei, agradeci por ter uma oportunidade tão única, tão especial. Quando veio o topo, não conseguia mais me conter e chorei mais, de alegria, saudade de tanta gente, gratidão. Chorei me sentindo vitoriosa, capaz. Foi uma sensação incrível, que eu compartilhei somente com Deus, minha única e mais que poderosa companhia.
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3xuiKQgIMmOs0V1Xq4Yb_XcakTDl1mYcnfnbIGqqyKfcNTQ5oDcaNtJbwNQHNsm3z4aSvGxFHqhoA6booqWrEAricFIy3DwoqN0VSZik70_7Be8Oyu0z5LfNZjhLzvRhBzXf4_s7Z_Gwc/s1600/IMG_5401.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3xuiKQgIMmOs0V1Xq4Yb_XcakTDl1mYcnfnbIGqqyKfcNTQ5oDcaNtJbwNQHNsm3z4aSvGxFHqhoA6booqWrEAricFIy3DwoqN0VSZik70_7Be8Oyu0z5LfNZjhLzvRhBzXf4_s7Z_Gwc/s320/IMG_5401.JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lua cheia, na parte final da subida</td></tr>
</tbody></table>
Depois que a oitava estação desaparece sobre o ombro, durante a noite, a nona estação é somente uma ruína abandonada e o topo é deserto. As pessoas só começam a chegar e se acumular a partir das 2 horas da manhã. Antes disso, só os poucos lunáticos (eu). Assim, fui obrigada a passa a noite na porta de uma das lojas, encolhida embaixo do que levei para me proteger do frio e, quando não apagando por pura exaustão, tremendo muito, enquanto o sol nascente não vinha. Esse foi o meu primeiro aprendizado: roupas mais quentes e mais estruturas pra se proteger do frio, se você é suficientemente louco pra resolver dormir no topo. Meu “jeitinho” foi me enrolar na capa de chuva, deitar no chão e me cobrir com uma lona e uma manta que tinha levado, além do meu casaco mais pesado e minhas luvas. Não foi perfeito, eu parecia uma mendiga, mas me salvou de alguma forma do vento cortante. Enquanto no nível do mar a temperatura era de 37 graus, na montanha, a 3.767 metros, a temperatura era de 37 divididos por 10. Enquanto passava frio, acreditei piamente no que li sobre como já é inverno no Fuji a partir de meados de setembro. O fundo da cratera já apresentava até um pequeno (bem pequeno) acúmulo de neve.
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Às 3 horas da manhã as lojas no topo abriram. Espertamente, todos começaram a vender bebidas quentes e oferecer refeições. Um detalhe importante sobre a escalada é: levem dinheiro, bastante dinheiro. Apesar de ser possível, como eu fiz, levar comida, dormir no frio e evitar maiores gastos, emergências acontecem, os banheiros são pagos e, na hora do frio, até eu cedi minhas ricas moedinhas por um chocolate quente e abrigo até o céu clarear. Sem contar que a necessidade faz todos os homens, principalmente os que ganham dinheiro com ela; as coisas são extremamente caras durante a subida do Fuji.
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Quando o céu clareou, por volta das 4 horas da manhã, tomei meu lugar e fiz valer meu esforço, o frio e a espera. Nunca, na minha vida, tive uma experiência como o <i>Goraiko</i> (o nascer do sol visto do topo do Fuji). É maravilhoso! Eu fui uma das primeiras pessoas no mundo a ver o sol nascer no dia 22 de agosto de 2013.
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<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi90YPONwVwONenhJbZozHjfvrgXfG0mVayL1K7Oo_2KIt_N8kL9ARoYf_B96A1CbSWupidNzxSx7B_QPYERhyC2tH7elIuxFvft4NJ-zx_uIxp4RrmgESDZFqeDojiZF84dZU-vv_Jo1Nz/s1600/IMG_5415.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi90YPONwVwONenhJbZozHjfvrgXfG0mVayL1K7Oo_2KIt_N8kL9ARoYf_B96A1CbSWupidNzxSx7B_QPYERhyC2tH7elIuxFvft4NJ-zx_uIxp4RrmgESDZFqeDojiZF84dZU-vv_Jo1Nz/s320/IMG_5415.JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Goraiko</td></tr>
</tbody></table>
Depois de passados os meus momentos com o sol nascente no topo do país do sol nascente, resolvi perseguir meu fascínio por vulcões e fui caminhar ao redor da cratera, na trilha chamada <i>Ohachimeguri</i>. Essa trilha também não é das mais fáceis, com algumas partes bastante inclinadas, mas é fascinante poder ver um vulcão ativo “por dentro”. Sempre tive esse fascínio suicida... Acabei escolhendo uma boa pedra, numa parte mais baixa da trilha, bem perto da cratera, pra tomar meu café da manhã e ter mais um conto pros netos. O Fuji tem baixo risco de erupção, mas continua sendo considerado um vulcão ativo e fica no encontro de 3 placas tectônicas, a Euroasiática, a Okhotsk e a das Filipinas (OMG! EU ESTIVE NO ENCONTRO DE 3 PLACAS! *-*). A última atividade do grandão aconteceu em 1707.
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<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO0_ggoayxy5T6feFKQ4iAMjlwNjzU7h_mFbWCwf6pDuX1e55SRIYOsOQ-laOqt9yi7lg3unBxTcFj5ZRojleHYBNv1zlEqH5h1MQ9-TSD8ir3TFIZJtD9U_8dG9iBjNSZ0uUdd0weRT6-/s1600/IMG_5440.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgO0_ggoayxy5T6feFKQ4iAMjlwNjzU7h_mFbWCwf6pDuX1e55SRIYOsOQ-laOqt9yi7lg3unBxTcFj5ZRojleHYBNv1zlEqH5h1MQ9-TSD8ir3TFIZJtD9U_8dG9iBjNSZ0uUdd0weRT6-/s200/IMG_5440.JPG" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Kegamine ao fundo</td></tr>
</tbody></table>
Depois disso, subi até o pico mais alto do Fuji (3.776m), e consequentemente do Japão, chamado <i>Kengamine</i>. Lá ficava localizado o sistema de radar meteorológico japonês, o mais alto do mundo, e ele podia detectar fenômenos naturais a 800km de distância. Hoje os satélites o substituíram, mas a instalação ainda existe. O vento dificultou tanto a chegada ao pico e o caminho a diante era tão inclinado, que acabei voltando dali, percorrendo só metade da trilha da cratera. Mas valeu. Preferi ter tido só a experiência de chegar ao lugar mais alto e deixar de ser jogada pelo vento ou montanha abaixo ou pro fundo da cratera. Hehehe!
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Inicialmente tinha decidido voltar pela <i>Fujinomiya</i>, por ser a mais curta e pra reduzir os gastos da passagem de volta. Mas o vento na trilha da cratera e a inclinação me fizeram voltar para a <i>Yoshida</i> mesmo, que também era considerada a mais fácil. Mas, se ela era a mais simples, eu certamente ia me quebrar muito na mais curta. A descida foi, definitivamente, a parte mais tensa da jornada. Subiria mais mil vezes, se não tivesse que descer nenhuma delas. Certamente a falta de um calçado próprio dificultou muito a minha vida, mas não posso colocar a culpa só no meu tênis, pois vi muita gente cair mesmo com botas específicas. Apesar de não ser muito inclinada, a descida na trilha <i>Yoshida</i> é uma ladeira de pedras vulcânicas soltas, que você precisa encarar cansado e, dependendo do clima, debaixo de sol o tempo inteiro. Resultado: caí 4 vezes, ralei minhas mãos, machuquei e forcei muito meus joelhos, tive queimaduras de sol (culpa toda minha) e, no fim, não conseguia nem mais andar direito. Desci em uma velocidade ridiculamente baixa, levando 5 horas. Além disso, a trilha tem apenas três locais com banheiros e bastante distanciados uns dos outros. Tenso. Mas nada disso apagou a sensação fenomenal de antes.
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Na volta pra casa, apesar de cansada, me senti vitoriosa. Escalei a montanha mais alta do Japão e marquei pra sempre no coração o período da minha vida que estou passando aqui. Sou grata ao Japão por me oferecer essas oportunidades únicas. A escalada do Fuji pode não ser “mamão com açúcar”, mas não é extremamente complicada, e a recompensa que recebemos por ela é fenomenal. Recomendo muito essa aventura!
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmXbEzWCHGHQjzacCcrWbp0uzyRRdQaMlm8B0bt1EtWNPrEfnsmbsvEPQHom5HC-kUFt0iOghgGjaCZokQG1I4VJAlAhzcbYN3BPsb56nJXSQB2C-vXCpDJXvR9Ug8RyMkGoum__h3TziC/s1600/IMG_5418.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmXbEzWCHGHQjzacCcrWbp0uzyRRdQaMlm8B0bt1EtWNPrEfnsmbsvEPQHom5HC-kUFt0iOghgGjaCZokQG1I4VJAlAhzcbYN3BPsb56nJXSQB2C-vXCpDJXvR9Ug8RyMkGoum__h3TziC/s320/IMG_5418.JPG" /></a></div>
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<br />Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-18173496967682973612013-06-21T08:40:00.000-03:002013-06-21T08:57:34.492-03:00Uma "confusão" chamada Democracia<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5hvIEDBKPNYlNDyhPejaHq8GGgrFvY3V4sOY14_mEii-tIQhHc-p3ejoNYkqrAGP_dbV0B88GQ8qL-MfqSKFdj1Xzwon5PyAfVO5asKNJ8MhNoc4O55faYi4YwNmcxgMah-5Zcx2Ryt1g/s1600/Foto+20-06-13+15+40+15.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg5hvIEDBKPNYlNDyhPejaHq8GGgrFvY3V4sOY14_mEii-tIQhHc-p3ejoNYkqrAGP_dbV0B88GQ8qL-MfqSKFdj1Xzwon5PyAfVO5asKNJ8MhNoc4O55faYi4YwNmcxgMah-5Zcx2Ryt1g/s400/Foto+20-06-13+15+40+15.jpg" width="400" /></a></div>
Nos últimos dias, um certo "ídolo nacional" declarou que estão acontecendo umas "confusões" no Brasil. Não pretendo escrever aqui pra vocês os conceitos filosóficos de uma democracia, nem ensinar nada. E, antes que me metam o pau nos comentários, as aspas são bem claras sobre o que eu acho da fala daquele senhor. Na minha humilde opinião, o povo brasileiro começou, finalmente, a entender o que é essa “confusão” onde todos têm, além de deveres, direitos; essa “confusão” chamada DEMO-CRACIA. E essa mudança é tão louca e rápida e arrebatadora e emocionante e... e... e real. Visível. O gigante realmente despertou!
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As mídias sociais borbulham de informações, opiniões, posições, acusações, defesas, indicações, canções, reivindicações... Vídeos, textos, depoimentos, relatos, chamados, imposições, revoltas... Uma chuva de informações 24/7, em tempo real, vinda de todos os lugares, de todas as gerações, de todo o país. O povo, gigante, acordou e acordou faminto. Com fome de direitos, fome de transparência, fome de um país melhor pra você, pra mim, pros meus filhos, pros meus netos.
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Em 26 anos de vida nunca vi algo assim, algo grandioso, algo esplêndido. Já participei de protestos, já tive minhas pequenas atuações por aí, mas nunca vi nada assim. E acho, sinceramente, que, no meio dessa fome, precisamos parar e pensar bastante sobre os rumos de tudo isso. Racionalizar, saber o objetivo, saber como lidar com tanta novidade.
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Ver de fora algo assim dói, porque nada seria mais delicioso do que uma participação direta em algo tão importante, acontecendo lá, em casa. Mas a distância nos impõe certa liberdade de análise. Nos dá o delay necessário pra enxergar certas coisas. E a dor de ver os tristes eventos de ontem nos leva a pensar, pensar e pensar. Então, vou desabafar em tópicos o que acho louvável e o que acho que precisa de reflexão. Isso é a minha opinião, o que eu acho sobre tudo isso. Podem me achar burra, alienada, lesada, coxinha, não ligo. Mas vamos debater isso, é sempre bom, é sempre saudável.
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1 - <u>Não é por R$0,20</u>. Definitivamente não e sei bem que essa ideia veio da fala de outro desprezível senhor, logo no início de toda essa movimentação. Mas isso não tira a importância desses centavos. É uma ideia meio ambígua mesmo, louca, mas o significado de tudo está nas entrelinhas. São R$0,20 a mais em um serviço estúpido, vergonhoso, em um sistema ainda mais imbecil. E, nesse sentido, é e não é por causa dessas duas dezenas de centavos. O que faz toda essa movimentação social algo mais do que brilhante, genial. É incrível ver todo um povo acordar e enxergar algo tão sensível.
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2 - <u>Não aos militantes políticos nos protestos?</u> Essa foi uma das ideias que mais martelou meu cérebro. Martelou e martelou. Fui e voltei em opiniões, parei, respirei, fui e voltei de novo. O Brasil, hoje, passa por uma crise tremenda de representatividade (ou não-representatividade, whatever). E quando digo tremenda, é uma parada muito grande mesmo. Os “representantes” não representam, roubam, abusam, desrespeitam. Nenhum partido, agora, me faz crer em mudança, coisa minha. Mas depois de refletir pesadamente sobre as reações da população à presença de certos partidos nas passeadas, pensei cá comigo: “Por que eu posso participar de um ato político com ideias de mudança e outras pessoas, também com ideias de mudança, não podem se juntar a mim?” Tolher a liberdade de expressão de pessoas que também querem a melhoria não me faz melhor do que a repressão do estado. Um processo de mudança democrática deve acolher, escutar e debater todas as opiniões que visem a melhora do país, que apontem uma tentativa de mudança da porcaria que vivemos agora. A gente precisa tomar muito cuidado com esses vazios, porque tem sempre alguém muito importante e aproveitador (como essa galerinha que está no poder agora) querendo preencher os vácuos.
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3 - <u>Impeachment?</u> Na primeira vez que li algo sobre um processo de impeachment de Dilma-Cabral-Paes-Sei-lá-quem, pensei: “Ok... E quem vamos colocar no lugar? Minha mãe (nada contra você, mama! você seria uma presidente muito foda!)? O padeiro? Meu professor de aeróbica? Meu cachorro?” Vejam bem, eu digo e repito, com todas as letras, ODEIO essa máfia inescrupulosa que nós temos no governo agora. E é ódio mesmo, tenho certeza. Mas, se passamos por essa crise imensa de representatividade no nosso corpo político, quem substituiria essa corja, gente? Outra corja? O Collor foi deposto... O país melhorou depois disso? Nós precisamos de uma reforma política, queridos. Uma reforma completa. E isso é um processo longo. Começa assim, como estamos agora, gritando. Passa por uma mudança na forma como cobramos resultados, seja nas urnas como no dia a dia das nossas cidades e estados. E chega, no fim, à formação de uma nova geração política, com outros ideais, outras propostas e outra forma de agir. Sendo que essa última etapa começa a ser realizada agora, mudando a ideia do povo sobre política, mudando a ideia do povo sobre esse “jeitinho” maldito, mudando a ideia de todos sobre como fazer o país crescer, para crescermos juntos, e ensinando às nossas crianças tudo isso (ironicamente, começa no que não temos e precisamos passar a valorizar mais e mais, a educação).
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4 - <u>Galera que foi pra rua por modinha</u>. Cansei de ler isso em tudo quanto é canto. “Olha lá! Foi pro protesto pra fazer álbum no Facebook!” ou “Não sabe nem o que tá gritando!”. Gente, pára! Só pára! Quando ninguém faz nada, a gente reclama. Quando alguém faz algo, a gente reclama. Parem de reclamar de coisa besta e reclamem do que merece reclamação. Os mais novos, que foram pra um protesto pela primeira vez, tiraram fotos, gritaram, etc., realizaram um grande passo na formação deles como cidadãos. Tirando fotos pra colocar na internet, indo bonitinhos, levando cartazes engraçadinhos ou não. Eles começaram a ver que ir pra rua protestar é algo legal, que deve acontecer, que é um direito. E é complicado ficar julgando a torto e a direito as atitudes das pessoas que estão do nosso lado numa luta. Isso enfraquece a nossa própria crença no que estamos fazendo. Nós temos é que levar todo mundo pra rua sim, mostrar que protesto é bacana sim e que reclamar nossos direitos tem que virar moda, nesse país com tanta coisa errada.
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5 - <u>Paz VS. Violência</u>. Esse é um dos tópicos que mais me doem nesse dia, nesse momento, nesse minutinho. É um dos assuntos que eu sofro mais em falar agora. Na segunda-feira, meti o pau no que aconteceu no fim do protesto, na ALERJ. Meti e meto de novo. Desculpa, gente, mas não dá pra aceitar o que rolou ali e achar normal. Eu não consigo aceitar que o argumento correto tenha que ser defendido quebrando tudo, pra mim não é racional, e aquele evento ali foi muito mais do que estranho. O cheiro de armação foi tão brutal, que chegou aqui. E, aí, hoje, tive meu coração despedaçado, arrancado do peito em decepção, preocupação, tristeza, revolta, incapacidade de agir... Tudo! Vi tanta atrocidade, tanto descaramento, tanta falta de noção. Daqui! De longe! Do outro lado do planeta. E meu mundo caiu ao perceber que eu cheguei a acreditar na integridade de policiais (generalização esdrúxula, mas movida pela raiva), no fato de que “cumprir ordens” poderia ser um álibi. Acreditei que eles eram tão vítimas dessa porcaria quanto nós, que eles eram o escudo humano de um monte de engravatado bandido. Mas não... Eles são o sistema, eles são a pior demonstração da sujeira. Eles são a luva de aço de uma mão estatal que nos espanca a cada dia. E foi exatamente o que fizeram em São Paulo, o que fizeram no Rio, o que fizeram em Salvador... Nos espancaram. Abertamente, sem melindres, sem controle, sem julgamento, sem raciocínio. A comparação que me vem é a de cães loucos, enfurecidos, correndo atrás das crianças que brincavam de bola na rua. Quem jogou molotov, foi mordido. Quem gritou contra a polícia, foi mordido. Quem gritou “sem violência”, foi mordido. Quem não gritou, foi mordido. Quem trabalhou o dia todo e voltava pra casa, foi mordido. Até eu, no Japão, fui mordida. E a mordida está sangrando, doendo, inflamando. E, disso, não vem nada bom, gente! Pensa! Se gentileza gera gentileza, violência só pode gerar mais violência. A massa, agora, tem mais um alvo, tem mais um ódio, mais um ressentimento. O foco nunca foi o confronto contra a polícia, o grupo de assanhadinho que foi xingar os policiais, era um grupo de beócios, mas a reação foi além, foi absurda, foi inescrupulosa. Nada me tira da cabeça que a reação foi justificada pela nossa ingenuidade em condenar toda aquela armação de segunda-feira, tudo foi justificado por eles não terem reagido (muito suspeitamente) ao que aconteceu na ALERJ e terem a “obrigação” de impedir novos atos de “vandalismo” e “depredação”, na cidade inteira, ontem. Tudo cheira a merda, desculpem o termo. A noite de ontem, no Rio, foi a demonstração de que os “mocinhos” são tão bandidos quanto os vilões, e os vilões são mais cruéis do que nós imaginávamos.
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6 - <u>Multiplicidade de objetivos</u>. Quando vocês escreviam carta pra Papai Noel também era assim? Vocês pediam o universo inteiro? Acho que sim, né? Todo mundo passou por essa fase de querer tudo ao mesmo tempo. A situação precária que nós vivemos hoje no nosso país nos leva de volta a esse sentimento. Queremos tudo, agora, pra já, pra ontem! Estamos mesmo atolados numa montanha de cocô imensa, me surpreende que não tenhamos afundado de vez nela até agora. Mas nada na vida vem em pacotes completos, nada se transforma da água pro vinho porque nós queremos muito. É papo de cientista humano pentelho (como eu), mas é real; tudo é um processo. Nossas pernas não são longas o suficiente pra abraçar o mundo; nossa força é imensa, mas não o suficiente pra demolir e construir um país novo em 2 segundos. Como mamãe dizia quando queríamos a loja de brinquedo inteira, de uma vez, “escolhe um ou não vai ganhar nada”. Ou nós vamos dando um passo de cada vez nessa mudança do país, ou vamos acabar perdendo o rumo do movimento e vamos parar na montanha de cocô de novo. Nenhuma mudança real acontece da noite pro dia, vide, novamente, o caso Collor; tirar um presidente não significou nenhuma melhoria no nosso sistema político. Acabar com a corrupção é bacana? É! Mas não vai acontecer agora, nesse segundo. Foquem no que é urgente e pode mudar AGORA. A tarifa do ônibus, a PEC 37, essas pequenas-grandes coisas que vão dar o passo inicial pra algo maior. Vamos subir de instância aos poucos e fazer o castelo de cartas marcadas ruir do jeito certo, pra não sobrar nada de ruim de pé, pra não negligenciarmos nada que possa nos fazer retroceder mais à frente.
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Três páginas de post, revolta, ranger de dentes, desabafos, ideias doidas e doídas... Desculpe o incômodo, mas eu também estou tentando mudar o Brasil. E a luta continua! Agora, mais do que nunca, tem que continuar. O medo que nossos “poderosos bandidinhos” têm demonstrado é a clara mostra de que estamos no caminho certo. Nunca me orgulhei e senti tanta esperança. Não me decepcionem! (rs) A grande história da Revolta dos Vinte Centavos só começou a ser escrita...
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<br />Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-20336879740131243042013-06-04T03:29:00.000-03:002013-06-04T03:29:12.321-03:00Picolé de Iogurte, puro amorAlgo que me transforma numa cozinheira de mão cheia, em cinco minutos, é a falta de vontade de estudar. Aliás, nessas alturas do campeonato, às vésperas de começar a escrever a tese, meu cérebro deve ter achado que era o momento perfeito pra procrastinar, porque não consigo estudar bem há mais de uma semana. Mas, aos trancos e barrancos, lá vou eu...
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Desde a semana passada, fiz lasanha, inventei moda, fiz Labna (queijo de iogurte, com receita lá no <a href="http://www.pitadinha.com/2011/12/labna-queijo-de-iogurte.html" target="_blank">Pitadinha</a>), etc. Na sexta-feira, passei numa loja de 100 ienes (um dia ainda escrevo melhor sobre as lojas de 100 ienes, o paraíso do consumismo desenfreado) e encontrei uma linda e colorida picoleteira. Vocês sabem o que é uma picoleteira, né gente? Não sei quanto a vocês, mas é uma das minhas lembranças mais vivas da infância, porque sempre gostei muito de sorvete e picolé. Coisa minha. Tenho quase certeza de que tinha uma dessas de brinquedo... Sempre achei tão legal a idéia da picoleteira e como era simples de usar. A picoleteira, como dá pra perceber pelo nome, nada mais é do que o utensílio pra fazer picolé. Oooolha! Hahaha!
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj15TC7q_UvBoC9Oa8IJiPbNbroaVyv5PFEJIC-Xx5mhzrPtqUtk-8rRxhVwyZTBGKFSyr6Poi0KSvNXSU1bAKJbFt2EFpqZG-B2Dt3xJMtZOUGZR19uAif4qvoKSVAQgwo0HHBBUw5PsTE/s1600/ic1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj15TC7q_UvBoC9Oa8IJiPbNbroaVyv5PFEJIC-Xx5mhzrPtqUtk-8rRxhVwyZTBGKFSyr6Poi0KSvNXSU1bAKJbFt2EFpqZG-B2Dt3xJMtZOUGZR19uAif4qvoKSVAQgwo0HHBBUw5PsTE/s200/ic1.JPG" width="200" /></a></div>
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No Japão, o verão já está chegando e nada melhor do que uma sobremesa, um lanche da tarde ou um lanche pós-treino bem gelado, né?
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Encontrada a picoleteira, as ideias malucas vieram. E o simples fato de colocar qualquer líquido ali e transformar em picolé me deixou cheia de caraminholas na cabeça. É lógico que a primeira coisa que vem à cabeça é qual suco de fruta usar e as possibilidades são tantas! Abacaxi com hortelã, morango, uva... Mas queria fazer algo diferente e, ao mesmo tempo, saudável. Daí me veio a luz de usar iogurte e deu super certo.
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Eu usei:<br />
- 250g de iogurte natural;<br />
- 2 colheres de sopa de geléia de blueberry com framboesa (a geléia pode ser de qualquer sabor e, na melhor opção pra sua saúde, caseira)<br />
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<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL-gbpCTZLSk-2PVjO-pmRrZFINIPvErIjHDFiKonEat0iyJ37s0-Pb-RAhc6PGU56drSIAH49Jnst_sA8jJBQWxuuzYAJRa_kKQ6Bq3qBKHhTbTZBM17dC51mo6CSB1KOZ8TwsoEUsUZV/s1600/ic2.JPG" imageanchor="1"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL-gbpCTZLSk-2PVjO-pmRrZFINIPvErIjHDFiKonEat0iyJ37s0-Pb-RAhc6PGU56drSIAH49Jnst_sA8jJBQWxuuzYAJRa_kKQ6Bq3qBKHhTbTZBM17dC51mo6CSB1KOZ8TwsoEUsUZV/s200/ic2.JPG" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCFOsjkYhAqkexpItXnOYy3xk6u8ewXGOHYnoXlgoezMpGUW0p0OYIPqLZIGPUhH6oRlRtZqPg8TF-b0NmlCubgj8UnmOkjNEVmeQhZ739KlYKLhgr3u2MVDO52zaRisHTSVbQZG1vVWxF/s1600/ic3.JPG" imageanchor="1"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCFOsjkYhAqkexpItXnOYy3xk6u8ewXGOHYnoXlgoezMpGUW0p0OYIPqLZIGPUhH6oRlRtZqPg8TF-b0NmlCubgj8UnmOkjNEVmeQhZ739KlYKLhgr3u2MVDO52zaRisHTSVbQZG1vVWxF/s200/ic3.JPG" width="200" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPI6oj-6EHmBLsDjDUeAsUyisoJm2RDcw68adsrDj5l_OMgXa3RVQDhJnNqDQBK-Sj-tOY029ZFZOiYUkOfBIUSFiXp9A06NMun7PEWbYMImWJrvqaBaR8-8JRFoPqeAu22HMaYpx2DHqW/s1600/ic4.JPG" imageanchor="1"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPI6oj-6EHmBLsDjDUeAsUyisoJm2RDcw68adsrDj5l_OMgXa3RVQDhJnNqDQBK-Sj-tOY029ZFZOiYUkOfBIUSFiXp9A06NMun7PEWbYMImWJrvqaBaR8-8JRFoPqeAu22HMaYpx2DHqW/s200/ic4.JPG" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7z_b7BmlYj7KNlmexCTRiQJIpa25C6JmLkhOB_H42NQ595UTEeZFncsBV2XBWHfaN6ET1LS1qO5A9ufJvLx2lti-1KbDvdJN2HK5O5cYkZ52nvmsgK4qqAhQlB7x4z6pYmoDYWC7jpHo0/s1600/ic5.JPG" imageanchor="1"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7z_b7BmlYj7KNlmexCTRiQJIpa25C6JmLkhOB_H42NQ595UTEeZFncsBV2XBWHfaN6ET1LS1qO5A9ufJvLx2lti-1KbDvdJN2HK5O5cYkZ52nvmsgK4qqAhQlB7x4z6pYmoDYWC7jpHo0/s200/ic5.JPG" width="200" /></a>
</div>
<br />
Daí pra frente você já sabe o que fazer, né? Eu bati tudo no liquidificador, coloquei na picoleteira e levei ao congelador por mais ou menos 2 horas.
Para tirar os picolés da forma, é bom colocar o fundo da picoleteira em água corrente por uns segundos.<br />
<br />
E você me diz: “Mas que receita ridícula! Que que é isso?” E eu te lembro que nem sempre as idéias mais óbvias são as que passam pela nossa cabeça. Não existe sobremesa mais fácil de fazer do que um picolé. E, além de gostoso, o picolé pode ser a escolha mais saudável, ainda mais se for feito em casa.
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<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeqMEuFdfU4T2B8P9yHvmqm2bbcDfYbpgOffLc5vQ0ZlCRqAcn1ZRBVCPhoPZmOpeVVA6ertuvpuGbtQesXdkSZRVoly8YuRRFox8A3PGX00gmPEeI1QTLcMYPSzztN-NaMoWdmkseQfKL/s1600/ic6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeqMEuFdfU4T2B8P9yHvmqm2bbcDfYbpgOffLc5vQ0ZlCRqAcn1ZRBVCPhoPZmOpeVVA6ertuvpuGbtQesXdkSZRVoly8YuRRFox8A3PGX00gmPEeI1QTLcMYPSzztN-NaMoWdmkseQfKL/s200/ic6.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">PURO AMOR!</td></tr>
</tbody></table>
<br />Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-87109616233118120662013-05-20T06:27:00.001-03:002013-05-20T06:42:03.108-03:00O que os japoneses comem?<span style="line-height: 115%;">Vocês me respondem sushi e peixe cru. E eu,
citando Amy Winehouse, digo “no, no, no”.</span><br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /><o:p></o:p></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbal6vPXlwMQX-9J_gHi9Hgh_miprfgzu5_6juOAjaSCgcUF2njeoCsLN2_czrGJv-2PvS5KSK7EJQCtK7_ZHgSwNyyBiNtEv-JXsHLthtYrXfAhne-CRx-bF4R9cTZv6WVELxUY5HNEti/s1600/sushi.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbal6vPXlwMQX-9J_gHi9Hgh_miprfgzu5_6juOAjaSCgcUF2njeoCsLN2_czrGJv-2PvS5KSK7EJQCtK7_ZHgSwNyyBiNtEv-JXsHLthtYrXfAhne-CRx-bF4R9cTZv6WVELxUY5HNEti/s200/sushi.JPG" width="200" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O famoso sushi! =P</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;">Mas, afinal, se não é só sushi ou arroz, o
que os japoneses comem, né? Eu diria que eles comem de tudo, com as limitações
que o solo e o espaço deles oferece. A verdade é que o cardápio japonês é bem
variado, além do que nós “meros ocidentais mortais” temos conhecimento.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;"><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: small;">O arroz é o prato principal do japonês.
Sim, carnes e etc. são só acompanhamentos na culinária japonesa. Os chamados
</span><i>okazu</i><span style="font-size: small;">, que, ao pé da letra, são alimentos que acompanham o
arroz. E, na culinária tradicional japonesa, esses acompanhamentos incluem
muitos derivados de soja, como o </span><i>tofu</i><span style="font-size: small;">, o
</span><i>missoshiro</i><span style="font-size: small;"> (sopa de pasta de soja) ou o
</span><i>nato</i><span style="font-size: small;"> (que nada mais é do que grãos de soja fermentados,
babentos e meio feios de ver, mas muito saudáveis e nem tão ruins assim).
Outros acompanhamentos são: algas marinhas de vários tipos, em geral servidas
como salada; o delicioso </span><i>tamagoyaki</i>, que é um tipo de
omelete japonês (enroladinho e muito gostoso); algumas carnes, na maior parte
das vezes frutos do mar, frango ou porco (lembrando que carne de vaca aqui é
ouro); salada de batata; salada de repolho (lembrando que as verduras também
não são assim tão acessíveis aqui, mas repolho é barato).<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMmm1g6nHLPWyAXh6JtXNnIWqRsyn0-3w29Ohac4rTc4zp5u0eFGXaCI0S_ThZCrhYLovEemTp4WaSl8nZoM0BevJmPEptTgAfUWKcJ5-dHJzEuhpKIeu9cnB4hoog6NEtIXuOcvP3I_OT/s1600/bento.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMmm1g6nHLPWyAXh6JtXNnIWqRsyn0-3w29Ohac4rTc4zp5u0eFGXaCI0S_ThZCrhYLovEemTp4WaSl8nZoM0BevJmPEptTgAfUWKcJ5-dHJzEuhpKIeu9cnB4hoog6NEtIXuOcvP3I_OT/s320/bento.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Bento comprado em loja especializada.</td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;">Uma “tradição” japonesa para as refeições
fora de casa, no trabalho ou na escola, são os famosos
<i>Bento</i><span style="font-size: small;">s. O </span><i>Bento</i><span style="font-size: small;"> é a nossa marmita
brasileira, mas um pouco mais organizada (ok, super-mega-ultra mais
organizada). Essa versão japonesa de marmita traz basicamente arroz e os
acompanhamentos que eu já citei aqui. Algumas podem trazer batatas fritas,
macarrão, etc. Os </span><i>Bento</i><span style="font-size: small;">s são geralmente preparados pela
própria pessoa (ou pela mamãe da pessoa), para serem levados pra rua, mas
supermercados e lojas de conveniência também dão uma maozinha aos despreparados
culinariamente, vendendo boas versões de marmitas já prontas. Existem também as
lojas especializadas em </span><i>Bento</i><span style="font-size: small;">, que tem cardápios de opções
de marmitas e preparam a comida na hora (pra minha alegria, passei o último ano
com uma dessas lojas bem em frente de casa; meu coringa pras horas de
preguiça).<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;"><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;"><span style="font-size: small;">Para além da “comida caseira” japonesa,
existem alguns pratos muito apreciados pelos japoneses. Um dos mais famosos
mundialmente é o </span><i>Lamen</i><span style="font-size: small;"> ou </span><i>Ramen</i><span style="font-size: small;">. Sim,
aquele prato que o </span><i>Naruto</i><span style="font-size: small;"> e quase todos os outros personagens
de anime adoram comer. O </span><i>Ramen</i><span style="font-size: small;"> é famoso no Brasil pela marca
Nissin Miojo. No Japão, apesar de vendido nos supermercados, o nosso miojo não vence
as várias lojas especializadas em preparar </span><i>Ramen</i><span style="font-size: small;">. O
</span><i>Ramen</i><span style="font-size: small;">, aqui, é um prato que possui versões regionais
específicas e é, de fato, completamente diferente do nosso miojão de 3 minutos.
Sopa, carne, verduras e massa são preparados de forma bem específica para um
</span><i>Ramen</i><span style="font-size: small;"> de verdade. Confesso que me tornei uma pessoa que
aceita a água do miojo depois de aprender que aquilo ali precisa ser, na
verdade, uma sopa. E hoje sou uma amante de </span><i>Ramen</i> também.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span><br />
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiswV_nVLpE3Mr1DimPQlMDqQc9kW6pHnWF7ZqVj757zZRH6ASFhOOJV90vpPm_Hn-TXpH-x2CLxgiXrYCUGkXrHG0mXE-gxyWawkoBfIGIFnPagKvMcLRNDtYdUjVE3L9Xa1SePzpvwe_m/s1600/donra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiswV_nVLpE3Mr1DimPQlMDqQc9kW6pHnWF7ZqVj757zZRH6ASFhOOJV90vpPm_Hn-TXpH-x2CLxgiXrYCUGkXrHG0mXE-gxyWawkoBfIGIFnPagKvMcLRNDtYdUjVE3L9Xa1SePzpvwe_m/s320/donra.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Donburi e Ramen, os queridinhos do Japão.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;">Outro prato muito famoso no Japão é o
<i>Donburi</i><span style="font-size: small;">. Os nomes de cada tipo de </span><i>Donburi</i><span style="font-size: small;">
são terminados em </span><i>don</i><span style="font-size: small;">, que quer dizer “tigela de comida”, o
que é engraçado e os pratos acabam ficando com nome parecido com Pokemons e
afins. Em uma tigela, adiciona-se arroz e, sobre esse arroz, vão os demais
ingredientes, que podem ser: </span><i>tempura</i><span style="font-size: small;"> (formando o
</span><i>Tendon</i><span style="font-size: small;">), carne refogada com cebola (formando o
</span><i>Gyudon</i><span style="font-size: small;">), frango frito (formando o
</span><i>Torikaraagedon</i><span style="font-size: small;">) e por aí vai. Os tipos de
</span><i>Donburi</i><span style="font-size: small;"> são vários e em geral bem gostosos, são meus pratos
favoritos aqui. É lógico que não são simplesmente acompanhamentos sobre arroz,
tudo envolve um molho próprio pro prato, cebolinha etc. Existem restaurantes
especializados em </span><i>Donburi</i><span style="font-size: small;">, que mais parecem, na verdade, um
“fast food japonês”, servindo a comida rapidamente para aqueles que precisam só
de uma refeição rápida antes de voltar ao trabalho. Um deles é a
</span><i>Sukiya</i><span style="font-size: small;">, que já possui uma filial em São Paulo.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;"><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Além dos produtos nacionais, os japoneses
também apreciam bastante comidas de outros países. As mais famosas são a
chinesa (claro), a indiana e a coreana. Os restaurantes chineses servem
basicamente o que nós conhecemos aí no Brasil, com a </span></span><span style="line-height: 18px;">exceção</span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> dos dumplins, que
não são tão conhecidos assim em terras tupiniquins. Os dumplins parecem pastéis
preparados no vapor, ao invés de fritos; eles são uma massa recheada com um
tipo de carne ou verduras. Existem tipos variados de dumplin, cada um mais
delicioso que o outro, mas o mais famoso no Japão é o <i>Gyoza</i>
(uma das minhas coisinhas favoritas nessa vida também). Os restaurantes
indianos estão por toda parte e o curry já é parte da alimentação diária do
japonês. Trazido pelos navios ingleses, no século 19, o curry indiano foi
adaptado ao paladar japonês e passou a acompanhar também o arroz, formando o
famoso <i>Kare Raisu</i>. Mas também se pode encontrar o curry
indiano tradicional nesses vários restaurantes. A comida coreana é muito
conhecida e apreciada no Japão também. Depois de tantos anos colonizando a
península coreana, os japoneses tomaram gosto pelos temperos de lá, bem como os
coreanos tomaram gosto pela comida japonesa. No Japão podemos encontrar o
delicioso churrasco coreano, o <i>kimchi</i>, o
<i>bibimbap</i>, o <i>chigue</i>, o
<i>chijimi</i>, entre outras coisas. Um dia explico melhor a
culinária coreana, mas, em geral, é um conjunto de delícias apimentadas, que eu
adoro.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4OwaOxeCzuFpTh92WPFErt5V0XZUhwHai7S2YTlIlObbiSNF1xMzcSlAm4Vi_q3MwCt_OX31hXW72SxeLFV9CIKtTfLYIp-rroDcK4W3HH0EZcL39LzFiBS6a1GzmQ9fuZvcIamXuRJ6X/s1600/gaifood.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4OwaOxeCzuFpTh92WPFErt5V0XZUhwHai7S2YTlIlObbiSNF1xMzcSlAm4Vi_q3MwCt_OX31hXW72SxeLFV9CIKtTfLYIp-rroDcK4W3HH0EZcL39LzFiBS6a1GzmQ9fuZvcIamXuRJ6X/s320/gaifood.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Dumplin chinês, Curry indiano, Pasta italiana <br />
e a nossa amada Picanha brasileira.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Outros tipos de restaurantes também podem
ser encontrados aqui, como restaurantes italianos (japoneses ADORAM pasta,
apesar de terem um gosto bem específico para o tipo de pasta, e ADORAM a
Itália; não sei bem o porquê, mas, sendo italiano, é bom), restaurantes
espanhóis (geralmente de <i>Paella</i>; arroz, Japão), restaurantes
do tipo americano (servindo </span></span><span style="line-height: 18px;">hambúrgueres</span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> etc.) e até churrascarias do estilo
brasileiro, entre outros tipos.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;">Cada região do Japão também possui seu
prato típico, sua especialidade e isso é um tópico muito legal de conversar. No
Japão você pode viajar para conhecer locais e também para conhecer sabores. O
<i>Okonomiyaki</i><span style="font-size: small;">, por exemplo, é um dos pratos típicos da região
de </span><i>Kansai</i><span style="font-size: small;">, onde eu moro. Outro prato típico é o
</span><i>Chanppon</i><span style="font-size: small;">, de Nagasaki. E isso daria um post inteiro...
Depois... Quem sabe... Hehehe!</span><br /><br /><span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoaEaiTXNISfMbrxl7wOfOvs46NJzgFeSpcOyKe40rljgDmJ1Zvm3eUIOOyvc0-bQd9BjGEx6F4q87eAr8dbNQBGm33bq6vSMERrkL-nOZMh1GBrz7mBMhEwxIsUuHnq9Gd7_XS01axs18/s1600/okonochan.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoaEaiTXNISfMbrxl7wOfOvs46NJzgFeSpcOyKe40rljgDmJ1Zvm3eUIOOyvc0-bQd9BjGEx6F4q87eAr8dbNQBGm33bq6vSMERrkL-nOZMh1GBrz7mBMhEwxIsUuHnq9Gd7_XS01axs18/s320/okonochan.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Na ordem: Okonomiyaki de Kansai e Chanppon de Nagasaki.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="line-height: 115%;">De certa forma, a comida no Japão é bem
variada. É possível encontrar de tudo, mas, como em qualquer país, a maior
parte dessa variedade é adaptada às disponibilidades e características
culturais daqui. No Japão, por exemplo, a comida tende a ser menos temperada.
E, quando digo menos temperada, quero dizer em todos os sentidos. O salgado tem
menos sal, o doce é menos doce e por aí vai. Eu, sinceramente, por não ser
muito ligada a doces, prefiro muito os doce japoneses (tirando o doce de
feijão, feijão doce não tá certo nem a pau! rs). E acho muito saudável reduzir
o consumo de sal.<span style="font-size: small;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;"><br />
Uma coisa é certa, está mais do que provado que a alimentação é um dos segredos
da longevidade e, no caso do japonês, acredito que essa é a poção da juventude.
Em um país onde o fumo e a bebida são comuns (e bastante excessivos), só uma
alimentação balanceada para salvar o povo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;"><br /><br /><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="line-height: 115%;">-----<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;">
<span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;">Esse post surgiu de uma </span></span><span style="line-height: 18px;">ideia</span><span style="font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"> da senhora
minha genitora, quando conversávamos no Skype. Linda como sempre, enquanto
conversávamos sobre comida japonesa, ela me perguntou “Mas, então, o que os
japoneses comem?”, e essa foi a deixa pra eu me lembrar que nem todo mundo
conhece bem os hábitos alimentares japoneses para além do sushi e o sashimi.
Que tal vocês me mandarem mais perguntas/post? O e-mail do blog é <a href="mailto:coresamoreseafins@gmail.com">coresamoreseafins@gmail.com</a>
e a caixa de comentários também está sempre à espera de visitas. rs (^.~)<o:p></o:p></span></span></div>
<span style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span>Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-34875598806549815662013-03-19T05:29:00.000-03:002013-03-19T05:48:35.343-03:00WE LOVE SUIHANKI!<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHLQd4Nxbf2EDmUImFp9tEDIX6TH5S6PTnfRVJsc_dDz0Ezj3kzllpFMcFMabRHzz9GHCsxRwXASkjuT_K4RsLwnUDpPAmbg_vuTLzuefKQ5DnQ6Ka6Yy5zBiMujmIN9RN_UqTArumlveF/s1600/foto.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHLQd4Nxbf2EDmUImFp9tEDIX6TH5S6PTnfRVJsc_dDz0Ezj3kzllpFMcFMabRHzz9GHCsxRwXASkjuT_K4RsLwnUDpPAmbg_vuTLzuefKQ5DnQ6Ka6Yy5zBiMujmIN9RN_UqTArumlveF/s200/foto.JPG" width="200" /></a>
Hoje vou contar pra vocês sobre a minha assistente de cozinha, minha fiel escudeira, a mãe do meu arroz mágico e de outras maluquices que eu invento de testar: a minha <i>suihanki</i>.<br />
<br />
O nome <i>sui-han-ki</i> significa, ao pé da letra, utensílio de cozinhar arroz. <i><u>Sui</u></i> de ferver, cozinhar. <i><u>Han</u></i> (de <em>goHAN</em>), que significa arroz ou refeição. E <i><u>ki</u></i>, que significa utensílio, máquina.
<br />
<br />
A <i>suihanki</i> é uma panela elétrica japonesa, voltada para o preparo de arroz. O uso é muito prático e ajuda muito quem tem uma vida agitada, ainda mais em um país onde o arroz é o prato principal. Além de preparar o arroz japonês normal, algumas suihankis também preparam arroz integral e o <i>okayu</i>, que parece uma canja sem galinha e nem tempero.
<br />
<br />
O processo é bem simples, depois de ter lavado o arroz, é só adicionar a quantidade de água correspondente à quantidade de copos do arroz e ligar a bichinha. Dependendo do tipo de arroz, da quantidade e da velocidade que você prefere, é só aguardar entre 30 minutos e 1 hora. E, depois do ‘bip’, está pronto o seu arroz japonês...
<br />
<br />
Bem... Isso é o que os fabricantes dizem. Porque a <i>suihanki</i> vai muito além do arroz japonês.
<br />
<br />
O arroz, no Japão, é preparado só na água, sem sal, temperos e tudo que há de bom, como fazemos no Brasil. Confesso que adoro a versão japa, mas também adoro um arrozinho bem temperado. Mas a <i>suihanki</i> não te impede de ser brasileiro não. PELO CONTRÁRIO! Ela só facilita a sua vida. A diferença é que na <i>suihanki</i> você só joga tudo na água e deixa ela fazer o resto por você. É muito amor.
<br />
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzajLeM_5PTMC_IKgEGEiON8YPbtiQUALvQILuNhuWiqaW2QTii5YEUomDGHCd2Iu-mFqBd4vrX0D6NZiEOzLw6KMVbJnh-EvRRbtE45C504wKoqJTd6o1sYx-G2pvvH-4cSCTkaSKQRao/s1600/59486_10151120726686295_134720173_n.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzajLeM_5PTMC_IKgEGEiON8YPbtiQUALvQILuNhuWiqaW2QTii5YEUomDGHCd2Iu-mFqBd4vrX0D6NZiEOzLw6KMVbJnh-EvRRbtE45C504wKoqJTd6o1sYx-G2pvvH-4cSCTkaSKQRao/s200/59486_10151120726686295_134720173_n.jpg" width="200" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-MfgQjJjACdrE8OmDbxRL4Btl69_CF-HQpz3JnY27IVyQhKo1vAxWe8Yc90wosmfyBl_ziUXlkjP9U1vggNE5U437ptLXSunWxJzECf_ooH2aYif9cpZAIhSKV173h7NzSugUjmxNyZSQ/s1600/538280_10151307007191295_1869108746_n.jpg" imageanchor="1"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-MfgQjJjACdrE8OmDbxRL4Btl69_CF-HQpz3JnY27IVyQhKo1vAxWe8Yc90wosmfyBl_ziUXlkjP9U1vggNE5U437ptLXSunWxJzECf_ooH2aYif9cpZAIhSKV173h7NzSugUjmxNyZSQ/s200/538280_10151307007191295_1869108746_n.jpg" width="200" /></a>
</div>
<div style="text-align: center;">
<em><span style="font-size: x-small;">Arroz com Kimchi e Arroz com Pequi, feitos na suihanki.</span></em></div>
<br />
A única dificuldade que eu encontrei no arroz temperado de <i>suihanki</i> foi a cebola, que desfaz quando cozida nesse tipo de panela e deixa o arroz pegajoso. O problema é que a <i>suihanki</i> está mais para uma panelinha de pressão, daí a cebola se desfazendo, mas nada nos impede de juntar uma cebolinha refogada ao arroz já pronto. Os demais temperos funcionam muito bem.
<br />
<br />
Além de temperos, nada te impede de juntar outros ingredientes ao arroz de <i>suihanki</i>. Carne seca, bacon, pedacinhos de liguiça, salsicha, camarão, milho, ervilha, cenoura, brócolis, <i>kimchi</i>. Já me aventurei num arroz com brócolis e bastante alho; não foi em vão, ficou uma delícia.
<br />
<br />
Indo um pouquinho mais além, nem só de arroz vive uma <i>suihanki</i>. Sendo essa panelinha super especial, ela prepara coisas que muita gente duvida. Uma amiga já prepara bolos e tortas na panela de arroz e diz que funciona muito bem (ainda não tentei, mas pretendo e, depois de tentar, conto pra vocês como foi). Outro amigo prepara feijão (sim, nosso feijão brasileiro) na suihanki e jura que dá certo (essa eu já tentei, mas a primeira tentativa não foi muito bem sucedida). Eu preparo espaguete e digo pra todo mundo ouvir: é o melhor macarrão que eu já provei. Por cozinhar tudo ali, misturadinho na água, a <i>suihanki</i> deixa a massa do espaguete muito saborosa e o tempero “pega” mesmo!
<br />
<br />
Nas minha tentativas, já falhei, fiz papinha ao invés de macarrão e tudo mais. Mas nada por culpa da máquina e sim por falha humana mesmo. Usei a massa errada, com a quantidade errada de água. Acontece...
<br />
<br />
Eu, sinceramente, ainda pretendo testar minha panela de arroz pra muitas outras coisas. Acredito que ainda não alcancei o limite dessa belezura. E mamãe já pode ficar feliz, porque logo logo vai ter uma dessas em casa também.
<br />
<br />
Pros brasileiros no Japão ou pra quem tem <i>suihanki</i> no Brasil, fica a receitinha do meu “Macarrão de <i>Suihanki</i>”.
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBqRCpxMwEddENGEo8yVk9U1NxAG_U5ws7SIvfzyEeOPOS5AhXGl0xS0q8duGh25offKaDkNxjQzM6GadSiPeaaS4NQ5og4Nvl1jam9VJnL_nCMGIB_vHkHgootLGoOrfJabRxGw-65Gzr/s1600/488016_10151289008861295_1956335305_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBqRCpxMwEddENGEo8yVk9U1NxAG_U5ws7SIvfzyEeOPOS5AhXGl0xS0q8duGh25offKaDkNxjQzM6GadSiPeaaS4NQ5og4Nvl1jam9VJnL_nCMGIB_vHkHgootLGoOrfJabRxGw-65Gzr/s320/488016_10151289008861295_1956335305_n.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
Você vai precisar de:<br />
- Espaguete (quantidade dependendo do tamanho da panela e das bocas pra alimentar);<br />
- Bacon em cubinhos;<br />
- Provolone, também em cubinhos;<br />
- Queijo processado, em fatias (no Japão, de preferência, o do tipo <i>torokeru</i>);<br />
- Cebolinha, pimenta do reino, cheiro verde, alho e cebola granulada a gosto.
<br />
<br />
Pra preparar essa massa, vc só precisa quebrar o espaguete em até três partes, colocar uma quantidade de água suficiente pra cobrir o macarrão no fundo da panela e mais um pouquinho (tomem cuidado em deixar a massa no fundo mesmo, pra quantidade de água não ficar grande demais), adicionar todos os ingredientes, tomando o cuidado de rasgar grosseiramente o queijo processado, e pronto. É só apertar o botão e esperar.
<br />
<br />
O cheiro, enquanto a <i>suihanki</i> realiza a magia, é de agitar as lombrigas. Vocês vão sentir... E é um prato que não dá trabalho por mais de 10 minutinhos, além do “trabalho” de comer. Hahaha!
<br />
<br />
E é por essas e outras que eu AMO MINHA <i>SUIHANKI</i>!!!!
<br />
<br />Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-35852344519778215622013-03-07T08:48:00.001-03:002013-03-07T09:27:15.195-03:00Morar no Japão“Como é uma casa japonesa?” “Quanto custa morar no Japão?” “Como é procurar um apartamento no Japão?” “Todas as casas são pequenas?” “Todo mundo dorme em <i>futon</i>, sobre o <i>tatami</i>?” “Todas as portas são de correr e todas as cidades tem muitos samurais, ninjas e lutas de espada na rua?” “O <i>Naruto</i> e o <i>Jiraya</i> são seus vizinhos?” São perguntas muito comuns sobre o Japão...
<br />
<br />
Respondendo, consecutivamente: Diferente; caro; difícil; a maior parte; não; não; e NÃO, GRAÇAS A DEUS. (rs)
<br />
<br />
A moradia, no Japão, é um caso bem diferente do Brasil, eu acho.
<br />
<br />
Primeiramente, se existe uma grande adaptação que precisamos passar, quando resolvemos viver no Japão, o nome dela é ESPAÇO. Parece besteira, mas a verdade é que sair do nosso (literalmente) grandioso Brasil e vir parar em um arquipélago como o Japão é complicado em termos de organização de espaço. Quando digo que virei a rainha do <i>Tetris</i> nessa terra, não brinco.
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjZGLl9tDwFTZ3ZRiHEe7ZmEwPbo7Vd_9Yw1h5297E2FcauEXlZkDR_Z_qiXZQRhz8q4NopRyF95ct-bozbu7oT1glBgC7YxpMIvhSwA0Vq-b8mNGor6-ds7UqkQnHeBYFPbRnnKO23owv/s1600/morar1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjZGLl9tDwFTZ3ZRiHEe7ZmEwPbo7Vd_9Yw1h5297E2FcauEXlZkDR_Z_qiXZQRhz8q4NopRyF95ct-bozbu7oT1glBgC7YxpMIvhSwA0Vq-b8mNGor6-ds7UqkQnHeBYFPbRnnKO23owv/s320/morar1.JPG" /></a></div>
Já vivi em dois lugares diferentes aqui e, hoje, estou me preparando pra mudar de novo. O primeiro foi o dormitório e, como já disse por <a href="http://coresamoreseafins.blogspot.jp/2011/02/vida-em-comunidade.html">aqui</a>, foi uma... Experiência... O quarto tinha 9 metros quadrados, com banheiro e cozinha compartilhados, e lá tive minhas primeiras lições de organização espacial, além de lições de convivência (aprendi que nunca mais quero dividir nada com desconhecidos lunáticos). O segundo lugar foi o Cafofo, que dividi com o namorado, e também falei um pouquinho <a href="http://coresamoreseafins.blogspot.jp/2011/11/mudancas.html">aqui</a>. O apartamento tem 42 metros quadrados, varanda e é um lugar bem legal, com soluções legais de aproveitamento de espaço e conforto. O terceiro vai ser minha Choupana na montanha, onde vou passar a viver a partir de abril. A Choupana tem 21 metros quadrados, varanda e é o típico apartamento japonês para uma só pessoa, mas ainda uma boa opção.
<br />
<br />
Agora, sabendo o tamanho desses apartamentos, procure lembrar de quantos metros quadrados tem a sua casa (ou apartamento) no Brasil... Pois é... Logicamente existem casas grandes no Japão, mas essas pertencem a pessoas com bastante dinheiro ou são mais antigas, naquele formato clássico que conhecemos, com lindos jardins japoneses.
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgczFbbLJHj0pluwVcqt2L7Jht2JXcgyXvdN1qIo7YqlXw-xDRKXppckiwa13mqs_QZRMXzCu2g6MK8lHc6WT5uhbLaDS9s7tgjxyHu2v0jLQKOsu2hAwToRJGPfsFxU-CzbW0yhvbJ5pH1/s1600/morar2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgczFbbLJHj0pluwVcqt2L7Jht2JXcgyXvdN1qIo7YqlXw-xDRKXppckiwa13mqs_QZRMXzCu2g6MK8lHc6WT5uhbLaDS9s7tgjxyHu2v0jLQKOsu2hAwToRJGPfsFxU-CzbW0yhvbJ5pH1/s320/morar2.png" width="313" /></a></div>
<br />
<br />
Existem dois tipos de apartamentos japoneses, os <i>apatos</i> e as <i>manshons</i>. <i>Manshon</i> é um apartamento pequeno, de menor custo e, geralmente, de até dois quartos ou ambientes. <i>Apato</i> é um apartamento maior, mais caro e, geralmente, para famílias, com mais ambientes.
<br />
<br />
Os apartamentos mais novos (ou reformados recentemente), tem piso e não tatami, mas nada nos impede de encontrar ainda quartos com <i>tatami</i> por aí. Acredito que a proporção de quartos com e sem <i>tatami</i> são iguais. E, tirando a extrema dificuldade de limpar ou manter limpo um <i>tatami</i>, quartos tradicionais não são assim tão ruins. As portas de correr continuam muito comuns, mas acredito que seja mais por uma questão de economia de espaço e não por samurais, papel de arroz e tradição. (rs) A maior parte dos japoneses, hoje, ainda usa <i>futon</i> para dormir, mas as camas com armação e colchão tem se tornado mais comuns ultimamente.
<br />
<br />
Outro ponto disso tudo é a questão do custo. Considerando a falta de espaço no Japão, principalmente nos grandes centros e nas áreas próximas às grandes cidade, o valor do aluguel, por metro quadrado, é justo. Mas, em termos brasileiros, os aluguéis japoneses são extremamente caros. Só pra constar, o valor do meu aluguel no dormitório era de 28 mil ienes, o que equivale a cerca de R$550... Por um quarto de NOVE METROS QUADRADOS, mais os espaços comuns. Não sei vocês, mas eu acho isso absurdamente caro. Não comento também a compra de imóveis, porque não sei bem como funciona e imagino que seja incrivelmente mais salgada.
<br />
<br />
Existem várias imobiliárias super famosas no Japão e, geralmente, é nelas que conseguimos encontrar apartamentos legais com mais facilidade. Numa imobiliária japonesa, você chega, descreve exatamente o tipo de apartamento que você quer, o quanto quer gastar e a área, depois disso, o corretor vai te apresentar as opções e você vai poder visitar todas que preferir. As visitas são fundamentais, porque nem sempre as plantas nos dizem exatamente como é o apartamento e, na maioria das vezes, pelo menos nas nossas cabeças nativas de países de proporções continentais, a planta sempre parece muito maior do que encontramos de espaço ao chegar no local. Falo por experiência própria. Além dos prédios estranhíssimos, com costumes estranhos e meio porcões que podemos encontrar. No caso imobiliário japonês, realmente, nem tudo que reluz é ouro.
<br />
<br />
Acredito que encontrar um lugar pra morar, no Japão, é uma tarefa complicada para quem gosta de ter detalhes bem específicos na casa também. Como separações de cômodos e tudo mais. Você sempre terá que abrir mão de alguma coisa. Além de ter de lidar com uma burocracia infernal. Mas, no fim das contas, ainda é possível encontrar um lugar legal, que fique aconchegante.
<br />
<br />Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-8414236343219572642013-02-27T00:08:00.001-03:002013-02-27T00:08:37.427-03:00Devaneios e um "Risotto" de Camarão<blockquote>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-family: Georgia, Times New Roman, serif;"><b>Era uma vez uma menina feliz, ela gostava de música, livros e internet. Essa menina também tinha um blog e adorava escrever. Mas, em um dia sombrio, veio a vida acadêmica e destruiu tudo isso.</b></span> (rs)</i></div>
</blockquote>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgp-KKPwhTUU7OeavG4o_JvnH80JYwAIaBHemKS8ok6t15FPFSPJ_VHrLKMOyIwbRtMqUavvRK6nf-HyiW6YzanBN4hhGZE4e-5SDfJB_-2wQ04QmZilFnp7SuI8gMx2Tl2WOdCrMi7Kh_-/s1600/ris2.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgp-KKPwhTUU7OeavG4o_JvnH80JYwAIaBHemKS8ok6t15FPFSPJ_VHrLKMOyIwbRtMqUavvRK6nf-HyiW6YzanBN4hhGZE4e-5SDfJB_-2wQ04QmZilFnp7SuI8gMx2Tl2WOdCrMi7Kh_-/s200/ris2.JPG" width="200" /></a></div>
Há exatos 4 meses não consigo tempo, inspiração, vontade ou qualquer outra coisa relativa a esse blog. Me processem...<br />
<br />
Tem sido complicado. A pesquisa tem exigido e a vida igualmente. Problemas pra resolver, sorrisos pra sorrir e choros pra chorar. Nesse intervalo ENORME de tempo, estudei, construí um novo projeto, me qualifiquei, dei escapulidas nos fins de semana, conheci lugares maravilhosos, recebi visitas maravilhosas, corri pra cima e pra baixo, descobri novidades na cozinha, descobri temas legais de escrever.
<br />
<br />
Bem, material não me falta e, agora, estou de volta. YAAAAAY!!! Descobri, na realidade, que escrever é a minha terapia favorita e meus blogs tem sido grandes companheiros (já há uns bons 13 anos). Desde a época da menina “Nina_Na_Net” até a madurona que escreve sobre “Cores, Amores e Afins”. (rs)
<br />
<br />
Hoje, pra não passar em branco, vou deixar uma receita BACANUDA! (valha-me Rei Julian)
<br />
<br />
Tenho usado bastante a minha panela de arroz (em japonês: <i>suihanki</i>) ultimamente e os resultados tem sido muito legais. Pretendo escrever bem sobre as maravilhas da <i>suihanki</i> pra vocês, mais pra frente. Nas minhas várias experiências com a panela de arroz, descobri um jeito gostoso de preparar um “arroz maluco”, que mais parece um risotto. E assim surgiu meu <i>”Risotto” de Camarão</i>.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdIrzt2cv2-8CAGWcVR9mSWCmriUmVzPa18GxQ0P4TKGy9OS_3HiW8K_MNwILf8dEPcUnXzwZo4yRbmmq-KibZmjpcu9J15G7-7YsSJRa_8ej1oAE6fQqGbaCmtbrdu6EBSEte2JyOHvgJ/s1600/ris.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjdIrzt2cv2-8CAGWcVR9mSWCmriUmVzPa18GxQ0P4TKGy9OS_3HiW8K_MNwILf8dEPcUnXzwZo4yRbmmq-KibZmjpcu9J15G7-7YsSJRa_8ej1oAE6fQqGbaCmtbrdu6EBSEte2JyOHvgJ/s320/ris.JPG" width="320" /></a></div>
<br />
Você vai precisar de:<br />
- 2 copos de arroz;<br />
- 300g de camarão (dos pequenininhos);<br />
- Cebolinha;<br />
- Pimenta do reino à gosto;<br />
- 1 caldo de galinha (usei o “Galinha com Azeite” da Maggi e acho q foi o segredo); <br />
- 1 Knnor Meu Arroz de cebola; <br />
- 2 colheres de sopa de cream cheese
<br />
<br />
O segredo, como na panela de arroz japonesa, é misturar TUDO (menos o cream cheese) na água do arroz e deixar cozinhar junto. A panela de arroz controla tudo sozinha e desliga quando a água seca, mas funciona na panela normal também, com a tecnologia de ponta de vigiarmos bem.
<br />
<br />
Depois de secar a água, com o arroz bem quente, adicione as duas colheres de cream cheese, tampe a panela por 5 minutinhos (para derreter) e, depois, misture bem.
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PRONTO!!! Pode ir comer à vontade.
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<br />
Lembrando que nada te impede de temperar o arroz como quiser. Cebola e alho sempre são bem-vindos. A diferença é que, na panela de arroz, a cebola não funciona bem. Outro detalhe é que usei o arroz japonês, mas acho que deve ficar uma delícia com arroz parbolizado também.
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<br />Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-17044794468166040202012-10-26T07:44:00.000-02:002012-10-26T07:44:37.100-02:00Omelete-pizzaEm uma coisa acho que todos concordam...
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhq9RVMQU8BHl2Evh8tXN2zE_oONzO_Y4j2KSLADjObYGi7302pj6MpLSVpPkj9KSupt9Mi-XfXNw3ekgpUojIatcNAMaQ4t5lV2r1gt6hNx-ozIysMsrcDxn_cJSCIb8qBBuWFON9IgM5/s1600/omepi1.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="164" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjhq9RVMQU8BHl2Evh8tXN2zE_oONzO_Y4j2KSLADjObYGi7302pj6MpLSVpPkj9KSupt9Mi-XfXNw3ekgpUojIatcNAMaQ4t5lV2r1gt6hNx-ozIysMsrcDxn_cJSCIb8qBBuWFON9IgM5/s200/omepi1.png" /></a></div>
E se essa pizza for super fácil de fazer, diferente e ficar deliciosa? Melhor ainda!!! Essa receita foi inventada, inventada mesmo, pela senhora minha genitora, mas eu dei umas adaptadas pra tudo acabar em pizza. O segredo da base de tudo é a nossa amiga omelete. Mamãe gosta de fazer omelete aberto, misturando todos os ingredientes com os ovos batidos e jogando na frigideira. Fica uma delícia, sempre adorei quando ela fazia isso lá em casa. Aqui no Japão, resolvi dar uma repaginada na coisa...
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWxfR8_HdLXHiqyqmHj-q-Th4zOpnnKbCzUDR-ZplpUDkJBqdvLAIHM_5pwVgXkKmb4U5iNTsq9fmsCWLmTPImApis4fuPJv-lIzbCiIrcdJ06kXSq7lZ_enxiEFrt1Khtmy9HO-P4fLch/s1600/omepi2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWxfR8_HdLXHiqyqmHj-q-Th4zOpnnKbCzUDR-ZplpUDkJBqdvLAIHM_5pwVgXkKmb4U5iNTsq9fmsCWLmTPImApis4fuPJv-lIzbCiIrcdJ06kXSq7lZ_enxiEFrt1Khtmy9HO-P4fLch/s320/omepi2.JPG" /></a></div>
Você vai precisar de:
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- 4 ovos;<br>
- Parmesão ralado; <br>
- 1 dente de alho picado;<br>
- ½ cebola (cortada em cubinhos);<br>
- a carne de sua preferência (também cortada em cubinhos);<br>
- mussarela ralada (eu uso o queijo que tiver, né? rs);<br>
- orégano e pimenta do reino a gosto.
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Primeiro bata os ovos com a quantidade de parmesão que você considerar justa, misture o alho picado e coloque em uma frigideira média. Espere o ovo cozinhar um pouquinho e adicione a cebola picada. Espere mais um pouquinho a omelete ficar mais durinha e adicione a carne, o queijo, o orégano e a pimenta. Tampe a panela e espere o queijo derreter delícia e o meio da omelete cozinhar. E lembre-se de fazer tudo isso no fogo mais baixo, ok? Ou então teremos uma omelete-pizza-carvão bem bacana.
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O legal dessa <i>Omelete-pizza</i> é que a omelete faz o papel da massa e a ‘cobertura’ pode ser do jeito que você quiser. Eu usei kani, queijo e cebola. Mas nada te impede de fazer uma Calabresa (fritando a lingüiça calabresa antes, lógico), uma Margherita (mandando ver no tomate e no manjericão) ou uma de pepperoni. Nada te impede também de esperar mais um pouquinho o ovo cozinhar e colocar um molho de tomate antes do resto da ‘cobertura’.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtcLCB-6cZGiXmPxr5l0gNg3x0yaODC6V6I3Hxp9L0P_9p9xex4Aqxr8gC7r9kba2PueJDjmqFZDiHnX3OSj3SlZZqUqWdvF-_sKPK7JUQH1EP7jVhZgvS6ZTfSh0BY-hGWrbcU8kiaHRE/s1600/omepi3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtcLCB-6cZGiXmPxr5l0gNg3x0yaODC6V6I3Hxp9L0P_9p9xex4Aqxr8gC7r9kba2PueJDjmqFZDiHnX3OSj3SlZZqUqWdvF-_sKPK7JUQH1EP7jVhZgvS6ZTfSh0BY-hGWrbcU8kiaHRE/s320/omepi3.JPG" /></a></div>
O legal também é o tempo que leva pra preparar isso. Nada daquele tempão preparando massa e tudo mais. Em uns 15 minutos, tá pronto. É perfeito pra um lanche da noite.
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Vai ficar gostoso! Pode acreditar! Essa receita também tem o selo de aprovação do senhor namorado. rs
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Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-50038247786565385752012-10-20T08:49:00.000-03:002012-10-21T01:15:54.631-02:00IRASHAIMASE!!!!!!!Muitos de vocês já viram essa cena, da série “The Big Bang Theory”:
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<iframe width="560" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/jB58mKol0kY" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>
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Uma coisa é certa, depois de viver no Japão, o mundo se torna mais barulhento e silencioso, ao mesmo tempo. Hoje vou contar pra vocês como é a vida diária no Japão, quando o assunto é barulho.
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Algo engraçado sobre esse país são os extremos. No Japão, o oito e o oitenta estão tão próximos, que se esbarram. Como diz Amelie Nothomb, escritora de uma das mais perfeitas obras no que diz respeito à compreensão de “mente e sociedade japonesas” - o livro “Medo e Submissão”, você pode ser o quão 'freaky' você desejar no Japão, mas dentro de um padrão japonês das coisas. E nem ouse pensar em desrespeitar as regras dessa sociedade (somente no caso de você não ser um japonês, claro). Fazer aqueles tipos de coisa extremamente irritantes que só bêbados fazem (tipo gritar vomitar ou encher o saco dos outros) é muito normal, mas falar no telefone, no trem, não pode. Às vezes fico tão confusa, que não sei dizer se a maluca sou eu ou se as regras aqui são realmente o oposto de tudo que mamãe me ensinou. Mas a gente vai aprendendo que estar longe de casa é também estar na terra dos outros, na cultura dos outros e tendo que aturar os outros.
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O silêncio e a falta dele têm um limite muito tênue, no meio de todas essas regras.
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Num país onde desastres naturais são mais comuns do que colheitas bem sucedidas, as construções são, obviamente, feitas do material mais leve possível, impedindo soterramentos mortais ou sendo mais maleáveis em casos de tremores. Isso é muito aceitável do ponto de vista de SOBREvivência, mas extremamente desagradável do ponto de vista de CONvivência. Não espere por privacidade em um apartamento japonês, até seu ronco pode ser ouvido através das paredes (sim, eu já ouvi o ronco do vizinho). E não pense que a compreensão de uma estrutura mais leve torna seus 'barulhinhos' perdoáveis para os implacáveis vizinhos nipônicos. As reclamações vão ser mais constantes do que você imagina, ainda mais se você é um 'baka gaijin' ('estrangeiro idiota'), que indiscutivelmente nunca vai entender a forma correta de se viver no Japão. Use chinelos, porque posso ouvir seus passos, ou ponha um tapete na sua casa, pra abafar o som das suas terríveis idas à geladeira ou ao banheiro. Instrumentos musicais? NUNCA! Animais de estimação? Talvez peixes. Amigos visitando? Ensine-os bons modos.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsalUT5mooem1nvRwdpKnBQhgjGl5JkzH2qtL1y8o8OODUIL6NzOi_GGvKGc_h_Xdh4VboV28cNzO4CCdVUC03cqqgHtG5zMY_VsIa35W48XYtVa5b-9wSNpyCeix9kxRZ2v4k2N5lBRqz/s1600/irashai2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsalUT5mooem1nvRwdpKnBQhgjGl5JkzH2qtL1y8o8OODUIL6NzOi_GGvKGc_h_Xdh4VboV28cNzO4CCdVUC03cqqgHtG5zMY_VsIa35W48XYtVa5b-9wSNpyCeix9kxRZ2v4k2N5lBRqz/s320/irashai2.JPG" /></a></div>
Outras regras rígidas sobre barulho tem a ver, principalmente, com celulares. Nunca entendi muito bem a diferença de uma conversa com um amigo pessoalmente e uma conversa por telefone no Japão. Acompanhado de um amigo, é claro que se pode conversar dentro de um trem. Mas nem pense em atender ao telefone na mesma situação. Já vi situações embaraçosas, onde idosos deram boas “carraspanas” em alguns jovens, por estarem falando no telefone. Preferi aceitar, na minha cabeça, que é muito chato ouvir uma conversa unilateral, os japoneses gostam mesmo de ouvir o pacote completo. Hahaha!
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O oposto de tudo isso também está em cada esquina do país.
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Não pense que a cena do Sheldon é invenção da TV! Sim, os japoneses têm o costume de receber clientes, em restaurantes ou lojas de qualquer tipo, gritando e mostrando entusiasmo. Eles têm a intenção, na realidade, de mostrar ao cliente que ele é bem vindo ou que pode voltar sempre ou que todos são muito agradecidos pela preferência. É também costume das lojas usarem musiquinhas e barulhinhos sonoros, sempre que possível.
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‘<i>Irashaimase</i>’ (‘seja bem vindo’), é o mantra no momento de entrada na loja ou sempre que um funcionário passa por você. É claro que existem as variações, de acordo com o grau de formalidade, mas o basicão é o ‘<i>irashai</i>’. ‘<i>Arigatou gozaimasu! Mata okoushikudasaimase!</i>’ (‘Muito obrigado! Até a próxima!’) é a calorosa despedida, nos mostrando o quão acolhedora e grata é a loja e o quanto nós somos esperados novamente.
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Cortesias à parte, é extremamente desagradável comer, fazer compras ou qualquer outra coisa com esses gritos. Imagine em uma loja muito movimentada, quantas vezes a cada 5 minutos somos obrigados a ouvir isso? Às vezes chega a ser desesperador, dependendo da vozinha que a vendedora escolher fazer (o que também é muito comum entre as mulheres japonesas, fazer vozes ‘<i>kawaii</i>’ para se mostrarem bonitinhas).
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo6uKLnRqP2pva9_awVrpQV9SXyX3ueD7TsBchfcmyToLehuLfat86vlzeEMGWpa_L0wua7uIFI0k_NOvPzZ_uUysoZSkmqVReoWC3XGBuJdHGtVRbWUMTl_Kp8Ta-tv8PzA7nZsbsmapc/s1600/irashai1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjo6uKLnRqP2pva9_awVrpQV9SXyX3ueD7TsBchfcmyToLehuLfat86vlzeEMGWpa_L0wua7uIFI0k_NOvPzZ_uUysoZSkmqVReoWC3XGBuJdHGtVRbWUMTl_Kp8Ta-tv8PzA7nZsbsmapc/s320/irashai1.jpg" /></a></div>
<i>Pachinkos</i>, os famosos caça-níqueis japoneses, são portões do inferno pra aqueles que preferem um pouco mais de sossego. Passar na calçada de um desses “centros de lazer” nos leva a pensar em quanto tempo seria possível sobreviver dentro de um lugar como aquele e como as pessoas conseguem, às vezes, passar dias inteiros dentro daqueles lugares.
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O resumo da ópera é: ao vir para o Japão, lembre-se sempre que andar dentro do seu próprio apartamento pode ser um incômodo mortal para o seu vizinho, mas, se gritarem no seu ouvido no meio do jantar, é só gentileza.
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E, depois de 2 anos e meio aqui, passei a falar baixo demais pra padrões brasileiros, praticar a arte de andar em ovos sem quebrá-los sempre que estou dentro de casa e estranhar a falta de gritos quando entro ou saio do McDonald’s (ou qualquer outro restaurante) fora do Japão.
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Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-7936723275459413462012-10-10T09:05:00.000-03:002012-10-10T10:02:09.166-03:00TemakiIsso ae mesmo! Hoje vamos falar sobre aquela delicinha que, já há alguns anos, você pode comprar em qualquer esquina do Brasil – o famoso <i>temaki</i>. O único problema de comprar o <i>temaki</i> no Brasil é a ‘bagatela’ (puff!) que cobram por qualquer tipo de comida japonesa na nossa terra tupiniquim, né? Outro dia ouvi de uma amiga que um potinho pequeno de conserva de gengibre custa R$5 numa famosa rede de ‘temakerias’ do Rio. Credo, né gente? Vamos fazer em casa, que é mais barato, gostoso e leva o ingrediente que a gente quiser.
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O <i>temaki</i> é, tradicionalmente, um rolinho japonês. Existem milhares de tipos de <i>sushi</i>; alguns deles nem são originários do Japão, são mesmo invenções nossas aí no ocidente, como o famoso e delicioso <i>‘Hot Filadélfia’</i> (meu favorito). Por incrível que possa parecer, o <i>temaki</i>, como nós conhecemos no Brasil e no resto do mundo, não é tão famoso no Japão. Confesso que é complicado encontrar um restaurante ou bar que venda os ‘beneditos’ por aqui.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMYCsk1yEHpgpbPYJBdMQm5wfgjQZiEsnPoVACATgjKNdmAGAeN-fs4Z25dphWYWjwupwJkM0nZyD1SoQJPsYzCm3QXZq6hu9agvW6NnaNPW9_JyJVfhibcKhVGoPNOkGO1hxSq11cUlog/s1600/Tem10.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="150" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMYCsk1yEHpgpbPYJBdMQm5wfgjQZiEsnPoVACATgjKNdmAGAeN-fs4Z25dphWYWjwupwJkM0nZyD1SoQJPsYzCm3QXZq6hu9agvW6NnaNPW9_JyJVfhibcKhVGoPNOkGO1hxSq11cUlog/s200/Tem10.JPG" /></a></div>
Os japoneses gostam mais do <i>makizushi</i>, que é um rolinho japonês fechado, não em forma de cone. Vocês podem achar que nunca viram mais gordo, mas comeram várias e várias vezes, só que cortadinho. E eu, por sorte, achei um brinquedinho aqui que ajuda muito a fazer <i>makizushis</i> deliciosos...
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghVskKvSPdHevIBXekQgXFvrvsoa2TwZhEstTxlfWkc3k2BZy7lsgTl0qn7sSZEYpRiTWi1Trd4_BGjNpxGkPJROyYN4o4KDqME8yx-U36jYsgUJS69qcKuNCfeTyStKAEZpmkVvpLUhqh/s1600/Tem9.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghVskKvSPdHevIBXekQgXFvrvsoa2TwZhEstTxlfWkc3k2BZy7lsgTl0qn7sSZEYpRiTWi1Trd4_BGjNpxGkPJROyYN4o4KDqME8yx-U36jYsgUJS69qcKuNCfeTyStKAEZpmkVvpLUhqh/s200/Tem9.JPG" /></a></div>
Quem sabe os amigos não se dão bem e comem alguns lá em casa, quando eu voltar pro Brasil, né? rs
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Mas, voltando ao <i>temaki</i>... Parece doideira, mas é uma das coisas mais fáceis de fazer NA VIDA! Aprendi com uma das minhas queridas professoras de japonês, quando visitei sua casa, há uns 4 anos (Deus, o tempo voa... O.O).
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs3MO_h-cs5pIgM5TD3ZXfOfT8C6SSni6rPbceCYBQfygokTVEtXXZF1qZJ8pfeKPkOoJDBz_RYUMlPiK68ZJWAgrqTJu6iINgu6taDlX1syJwc7ydx8NpVmmBV19adiKzOLIhuNrjGQZc/s1600/Tem1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="150" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjs3MO_h-cs5pIgM5TD3ZXfOfT8C6SSni6rPbceCYBQfygokTVEtXXZF1qZJ8pfeKPkOoJDBz_RYUMlPiK68ZJWAgrqTJu6iINgu6taDlX1syJwc7ydx8NpVmmBV19adiKzOLIhuNrjGQZc/s200/Tem1.JPG" /></a></div>
Você vai precisar de:<br><br>
- Arroz japonês (nunca tentei com outro e aconselho que seja o japonês mesmo, porque precisa ser empapadinho, o <i>Momiji</i> é famoso e barato no Brasil);<br>
- <i>Nori</i> (alga japonesa, vendida em lojas especializadas e em alguns supermercados, o Extra, por exemplo);<br>
- Recheios (eu uso: maionese japonesa, pepino cortado em tirinhas, kani, atum enlatado, milho, salmão cru, cream cheese, etc.) <br><br>
Semana passada fiz uma <i>”Noite de temaki”</i> lá em casa, com o namorado, e preparei um tutorial rapidinho. Olha como é fácil!
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ7RHA0vsFukCwLMxYvas3dxH9AZsgJqBu1FKHikUepBCVpCRNLuzaumVdNcNieu-6dbNtMesOvJ3nqUZ-wY76WoOKU1j9lEiUQpihC9SVYCJlRZCfAxjlZpuvRw31EHBUP9dWA5XUCMyM/s1600/Tem2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ7RHA0vsFukCwLMxYvas3dxH9AZsgJqBu1FKHikUepBCVpCRNLuzaumVdNcNieu-6dbNtMesOvJ3nqUZ-wY76WoOKU1j9lEiUQpihC9SVYCJlRZCfAxjlZpuvRw31EHBUP9dWA5XUCMyM/s200/Tem2.JPG" /></a></div>
1 – O <i>nori</i> é vendido assim, num formato retangular grande. Corte em retângulos menores (2 ou 3, dependendo do tamanho original);
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYRdsrbvorggSQamkWqN_KBG-iRNwaw1uxvRRzRSz9niR3fIxcKWhJAKpk56nFcufBHPE1_fyB17MWbOCxfa0p0A5fAxo8nyT-PDoWMnT9K06FXkCQU05lUZhbJqWz5tk_XyYfvdQCPrOD/s1600/Tem3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYRdsrbvorggSQamkWqN_KBG-iRNwaw1uxvRRzRSz9niR3fIxcKWhJAKpk56nFcufBHPE1_fyB17MWbOCxfa0p0A5fAxo8nyT-PDoWMnT9K06FXkCQU05lUZhbJqWz5tk_XyYfvdQCPrOD/s200/Tem3.JPG" /></a></div>
2 – Posicione a metade de um dos retângulos na palma da sua mão;
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHGs1NS0j1GjviabHPQXjjT76OMcOLjIun1ifeYhi9lkNiLOpl2aS4jti5aYXD9ztH56OTFhAoRPrbuXL5lWzcXSsOUe_9CB6bXLDvC390J51SbB6jzMrpPWFn5GSiDS97o6zXc57sNv8F/s1600/Tem4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHGs1NS0j1GjviabHPQXjjT76OMcOLjIun1ifeYhi9lkNiLOpl2aS4jti5aYXD9ztH56OTFhAoRPrbuXL5lWzcXSsOUe_9CB6bXLDvC390J51SbB6jzMrpPWFn5GSiDS97o6zXc57sNv8F/s200/Tem4.JPG" /></a></div>
3 – Com uma colher, espalhe um pouco de arroz nessa metade (seja parcimonioso, se o arroz for demais, o <i>temaki</i> não fecha e vai ser uma zona! rs), pressionando de leve, pra dar uma achatada;
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjZ2b4tkEpgWjvjCuWO3a1NAPdtsaZZJrcfj_wU7R3WJhY2ZNLFNLdSCEpFso94cjmAvGTnk37sCBi-1u9s1-PzDJlGVCVjkOEagbn8ulrMnseA6JPPSoyWK0Ukrg1dHvSuQFVbrp0KrNa/s1600/Tem5.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhjZ2b4tkEpgWjvjCuWO3a1NAPdtsaZZJrcfj_wU7R3WJhY2ZNLFNLdSCEpFso94cjmAvGTnk37sCBi-1u9s1-PzDJlGVCVjkOEagbn8ulrMnseA6JPPSoyWK0Ukrg1dHvSuQFVbrp0KrNa/s200/Tem5.JPG" /></a></div>
4 – Por cima do arroz, espalhe os recheios que você quiser, de preferência na diagonal, a final você pretende ainda fazer um cone com tudo isso. No meu, usei kani, pepino, cream cheese e cebolinha.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitMbZzVuBRXRtd6o1aEyQUwbZ2Vc8jQveU5hmKZAe0j2csfs6IxtGmh1yZP_mqdaAygeKHJ9GA0CCx6mEPrp4W8QttAzVQ5Dfd021IfFPnK2xrYVacZrWCqxoEIs6yiDMXnd7OylKRx0vv/s1600/Tem6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEitMbZzVuBRXRtd6o1aEyQUwbZ2Vc8jQveU5hmKZAe0j2csfs6IxtGmh1yZP_mqdaAygeKHJ9GA0CCx6mEPrp4W8QttAzVQ5Dfd021IfFPnK2xrYVacZrWCqxoEIs6yiDMXnd7OylKRx0vv/s200/Tem6.JPG" /></a></div>
5 – Agora vem a parte de enrolar seu <i>temaki</i>. Sim, essa é a parte tensa do processo e meus “pupilos em <i>temaki</i>” (rs) nunca conseguem de primeira. O segredo é pegar a ponta da alga e dobrar na direção do centro do retângulo, formando um triângulo (aulas de geometria culinária... hahaha!).
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEvA0XYnhTllzTHCJln3YDYQzGpLOl-CgpZHw3nXBBBEhZLyfSopTSwbd_4bGHIPJQx88Z05YpLXOs21AYJ4PZbtHcAC5KjRRJSwZrz2TH-4da7mBBWqFx6g0OXZule6W1_632J3Tt8AYb/s1600/Tem7.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEvA0XYnhTllzTHCJln3YDYQzGpLOl-CgpZHw3nXBBBEhZLyfSopTSwbd_4bGHIPJQx88Z05YpLXOs21AYJ4PZbtHcAC5KjRRJSwZrz2TH-4da7mBBWqFx6g0OXZule6W1_632J3Tt8AYb/s200/Tem7.JPG" /></a></div>
6 - Mantenha o lado dobrado com uma mão e puxe o lado livre do <i>nori</i> para fechar o cone.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifUQu3g1MMJLIb2QMLEBNuh35eFHc509HkPkl1EWoIHEly8MwgiUli57xWgqBQHfKul3dmqM2l-TIIaW6n0bG5UD3qQOT75JfQDWdi4X4IHgnx-lfoG7vhoQbnnKjSJh2qdCeYmPy9Xy1J/s1600/Tem8.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifUQu3g1MMJLIb2QMLEBNuh35eFHc509HkPkl1EWoIHEly8MwgiUli57xWgqBQHfKul3dmqM2l-TIIaW6n0bG5UD3qQOT75JfQDWdi4X4IHgnx-lfoG7vhoQbnnKjSJh2qdCeYmPy9Xy1J/s200/Tem8.JPG" /></a></div>
7 – PRONTO! ^^
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O namorado foi mais literal e preparou um real <i>TE</i>-<i>maki</i> pra gente... Hahahaha! Pra quem não sabe (a maioria esmagadora do universo), <i>’te’</i> significa ‘mão’ em japonês e <i>’maki’</i> é ‘rolo’. Tá aí o <i>TE-maki</i> do moço:
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFVT5T2S-UtsDgrif3cQERVZYrTYHfiMGMKWLKBaTzuDxD1PlD0Q1k9K41Ehu7eNx5T9dMR4tpEMzryTCsJvfZ2vPmmuAxZBnc-TRHPn55SIcKe1i7Affk1F7rNEprkJEWsu2XsAaAx_j5/s1600/Tem11.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFVT5T2S-UtsDgrif3cQERVZYrTYHfiMGMKWLKBaTzuDxD1PlD0Q1k9K41Ehu7eNx5T9dMR4tpEMzryTCsJvfZ2vPmmuAxZBnc-TRHPn55SIcKe1i7Affk1F7rNEprkJEWsu2XsAaAx_j5/s200/Tem11.JPG" /></a></div>
O <i>sushi</i> é o alimento tradicional do japonês. [<u>Veja bem, tradicional não quer dizer o mesmo que o arroz com feijão significa pra nós. Não se come sushi todos os dias, bem como não comemos feijoada todos os dias.</u>] E, hoje em dia, é mais barato e divertido comê-los nos famosos <i>Kaitenzushi</i> (lugar onde o <i>sushi</i> fica dando voltas numa esteira). Além de gostoso, o sushi é, sem dúvida nenhuma, saudável e até light (se considerarmos os ingredientes leves e ignorarmos os carboidratos do arroz ou considerarmos que nem é tanto assim). Então, gente, SE JOGA NO <i>TEMAKI</i> CASEIRO! =P
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Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-89872150403893611002012-09-24T10:21:00.000-03:002012-09-24T10:21:25.050-03:00Lasanha de BerinjelaEu sei bem que a maioria da galera não gosta de berinjela, então já vou dizendo aqui, no início, que eu vou mudar sua vida. Porque não há nada que uma boa dose de queijo não mude na vida de uma pessoa, ok? E uma berinjela bem feita é a diferença que falta pra você.
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Parece mais um daqueles contos de ‘internê’, mas a berinjela é um alimento super saudável e é famosa por reduzir o colesterol. Além de, definitivamente, reduzir muito a quantidade de calorias de uma lasanha, porque substitui toda aquela quantidade de massa e carboidratos que a nossa amada e tradicional lasanha traz.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixrI_OzsnURPk6kvJ7WdO48b4FN7YS9EmaZyPND_Ef4dN5tOOP4vN_UKK8eevVCbN_Okh_kaXIjZZsyYUeowaSBusCNTDfWMpOXc0mEtHDIGQspYY6Cvi035RV_2OZdS6zRVfgpvIoL9wA/s1600/lasbe5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEixrI_OzsnURPk6kvJ7WdO48b4FN7YS9EmaZyPND_Ef4dN5tOOP4vN_UKK8eevVCbN_Okh_kaXIjZZsyYUeowaSBusCNTDfWMpOXc0mEtHDIGQspYY6Cvi035RV_2OZdS6zRVfgpvIoL9wA/s320/lasbe5.png" width="320" /></a></div>
A receitinha que eu tenho pra vocês hoje é muito simples, rápida e mudou a opinião do senhor meu namorado sobre berinjela na segunda-feira passada, ok? O moço chegou a me dizer que possivelmente não conseguiria comer a lasanha, quando soube que a berinjela não era o recheio e sim a massa. No fim, não sobrou um cantinho de lasanha pra contar a história, porque o rapaz comeu TUDO, ok? Então fiquem comigo, me acompanhem e vamos mudar essa imagem feia da berinjela que as pessoas têm.
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Você vai precisar de:<br />
- 3 berinjelas<br />
- mussarela ralada (realmente não sei a quantidade exata, fui no ‘olhometro’ e, aqui no Japão, usei o queijo que tem pra usar; você pode usar fatias se quiser, acho que o resultado pode ficar até melhor)<br />
- 300g de carne moída<br />
- 1 pct de molho de tomate
- 1 cebola<br />
- 2 dentes de alho<br />
- pimenta do reino, sal manjericão e cheiro verde a gosto
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGzPqzaqkjHEsUttoOg_N4UJ8hvmgXnib8GWUhIElwPhO_hnbk0vyKxaDDIwBQ7Ss8Ze3x6i1Bmotrc8_lYI4hUaRWAD_06OiIEqkq1cwjcC_IXFGUZsEj9WeDOVRU-g9x64OSDYRoSKF-/s1600/lasbe1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhGzPqzaqkjHEsUttoOg_N4UJ8hvmgXnib8GWUhIElwPhO_hnbk0vyKxaDDIwBQ7Ss8Ze3x6i1Bmotrc8_lYI4hUaRWAD_06OiIEqkq1cwjcC_IXFGUZsEj9WeDOVRU-g9x64OSDYRoSKF-/s320/lasbe1.png" width="320" /></a></div>
Preparar tudo é muito simples. Corte as berinjelas em rodelas (prefiro rodelas, porque facilita o corte da lasanha depois de pronta e, sim, eu sou preguiçosa com comida difícil de cortar) e ferva em uma panela com água, sal, pimenta e o manjericão. O manjericão foi jogada de mestre, no fim, porque deixou as berinjelas cheirosas e muito saborosas mesmo; então deixe tudo chegar à fervura e ficar por uns 5 minutos ou até a berinjela mudar um pouco de aspecto.
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Depois de cozidas as berinjelas, vamos preparar o molho à Bolonhesa DELÍCIA. Refogue a cebola e o alho, como mamãe fazia, no azeite. Adicione a carne e deixe cozinhar. Antes de todo o processo, deixei a carne marinar no sal, pimenta do reino e alecrim, mas isso cada um faz como quer. Eu prefiro assim, porque pega mais o tempero. Depois de cozida a carne, adicione o molho de tomate, deixe ferver e vá acertando o tempero, até ficar do seu gosto a quantidade de sal, pimenta do reino e cheiro verde (ou o que mais você quiser usar).
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Com tudo pronto, vamos montar essa delícia. Repita camadas de berinjela, molho e queijo, quantas vezes o recipiente que você escolheu te permitir. Dando umas ‘apertadinhas’ com uma espátula de vez em quando, pra caber mais e ter mais delícia, né gente?
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Lasanha montada? Agora é colocar no forno até o queijinho derreter, dourar e seduzir você de dentro do forno.
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Sério, fica bem delicioso! Minha próxima tentativa com ela vai ser uma aos 4 queijos, se eu conseguir o milagre de encontrar queijo de verdade nesse país. Pros ‘haters’ de berinjela, só digo uma coisa: “VOU MUDAR A SUA VIDA!”. rs
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwuQ3HyZ-C7k80guygk0VhyphenhyphenkZSnRGi2I6XvaGTZP3hx2IVYBOMe5khE7D4M6w4FiZO6p5hJwuu1wfgAssg1ja3l0gxh5OAWKjUDsqmlZUoH5kWgD343ud4VFroV2xPybchPwB6E6-fw0Og/s1600/lasbe4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjwuQ3HyZ-C7k80guygk0VhyphenhyphenkZSnRGi2I6XvaGTZP3hx2IVYBOMe5khE7D4M6w4FiZO6p5hJwuu1wfgAssg1ja3l0gxh5OAWKjUDsqmlZUoH5kWgD343ud4VFroV2xPybchPwB6E6-fw0Og/s320/lasbe4.JPG" /></a></div>
Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-23386327672793340902012-09-21T01:29:00.000-03:002012-09-21T01:39:50.903-03:00Purikura – A ‘arte’ japonesa das fotos emperequetadas<div style="text-align: justify;">
Todo mundo que conhece um pouquinho de Japão e gosta da louca cultura pop daqui sabe o que é uma <i>Purikura</i>. O nome é a abreviação de <i>Purinto Kurabu</i>, o ‘ajaponesamento’ de <i>Print Club</i>. As <i>purikuras</i> nada mais são do que fotos adesivas, feitas em máquinas um pouco maiores do que as tradicionais máquinas de 3x4, que salvam a gente na hora do aperto do “Preciso de uma 3x4 pra amanhã!”.
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A diferença básica da <i>purikura</i> pra uma fotografia de máquina normal são as formalidades, eu diria. Vocês, certamente, não estariam dispostos a decorar com brilhinhos, flores, corações, balões e carinhas fofinhas a sua 3x4, estariam? Hahaha!
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A <i>purikura</i> é uma invenção japonesa da década de 90, que dominou toda a Ásia. O sucesso das pequenas fotos adesivas foi e continua sendo imenso no Vietnã, na China, em Hong Kong, Taiwan, Tailândia, nas Filipinas e, principalmente, na Coréia do Sul. Nas duas vezes que estive na Coréia, tirei <i>purikuras</i>; vestindo roupas coreanas tradicionais, na primeira vez, e algo mais ‘normal’ na segunda.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbFu3PGRT8GZYeeE6Y0S-fFb1d7LF3cvxUUsEQ02ZrwUte2UGea6X4QwgSwyCqoQ9DT78z7E2r8KHgtRCgYolqekgBwy7T9v0N3eiVSG3TumGDAnmX2oyL4qj8aFvm50Hix7dmB91I98d0/s1600/puri1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="111" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjbFu3PGRT8GZYeeE6Y0S-fFb1d7LF3cvxUUsEQ02ZrwUte2UGea6X4QwgSwyCqoQ9DT78z7E2r8KHgtRCgYolqekgBwy7T9v0N3eiVSG3TumGDAnmX2oyL4qj8aFvm50Hix7dmB91I98d0/s320/puri1.png" width="320" /></a></div>
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<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Minhas <i>purikuras</i> coreanas
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O sucesso no Japão continua sendo tão imenso que tirar fotos com os amigos nessas máquinas é um programa que exige dedicação e tempo hoje em dia. As lojas com as famosas máquinas estão por toda parte e oferecem opções um tanto curiosas (pras nossas cabeças ocidentais). Numa das maiores lojas de fliperama de <i>Shinsaibashi</i> (um dos maiores centros comerciais de Osaka), é oferecido aluguel de roupas e existem espaços especiais, com espelhos etc., pra maquiagem.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6Sb7FVU5UdDxh4ATysB5rcf8nHiEYO0-ib5ySKXqyBpUK2_jVUgv8aNknUGRAvgXJ-c6ovtlPun8uwoeKOa6uPxvaJi8KPdtNKLM5osRdgTi8FTowzNrvdykrHxckN0_ZxCS2BL8ygFAw/s1600/puri2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6Sb7FVU5UdDxh4ATysB5rcf8nHiEYO0-ib5ySKXqyBpUK2_jVUgv8aNknUGRAvgXJ-c6ovtlPun8uwoeKOa6uPxvaJi8KPdtNKLM5osRdgTi8FTowzNrvdykrHxckN0_ZxCS2BL8ygFAw/s320/puri2.png" width="256" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Máquinas de <i>purikura</i> em <i>Shinsaibashi</i></span>
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A máquina de Purikura é ENORME e consegue abrigar até um pouco mais de cinco pessoas. Em geral, os usuários ficam de pé, em frente a um engenhoso equipamento, que inclui a câmera fotográfica e a aparelhagem de iluminação. O fundo do cenário é sempre verde, para permitir a inclusão das montagens depois de feitas as fotos. E o processo para fotografar é relativamente barato e fácil para o resultado. Parece bobagem, mas as fotos ficam com uma qualidade muito boa.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIzAAz95PMifvPTgcgCknLDVBzHRYkaNFEWtX4IhU3PNzOmAktWhFwoESWZPRTEikKN-i2-d1ML4oYbuuMJrkgUEyYaWNH_2zGYAiGO8m81HGMXFiZPnhBRFw9rUaKemQUpcRGMWf8xlAR/s1600/puri3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="204" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIzAAz95PMifvPTgcgCknLDVBzHRYkaNFEWtX4IhU3PNzOmAktWhFwoESWZPRTEikKN-i2-d1ML4oYbuuMJrkgUEyYaWNH_2zGYAiGO8m81HGMXFiZPnhBRFw9rUaKemQUpcRGMWf8xlAR/s320/puri3.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">A aparelhagem que tirou essa foto minha com a <a href="http://c-yume.blogspot.com/">Carol</a></span>
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Depois de tiradas as fotos, é hora de ir para o espaço reservado, em outro ‘compartimento’ da máquina e ‘emperequetar’ suas fotos. As máquinas oferecem opções de incluir datas, carimbos, imagens, escrita, bordas, coloração de olhos/cabelos/pele, e tudo isso nas mais variadas formas. Você pode, realmente, transformar tudo em você e no cenário.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibpjplJPHlA9qZsPN90NeCnLMKSQAVmsp-3dVMvcTigBqa7etm_LikzyB5vR1B7OxL3zxEo0M3gEYL14TCyCW0VaxJ9yucdRsnPxct5JqVF3kEaFGpB0lx3wsEhbdKCGPE6NVdp6PE6Bmb/s1600/puri4.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="120" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibpjplJPHlA9qZsPN90NeCnLMKSQAVmsp-3dVMvcTigBqa7etm_LikzyB5vR1B7OxL3zxEo0M3gEYL14TCyCW0VaxJ9yucdRsnPxct5JqVF3kEaFGpB0lx3wsEhbdKCGPE6NVdp6PE6Bmb/s400/puri4.png" /></a>
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<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Jimin decorando nossas <i>purikuras</i> em <i>Daegu</i>, Coréia. E o resultado...
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Algo ainda mais curioso sobre as máquinas de <i>purikura</i> na Ásia são os olhos. Todas elas dão destaque aos olhos, aumentando-os consideravelmente e deixando nosso rosto um tanto estranho ou expressivo demais. É lógico que isso é explicável e a maior parte das meninas orientais não gostam de ter olhos puxadinhos, fechadinhos e tal. Eu não sei... Acho que os olhos são sempre a parte problemática da coisa e sempre procuro as máquinas que tem esse efeito um pouco menos exagerado. Porque acho que o tamanho dos olhos já está naturalmente certinho com o nosso formado de rosto e tal... Melhor não mexer em time que não está perdendo (pode não estar ganhando, mas perdendo não ta não! Hahahaha!), né?
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Pessoalmente, gosto muito de <i>purikuras</i>. Não sei se é por juntar frescurada de menininha, fotografia e um ‘photoshop style’ (três coisas que eu adoro), ou se é só porque gosto de guardar lembranças de momentos legais, ou tudo isso junto e mais um pouco. Adoro virar, depois de um jantar especial e mandar um: “Gente! Vamos tirar <i>purikura</i>?!?”
</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_tticYX3iTQXAMValREM28KakBmVwKtFbcjWnjZyqWQGfXHzzXFQILs1lh6WPIwrS72ENL4SIf8ZnMzClMlb1IbXuBtaz48QVOHagdPa5Uqy7Ba_ACjUEAsXbWbg-_ccYSGof14iUkXG1/s1600/puri5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="191" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_tticYX3iTQXAMValREM28KakBmVwKtFbcjWnjZyqWQGfXHzzXFQILs1lh6WPIwrS72ENL4SIf8ZnMzClMlb1IbXuBtaz48QVOHagdPa5Uqy7Ba_ACjUEAsXbWbg-_ccYSGof14iUkXG1/s320/puri5.png" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: x-small;">Algumas das minhas vááárias <i>purikuras</i>.
</span></div>
Acho que talvez as máquinas de <i>purikura</i> farão falta quando eu voltar pro Brasil...
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<br />Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-52879390851525705542012-09-11T06:19:00.000-03:002012-09-11T06:19:41.756-03:00Going GLOBAL!<div style="text-align: justify;">
O quão global é você, querido leitor? Digamos que tanto eu quanto você, aí, lendo, do outro lado dessa linhazinha – nos conectando no meio dessa rede imensa –, somos bastante globais. Quer argumento melhor do que o fato de estarmos, cada um, em um ponto diferente do planeta (mais especificamente, cada um de um lado do planeta!) e, ainda assim, recebermos as idéias uns dos outros? Eu, aqui, do Japão, escrevendo pra vocês, aí, onde quer que vocês estejam... E mais milhares de pessoas escrevendo para outros milhares... Essa é a internet, essa é a nossa realidade.
<br><br>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFcZKjXF3kQgRRc288F0PoVSJa1_sAY11CD5iSobRIeEgVpUKV3dv9xkpPk7d2QLfqoetf9NQ7G7LYO-ao65Bj3vRXNF7p74fycEc8F_qHsFB0r_KQD8kwVEBHpcVGeTdH9jrMkFtwWECp/s1600/goingglobal1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFcZKjXF3kQgRRc288F0PoVSJa1_sAY11CD5iSobRIeEgVpUKV3dv9xkpPk7d2QLfqoetf9NQ7G7LYO-ao65Bj3vRXNF7p74fycEc8F_qHsFB0r_KQD8kwVEBHpcVGeTdH9jrMkFtwWECp/s200/goingglobal1.JPG" /></a></div>
Há, não exagerados, 15 anos atrás, eu era uma menininha de 10 anos. O computador da minha casa era um dinossauro, o telefone era ruim, celulares eram monstros pré-históricos e os orelhões eram os salvadores da distância, apesar de raramente funcionarem bem. Antes disso, na época dos meus pais, computadores eram máquinas que ocupavam uma sala inteira, ninguém tinha acesso, a internet não existia e os orelhões, suas filas e fichinhas (confesso que ainda usei fichinhas de orelhão, porque, sim, eu sou dessa época) eram os salvadores das distâncias. Nem cito celulares nessa última parte, porque seria obviamente ridículo.
<br><br>
Afortunadas criancinhas de hoje em dia nascem num mundo onde suas carinhas já estão à disposição para milhões, apenas algumas horas depois de nascidas. Isso quando a magia da ultra-sonografia computadorizada <u>E</u> 3D não expõe suas minúsculas figurinhas, antes mesmo delas resolverem vir ao mundo. Com pouco mais ou pouco menos da idade que eu tinha quando criei meu primeiro blog (12 anos), as criancinhas de hoje já tem seus celulares, isso porque, com MUITO menos idade, toda já sabem mexer em computadores muito melhor do que muito marmanjo por aí.
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Hoje temos: Twitter, Facebook, Skype, Tumblr, Orkut (ainda não falecido), Google+, YouTube, 9gag, Skoob, Foursquare, MySpace... Só no Brasil, hoje, existem 50 redes sociais listadas pela Wikipedia. E nós sabemos que isso é bem pouco pra realidade do número de redes existentes no mundo. A própria Wikipédia acaba se tornando uma rede, a partir do momento em que alguém se preocupa em escrever um artigo informativo que será usado por mais um monte de gente. Afinal, redes não são formadas somente pela obrigatória troca de informações, mas também pelo simples fato de uma informação ser passada a diante, atingindo mais e mais gente, ‘going global’. Isso sem contar com a imensidade de outras possibilidades que os moderníssimos <i>smart phones</i> trouxeram pras nossas vidas, tanto em termos de interação entre conhecidos como no sentido de possibilitar um maior acesso e uma maior inserção de informação na rede. Graças ao meu <i>iPhone</i>, hoje eu posso falar gratuitamente com a minha família, do outro lado do mundo a hora que quiser, bem como posso fazer <i>updates</i> no meu Twitter ou postar aqui nesse blog na hora que bem entender.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXGwcdgvxayOxRkHtDEy43u7QZmNQoqfF2l3LtA7A2GsyFs59PH4mjX4EipMH7oVtiuMqrbhRxrlnjMoxFK8ntX90wy2cOohTcXwMI-BHv0gc0odLAgdHb5ZuH8HLzOgAGYcq_jUNmZPII/s1600/goingglobal2.PNG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXGwcdgvxayOxRkHtDEy43u7QZmNQoqfF2l3LtA7A2GsyFs59PH4mjX4EipMH7oVtiuMqrbhRxrlnjMoxFK8ntX90wy2cOohTcXwMI-BHv0gc0odLAgdHb5ZuH8HLzOgAGYcq_jUNmZPII/s320/goingglobal2.PNG" /></a></div>
E isso, amiguinho, gera uma circulação de informação que era inimaginável lá na época de papai e mamãe. Em tempo real, é possível saber sobre desastres naturais, por exemplo, antes mesmo de as agências laçarem notificações oficiais. É possível acompanhar eventos de qualquer parte do planeta ao vivo. É possível saber sobre as reações populares a acontecimentos dentro de seus respectivos países na hora em que esses eventos ocorrem. Hoje eu falo com o meu pai quando quiser, pra saber se ele já melhorou da gripe (outro exemplo), enquanto sei que na época dele, se ele conseguia ligar pra casa do exterior, pelo menos uma vez por semana, era uma vitória.
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Resolvi escrever sobre isso, porque estava aqui, mais uma vez, fascinada com o fato de nunca ter sido tão fácil conseguir informações. E nunca ter sido tão simples gerar informações. Na verdade, nunca na história foi tão fácil ser um cientista humano (historiador, sociólogo etc.). Nunca foi tão rápido se ‘transportar’ para qualquer lugar do mundo. Hoje somos moradores do mundo, somos globais, capazes de receber de qualquer lugar qualquer dado que tenhamos interesse. Hoje somos capazes de agir mais em prol de um todo, de protestar, de mostrar nossos pontos de vista, de nos manter cientes sobre nós mesmos.
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Pela primeira vez o homem rompeu as antigas barreiras estatais e descobriu o quão legal pode ser assumir a posição de ser humano, para além de sua identidade nacional. A realidade que vivemos é a da descoberta de uma ferramenta que nos coloca na posição de atores globais. Os homens e mulheres de hoje são aqueles que geram uma amedrontadora ‘opinião pública’, são aqueles que geram ‘primaveras’ por aí... O que antes era domínio da mídia passou às mãos de todos nós. Transferir informação deixou de ser privilégio de quem tinha a tecnologia pra tal, porque a tecnologia passou a ser de todos. Tendo acesso à rede, todos nós somos capazes de informar e sermos informados.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsaIYgNt6JqXE4DshDwO3kU0Tm1Bd8Ba_mK4HAlDcm6Hbgh7YM0jH0PBKh9cXFy9WN8l05-nL6yjRVahhlhzUkca90G15BoL_5MXIh69Z48huLJz0gR7GDpZ6wmFJrGZGQytOzEnBz2s8H/s1600/goingglobal3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="225" width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsaIYgNt6JqXE4DshDwO3kU0Tm1Bd8Ba_mK4HAlDcm6Hbgh7YM0jH0PBKh9cXFy9WN8l05-nL6yjRVahhlhzUkca90G15BoL_5MXIh69Z48huLJz0gR7GDpZ6wmFJrGZGQytOzEnBz2s8H/s400/goingglobal3.jpg" /></a></div>
Apesar das ‘desgraças da inclusão’ que encontramos por aí (Pelo amor de Deus, alguém já parou pra ler comentários de sites de notícias? Eu morro um pouquinho a cada vez que me dou ao trabalho. Mas, como dizem as más línguas, opinião é q nem...Vesícula Biliar, cada um tem a sua... õ.o), a grande rede se tornou uma máquina poderosíssima. Cada um de nós se tornou global em um clique, literalmente.
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</div>Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-9038840173464020382012-09-07T11:13:00.000-03:002012-09-07T11:32:15.414-03:00Cachorro de Forma<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Hoje vou inovar o blog mais um pouquinho e começar a contar pra vocês minhas aventuras culinárias. Então o site vai passar a ter sua categoria “Comidinhas”; de vez em quando, vou compartilhar umas invenções malucas que dão certo e, porque não, as que não dão certo também, que acabam sendo muito divertidas/traumáticas.
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Já tenho algumas coisinhas registradas, que logo-logo posto aqui, mas, essa semana, eu tive uma vontade louca de cozinhar e meti a mão na massa. Literalmente. Ontem o namorado não tinha idéia do que comer, eu também. Sabia que tinha umas linguicinhas na geladeira, então pensei: cachorro-quente! Mas, como, sem pão do cachorro-quente?
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Tive uma idéia maluca na hora e fui tentar... Morrendo de medo de ficar uma porcaria! Hahahahaha! Uma vez ouvi que umedecer o pão de forma e amassá-lo, fazia com que a massa ficasse fácil de modelar, então a idéia foi fazer um cachorro-quente de pão de forma. Assim nasceu o <b><u>“Cachorro de Forma”</u></b>. Fica a receita...</div>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbx5SYnvtlSjluNxE1n6GSrMpVFmU_qZhYa9MfzdAZhptBtBrMIIYlFX7DX-WxVZ52_Bn7oFgHNWdkbqrteeZNnP5Ut14g5noJ1qsY45DF_Oqfr4VXOBnREXGeBq1DoPw3np0-mbKo6WjT/s1600/cachorrodeforma.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbx5SYnvtlSjluNxE1n6GSrMpVFmU_qZhYa9MfzdAZhptBtBrMIIYlFX7DX-WxVZ52_Bn7oFgHNWdkbqrteeZNnP5Ut14g5noJ1qsY45DF_Oqfr4VXOBnREXGeBq1DoPw3np0-mbKo6WjT/s400/cachorrodeforma.JPG" width="400" /></a></div>
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Você vai precisar de:
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- fatias de pão de forma (quantas você quiser; cada fatia vale um rolinho);<br>
- lingüiça (lingüiças são mais finas e mais fáceis de enrolar);<br>
- fatias de queijo;<br>
- mostarda/molho de tomate/ketchup (o que você achar mais gostoso num cachorro-quente).
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Fazer os rolinhos é muito fácil. Sério! Leva menos de cinco minutos! A não ser que você queira fazer uma produção em massa...
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Primeiro, corte as cascas do pão de forma. Já descascado, umedeça a massa com as mãos, apertando enquanto faz isso. Parece complexo, mas não é. É só você ir molhando a mão e apertando o pão num prato ou tábua. A massa vai ficar com uma aparência estranha, bem compactada, mas é isso mesmo que você precisa fazer pra dar certo. Não é preciso molhar o pão demais, é só umedecer um pouco mesmo, deixar a massa meio molenga e o menos quebradiça possível.
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Depois de umedecido, espalhe sobre o pão a mostarda, o molho de tomate ou o ketchup ( ou os três, com parcimônia... rs). Enrole a lingüiça na fatia de queijo e, gentilmente, faça o mesmo com o pão. Tomando cuidado pra não quebrar a fatia (fica bem mais difícil de quebrar com o pão molhado, por isso todo aquele processo no início).
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No fim, é colocar numa assadeira e levar ao forno até dourar. O resultado foi totalmente aprovado pelo senhor meu namorado, e esse entende (e gosta muito) de uma comidinha gostosa, viu? Espero que a experiência maluca dê certo pra vocês também!
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Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-2290642157302403262012-09-04T01:07:00.000-03:002012-09-04T01:07:57.583-03:00A China “não-China” [parte 2]No início de agosto, como falei no <a href="http://coresamoreseafins.blogspot.jp/2012/08/a-china-nao-china-parte-1.html">outro post</a>, fomos nos aventurar nas regiões administrativas especiais do vizinho. Nossa aventura de 4 dias foi conhecer <u>Hong Kong</u> e <u>Macau</u>. Agora chegou a vez de falar um pouquinho sobre nossa ex-colônia irmã, Macau.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRtls4FehhdejUGVTd-kvO88DF_TvD3-dLbPvlR7xPGYk6xhyphenhyphenaNdmI7AOO8OQ6EBzJ8TG4K8mUZKkiZ1lnjlRc1KPuE_agrL5vBRIQzgQBXwaOEOIiO6PbP32o4Um1nyDE3MB_BAK5hugw/s1600/mac1.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="122" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRtls4FehhdejUGVTd-kvO88DF_TvD3-dLbPvlR7xPGYk6xhyphenhyphenaNdmI7AOO8OQ6EBzJ8TG4K8mUZKkiZ1lnjlRc1KPuE_agrL5vBRIQzgQBXwaOEOIiO6PbP32o4Um1nyDE3MB_BAK5hugw/s320/mac1.png" width="320" /></a></div>
<u><b>Macau</b></u>
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Macau é um lugar interessante, eu diria. Imaginava chegar lá e ver, como no Brasil, mais influência portuguesa, mas confesso que fiquei um pouco decepcionada. A arquitetura portuguesa é indiscutível, as placas têm, todas, informações em cantonês (a língua local) e português, é possível achar montanhas de Pastel de Belém (se você não conhece esse pedacinho de céu, Google it e vai correndo se virar pra achar um pra comer, é divino!) e ainda se vê muitos portugueses por lá. Mas não vá pra Macau esperando usar o português ou interagir com as pessoas ou ver algo tão legal quanto Hong Kong.
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Apesar de ter sido colônia portuguesa até 20 de dezembro de 1999, hoje Macau é China (MENOS DE 15 ANOS DEPOIS!). Foi impressionante perceber que o que ficou de forte influência inglesa em Hong Kong não acontece em Macau, com os traços portugueses. Pode-se perceber algo na comida, é possível visitar os locais turísticos com antigas construções coloniais, mas a sensação é muito estranha. Ao mesmo tempo em que via muita semelhança arquitetônica com o Rio, via que as pessoas não tinham nada de influência daquilo. Me senti como se o Rio tivesse sido invadido e dominado pelos chineses, e eles só mantivessem algumas coisas pra usar e ganhar dinheiro com os turistas.
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Mas não pense que foi um dia jogado no lixo, porque realmente não foi (apesar do meu momento desabafo acima... hehehe...). Cruzamos o delta do Rio das Pérolas (Zhujiuang) de manhã e chegamos à Macau por volta da hora do almoço. A travessia é super rápida, leva no máximo umas duas horas e é feita numa barca super legal. Logo que chegamos lá, tivemos o primeiro choque com o sistema... O transporte em Macau é meio caótico e ninguém sabe te dar informações em inglês ou é simpático. Então, se você planeja ir pra lá, use um bom guia e prepare-se pra gastar algum tempo lendo mapas e tentando se achar.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvQPHRnOilpEwXeUNu-ukXuqoJ_xI2tPF3y4e-HKZ7cVaqnPvrp68uvCooeeoGG92PqLOGzZMrd_4CAbzh54zoyopK5FFZF6p_RGsdgcjFa46R0YQWNRGyx6tO-_CLPXquJ1tokN5oP04h/s1600/mac2.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="213" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvQPHRnOilpEwXeUNu-ukXuqoJ_xI2tPF3y4e-HKZ7cVaqnPvrp68uvCooeeoGG92PqLOGzZMrd_4CAbzh54zoyopK5FFZF6p_RGsdgcjFa46R0YQWNRGyx6tO-_CLPXquJ1tokN5oP04h/s320/mac2.png" /></a></div>
O primeiro lugar que visitamos foi o Largo do Senado, um lugar super parecido com o centro do Rio. Calçadão de pedrinhas portuguesas, prédios que me lembraram muito os prédios da Cinelândia (no Rio) e os benditos Pastéis de Belém por todos os lados. Ainda no Largo, nos embrenhamos pela Travessa de S. Domingos, uma vielinha que mais parecia aquelas de Santa Teresa (também no Rio), onde encontramos um restaurante legal e almoçamos comida portuguesa e macaense (juro que tive que pesquisar, achei que fosse ‘macauana’ ou sei lá). A culinária de Macau é muito curiosa, uma mistura deliciosa da culinária chinesa com a portuguesa. Nesse dia, comemos um <i>chan-han</i> (arroz frito ou arroz colorido chinês) com bacalhau, que estava maravilhoso.
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Depois do almoço, visitamos a Catedral de Macau, andamos mais pelo centro histórico e subimos uma ladeira super íngreme pra chegar à Fortaleza do Monte, uma construção lindíssima, do século XVI, que hoje abriga o museu de Macau. Depois de sair da fortaleza, visitamos as Ruínas de São Paulo, que são lindas e interessantes, porque se trata da fachada (só a fachada mesmo) da Igreja da Madre de Deus, a única coisa que sobrou do incêndio que atingiu o complexo do Colégio de São Paulo em 1835 (valei-me Wikipédia, porque lá não tinha uma placa de explicação).
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEircOi9dNiJWJm-i_UGvbTM57erjd9YuoB1gUylMLoOwJjq7dxOpNLPqaqOqA61RmtvHvHE3iRraSX0Zphk8Uiho3WoXo0Kc3t20FKl4feBvRCwqweleaEXGwQ1K7sgl91ju2zqon8h3lVN/s1600/mac3.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="280" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEircOi9dNiJWJm-i_UGvbTM57erjd9YuoB1gUylMLoOwJjq7dxOpNLPqaqOqA61RmtvHvHE3iRraSX0Zphk8Uiho3WoXo0Kc3t20FKl4feBvRCwqweleaEXGwQ1K7sgl91ju2zqon8h3lVN/s320/mac3.png" /></a></div>
Depois das ruínas, visitamos o mercado que fica logo abaixo da escadaria, tomamos suco de fruta de verdade (coisa que não existe no Japão) e fomos visitar o prédio do Clube Militar, que era muito lindo, e a vila de Tai O, um típico vilarejo português, na parte sul de Macau.
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O fim da nossa aventura por lá foi visitar os cassinos. Pra quem não sabe, Macau é conhecida como a “Las Vegas da Ásia” e, se você gosta de uma jogatina, vale a pena tentar. Mas acabamos não encontrando uma mesa de pôquer descente pro namorado (tadico) e fomos comer num pé sujo na estação das barcas, pra depois voltar pra Hong Kong.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFoSKIc93FBJU909_u6Qeebp2lFPjsdcYdISqJO2mmltXdOMfZj7Zsi6DryfNx1rBo2Ur8c4J5sMxywHH6ag6ushciNCJ2Q38ChohWaCtNbcG7r50sVDVHvBcPjXKcPtM0VphvMKU-aZBu/s1600/IMG_1443.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="213" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFoSKIc93FBJU909_u6Qeebp2lFPjsdcYdISqJO2mmltXdOMfZj7Zsi6DryfNx1rBo2Ur8c4J5sMxywHH6ag6ushciNCJ2Q38ChohWaCtNbcG7r50sVDVHvBcPjXKcPtM0VphvMKU-aZBu/s320/IMG_1443.JPG" /></a></div>
Macau foi, eu acho, o primeiro lugar que eu saí sem dizer que gostaria de voltar, como vocês devem ter percebido ao longo do post. Mas não me levem a mal, foi a minha impressão estranha. Ainda acho que valeu a pena conhecer e foi uma experiência boa. O que digo a vocês é o seguinte: corram pra Hong Kong, curtam muito, aproveitem o lugar, depois visitem Macau por um dia (não acho que precise mais do que isso), conheçam, comam Pastéis de Belém e viagem por aí, que é sempre delicioso.
<br><br>Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-29481129525112363092012-08-22T05:26:00.001-03:002012-08-22T05:26:21.281-03:00Novo visualOie!<br /><br />Passei só pra mostrar a nova cara do blog. Bonitinho? =D <br />Lutei contra a idade pra relembrar o que sabia de HTML, quando era uma jovem 'manceba' (essa palavra existe? acho que não... hahahaha!), e tá aí, meu novo template.<br />
O novo post vai estar online logo logo, então não fiquem longe por muito tempo, ok?<br /><br />Beijo!Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-66006786964595635842012-08-15T09:37:00.000-03:002012-08-15T09:37:50.504-03:00A China “não-China” [parte 1]No início do mês, eu e Carlos pegamos as trouxinhas e fomos nos aventurar por <u>Hong Kong</u> e <u>Macau</u>. Nada melhor do que uma viagem pra comemorar dois anos muito bem sucedidos de namoro, né? E foi a melhor escolha, uma das grandes viagens que fizemos desde a vinda pro Japão.
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Saímos de Osaka no dia 31 de julho e voltamos no dia 5 de agosto. Durante esse tempo, passamos 3 dias em Hong Kong e um em Macau. Foi nossa primeira vez na China, ou melhor, em algo parecido com a China (hehehe!). Hong Kong e Macau, após um período de, consecutivamente, 100 e 442 anos como colônias européias, são hoje regiões administrativas da China. Macau foi “alugada” pelos portugueses em meados do século XVI, como porto comercial, e devolvida em 1999. Hong Kong, por sua vez, se tornou colônia inglesa em 1898, após a Guerra do Ópio, e foi devolvida cem anos depois, em 1997. Hoje ambas são as regiões administrativas especiais da China, possuindo certa liberdade em relação à “main land” chinesa.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYRhDn91wp-j3Haug0xVp9FWHQVCrMYQr3eJ-Mo-tArBxb-OupYtfhnk_pruVaB4tZ3_9Sne-qz5I_g0ZoBIJ81dkGdRlFOG5cF_bh4OjFk2O4YFt3ZstknzlUoFGizKhMI9xlXZVmEBvW/s1600/hnk1.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="114" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYRhDn91wp-j3Haug0xVp9FWHQVCrMYQr3eJ-Mo-tArBxb-OupYtfhnk_pruVaB4tZ3_9Sne-qz5I_g0ZoBIJ81dkGdRlFOG5cF_bh4OjFk2O4YFt3ZstknzlUoFGizKhMI9xlXZVmEBvW/s320/hnk1.png" /></a></div>
<b><u>Hong Kong</u></b>
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Hong Kong é um lugar muito legal. Bastante organizado, limpo, com um transporte invejável e com um comércio sempre borbulhante. Tive a impressão de que em Hong Kong as marcas inglesas ficaram com muito mais força do que as portuguesas em Macau.
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Algo que realmente nos chocou em Hong Kong (num bom sentido, é claro), foi a receptividade das pessoas. Por três ou quatro vezes, fomos abordados por pessoas que nos viram checando o mapa e vieram oferecer ajuda. Não querendo ser chata e reclamona, mas isso não é o tipo de coisa que vivemos no Japão. Foi algo que achamos diferente e positivo.<br><br>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMfBIlu0kye-dDecrz-AZcbNxralIwskkg9DRtP381gAOA4KJQe_-gFFSZXlm-nzBd4vBTC25UxPF8ydnVn3dXIaOf8iY-5oTnvf9hPbFcChq0wOE0hf0oVVP70VHCsebGxtntU5BKHeN9/s1600/hnk2.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="284" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMfBIlu0kye-dDecrz-AZcbNxralIwskkg9DRtP381gAOA4KJQe_-gFFSZXlm-nzBd4vBTC25UxPF8ydnVn3dXIaOf8iY-5oTnvf9hPbFcChq0wOE0hf0oVVP70VHCsebGxtntU5BKHeN9/s320/hnk2.png" /></a></div>
No primeiro dia, andamos pelo centro da ilha de Hong Kong, visitamos a torre do Bank of China, a Catedral de S. João, toda a parte histórica,andamos de ‘tram’ (o nosso famoso ‘bonde’ - lá, no estilo inglês, com dois andares), comemos o melhor ‘noodle’ das nossas vidas, visitamos mercados, chegamos ao templo Man Mo, andamos pela Hollywood Road, tomamos um chopp e subimos pro ponto mais alto da cidade, pra ter uma maravilhosa vista noturna da Baía de Vitória.
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O segundo dia foi uma agradável surpresa. Não estávamos muito bem organizados, só sabíamos que o objetivo era visitar o Buda Tian Tan. Mas acabamos descobrindo q o Buda não ficava assim tão perto e que havia a possibilidade de fazer um roteiro litorâneo muito bom, na ilha de Lantau (lembrando que a região de Hong Kong possui uma parte continental e outras insulares). No fim, pudemos visitar a vila de Ngong Ping, no alto de uma montanha, onde fica o Buda e o Monastério dos Mil Budas. Visitamos a aldeia de pescadores de Tai O, toda de palafitas, peixes secos, comida maravilhosa e coisas legais. Fizemos um assustador passeio de barco e ainda voltamos pro centro de Hong Kong a tempo de pegar a barca e ter uma bela vista noturna, dessa vez de dentro da Baía de Vitória.<br><br>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxvwlyJKzPDp7tj9wBHbc8OdiUuL2CAn2hR_rVeza_WtIsBltnZiotkKng7kH_iAmaMlfcIUOjVJ3A80-vDhOrrDGjI1tgEUtau5ecepyf6F0F8Ri6vkZlg3V1sZRaZRb47i9BUs__vwQ3/s1600/hnk3.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="192" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjxvwlyJKzPDp7tj9wBHbc8OdiUuL2CAn2hR_rVeza_WtIsBltnZiotkKng7kH_iAmaMlfcIUOjVJ3A80-vDhOrrDGjI1tgEUtau5ecepyf6F0F8Ri6vkZlg3V1sZRaZRb47i9BUs__vwQ3/s320/hnk3.png" /></a></div>
Após nossa ida a Macau, por um dia, o último dia em Hong Kong foi uma mistura de compras, muitas compras, comida chinesa maravilhosa e mais andança. Andamos tanto durante essa viagem, que voltamos com as pernas malhadas e o corpo doendo. No último dia, depois de visitar vários mercados, não agüentávamos mais nada e partimos pro aeroporto, pra esperar lá pelo vôo e aproveitar nossa última refeição local.
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O mais interessante em Hong Kong foi ver o quanto há um esforço de se diferenciar da China. Pareceu pra mim que todos os estereótipos de chineses são rejeitados pela população de lá e há a necessidade de mostrar a quem quer que seja que ‘Hong Kong não é China’. O mesmo que foi repetido para nós, antes e depois da viagem. E essa diferença, nós percebemos ao chegar em Macau, que, hoje em dia, é muito mais China do que Portugal.<br><br>
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisg-cpB-NMGK_CE2OgPgtVv-NXYBAXR-0JX6DKY85nKjQ5k_NRNQV3J4tJu5-qzD99Uus9D58HYH1cO1sW6yNlw-ESQN_3vS3b1ZCz9OnpP3djCXSVxOz6j4ITAW4KKL3sVBZfyBUKgvvi/s1600/hnk4.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisg-cpB-NMGK_CE2OgPgtVv-NXYBAXR-0JX6DKY85nKjQ5k_NRNQV3J4tJu5-qzD99Uus9D58HYH1cO1sW6yNlw-ESQN_3vS3b1ZCz9OnpP3djCXSVxOz6j4ITAW4KKL3sVBZfyBUKgvvi/s320/hnk4.png" /></a></div>
No próximo post, conto pra vocês como foi visitar nossa ‘colônia-irmã’, Macau.Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-30625246036348304922012-07-02T23:39:00.000-03:002012-08-15T09:45:50.496-03:00New York, New York!Que semana, senhores! Que semana! No dia 3 de junho, embarquei para Nova Iorque. Fui fazer um curso intensivo sobre o sistema da ONU, o que faz parte da minha pesquisa agora e parte da minha paixão na vida. Foi uma viagem de ida MEGA COMPLEXA, com direito a avião com pane, atraso de 4 horas, mala quebrada e confusão com o táxi, mas cheguei sã e salva. O difícil foi querer sair de lá...
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1K_f9RQP6iKDKC_UY2MTYu2StkmkkGDXpyJeqHWqcZmrdWqNF6lQE0Ht_kHSnsVQZNjsqVmQBrRf8iCaS8XTAbxHbLiqQ_dBNaoyfjIydcwueC0Flw_q_LxWacN9VTujtLlccqHS4RFcZ/s1600/IMG_3987.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="157" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi1K_f9RQP6iKDKC_UY2MTYu2StkmkkGDXpyJeqHWqcZmrdWqNF6lQE0Ht_kHSnsVQZNjsqVmQBrRf8iCaS8XTAbxHbLiqQ_dBNaoyfjIydcwueC0Flw_q_LxWacN9VTujtLlccqHS4RFcZ/s320/IMG_3987.JPG" width="320" /></a></div>
Na chegada a NY, peguei um táxi do aeroporto, mas, por confusão minha, fui só até a estação de trem, pois iria gastar US$130 se quisesse ir ao campus. O taxista foi muito legal e me deu um monte de dicas fantásticas enquanto eu olhava pela janela do carro a ilha de Manhattan, encantada... Que cidade bonita! E louca! E cheia de gente! E organizada na sua bagunça.
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A cidade de NY fica na região nordeste dos EUA e é dividida em uma parte continental e a ilha de Manhattan. Durante todo o meu tempo lá, estive em Manhattan. Minha cidade dormitório foi a vila de South Orange, em New Jersey. Uma linda cidadezinha, onde fica a Universidade Seton Hall, que ofereceu meu curso.
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Por ser um curso intensivo, era mesmo muito difícil ter tempo suficiente pra conhecer a cidade inteira. Tínhamos palestras durante todo o dia e somente as noites ficavam livres. Mas procurei aproveitar cada minutinho livre para andar e absorver o máximo que pudesse de tudo aquilo.
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NY é uma cidade bastante curiosa. É impressionante como um lugar pode ser tão imensamente cosmopolita! Perdi a conta das várias línguas e dos vários costumes que vi e ouvi pelas ruas. Não só perto do quartel-general da ONU, onde obviamente tudo era um milhão de vezes mais diversificado, mas em todos os cantos de Manhattan (não tive a oportunidade de me embrenhar pela parte continental de NY). Foi a primeira vez, fora do meu país, que me senti incluída, me identifiquei com um lugar e pude me ver vivendo lá. Os programas de TV que eu assisto, na maior parte seriados, estavam anunciados nos outdoors, a música era a mesma que eu escuto e a comida, procurando MUITO BEM, até que era gostosa. Me senti em casa. Tudo era tão diferente do Japão...
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha6s0fhrp9D0lhGuNv823HXPvXbzQa-5RPq2SHKzzXiOApJWkU10GX1Cfxg6YdBGqWLFHjdQd5rc60_loxfHFVi3hLigMm6waJN_3kPB0988p-uafkeug4TOvqo8K6fNCptYCDo1wEb_aR/s1600/IMG_4128.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha6s0fhrp9D0lhGuNv823HXPvXbzQa-5RPq2SHKzzXiOApJWkU10GX1Cfxg6YdBGqWLFHjdQd5rc60_loxfHFVi3hLigMm6waJN_3kPB0988p-uafkeug4TOvqo8K6fNCptYCDo1wEb_aR/s200/IMG_4128.JPG" /></a></div>
Visitei a ponte do Brooklyn, andei várias vezes por Times Square, fui a um espetáculo da Broadway (sonho realizado), vi a ‘grande maçã’ de cima do Empire State Building, comi um Wendy’s (haja colesterol), visitei a catedral de St. Patrick, fui ao Rockfeller Center, tirei quase 400 fotos, comprei coisinhas com o clichê ‘I ♥ NY’... E amei, amei muito essa cidade.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdhGf0b9eyWYC1c2LeJew6oEIWQ5iJXbi9rkUkFHDJhIbVAthv0MwMW7jPoU4JG9P3f05T1YcoYWg7Ru2E-omZ7zOZj3NpWAvx29JA_CqRInING1wyxEsmKuEm-nYnnhBAeOzPB93MAdyM/s1600/IMG_0580.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdhGf0b9eyWYC1c2LeJew6oEIWQ5iJXbi9rkUkFHDJhIbVAthv0MwMW7jPoU4JG9P3f05T1YcoYWg7Ru2E-omZ7zOZj3NpWAvx29JA_CqRInING1wyxEsmKuEm-nYnnhBAeOzPB93MAdyM/s320/IMG_0580.JPG" width="320" /></a></div>
Assisti ‘Marry Poppins’, em cartaz no Amsterdam Theater e fiquei boquiaberta com a qualidade da produção, o elemento mágico da peça e como a Broadway é realmente maravilhosa. Meu amor por musicais foi multiplicado por 500 mil. Estive também no Grand Central Terminal, lembrei de todos os milhares de filmes que vi com aquele lugar (sim, incluindo Madagascar... hahaha!) e percebi que nenhum deles fez jus à beleza daquele prédio. Entrei no Chrysler Building crente que estava no Empire State, paguei mico com os amigos, mas vi o quanto aquele prédio é fantástico por dentro e por fora. O Empire State que me perdoe, mas o Chrysler é bem mais bonito. Num dos meus passeios solitários – coisa que adoro fazer quando viajo –, passei pelo Bryant Park e achei o lugar mais fofo e tranqüilo, mesmo estando a um quarteirão da sempre fervente Times Square. Achei mesmo que NY é uma cidade grande, movimentada e barulhenta, mas ao mesmo tempo acolhedora e agradável. Um lugar apaixonante.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir0r-JpDtTBp7odq_PO5n7yrtw6Dr_USrG0I3iketVBJob5P4p2otWOaNTNTWrqMr7H0JaAUwZiYaDsa1OjzrMANwT5dan3R3nXMgMeZvSUMD88U0xDN-rXH4TEb48wA-cGKpLhn-uIban/s1600/NY2.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="214" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEir0r-JpDtTBp7odq_PO5n7yrtw6Dr_USrG0I3iketVBJob5P4p2otWOaNTNTWrqMr7H0JaAUwZiYaDsa1OjzrMANwT5dan3R3nXMgMeZvSUMD88U0xDN-rXH4TEb48wA-cGKpLhn-uIban/s320/NY2.png" width="320" /></a></div>
O curso foi muito maravilhoso para a minha pesquisa e para o que planejo pra minha vida. Além de ter aprendido muito, minha paixão por tudo aquilo só cresceu. Eu pude ver as entranhas da organização que é meu sonho desde criança, eu entrei no prédio, eu ouvi membros do secretariado falando sobre o que é ser uma partezinha da ONU. Meu coração quase transbordou pelos meus olhos na primeira vez que vi aquelas bandeirinhas ao vento. Foi aquela famosa sensação de “isso existe mesmo, é de verdade”. E foi maravilhoso estar lá dentro, assistir uma reunião do Conselho de Segurança, andar pelo lobby, gastar uma fortuna na livraria e sonhar mais e mais com o dia em que voltarei praquele prédio. E eu vou voltar, eu sei, eu quero.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkf284Pbhi1kxHizj_OKyLZx0kbzsRm0wED56nwSBOiU2U293SDrEwF1lRN705twc1xBbRLgcE3iTfF-AYM6Ax7q3l4yfrZRL27MxapLU8JAudJEFuYtv81WYKefYpn5csZhHrKHj8-pJx/s1600/IMG_4007.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="126" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkf284Pbhi1kxHizj_OKyLZx0kbzsRm0wED56nwSBOiU2U293SDrEwF1lRN705twc1xBbRLgcE3iTfF-AYM6Ax7q3l4yfrZRL27MxapLU8JAudJEFuYtv81WYKefYpn5csZhHrKHj8-pJx/s320/IMG_4007.JPG" width="320" /></a></div>Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-52744895602708846082012-05-30T07:13:00.000-03:002012-08-15T09:47:00.228-03:00Tattoo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXg1n-zvhVbSLrLz126zCCuiRFUugEHHFHBjqTc8Ui7qXyDqkp8Y3F87Jklt7qifFtYSWygc3nXiaiDRBtR2G6FU_3LPriIa-KF9QDhijAf0lrl63xw1ke88eJ_oV37uyDtJkx_k6rCbOf/s1600/T1.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXg1n-zvhVbSLrLz126zCCuiRFUugEHHFHBjqTc8Ui7qXyDqkp8Y3F87Jklt7qifFtYSWygc3nXiaiDRBtR2G6FU_3LPriIa-KF9QDhijAf0lrl63xw1ke88eJ_oV37uyDtJkx_k6rCbOf/s200/T1.JPG" /></a></div>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span>
<blockquote>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">“Tattooing has been practiced for centuries in many cultures spread throughout the world. The Ainu, an indigenous people of Japan, traditionally had facial tattoos. Today, one can find Berbers of Tamazgha (North Africa), Māori of New Zealand, Hausa people of Northern Nigeria, Arabic people in East-Turkey and Atayal of Taiwan with facial tattoos. Tattooing was widespread among Polynesians and among certain tribal groups in Taiwan, Philippines, Borneo, Mentawai Islands, Africa, North America, South America, Mesoamerica, Europe, Japan, Cambodia, New Zealand and Micronesia. Indeed, the island of Great Britain takes its name from tattooing, with Britonstranslating as 'people of the designs' and the Picts, who originally inhabited the northern part of Britain, which literally means 'the painted people'. British people remain the most tattooed in Europe. Despite some taboos surrounding tattooing, the art continues to be popular in many parts of the world.”
</br><span style="background-color: white; color: #999999;">[diz a tia <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Tattoo">Wikipedia</a>]</span></span></blockquote>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">
Apesar da minha Aiquimofobia ou Belonofobia (nomes bonitos para o pavor extremo dos bichinhos do mal que são as agulhas), desde nova tive a vontade de fazer uma tatuagem. Mas tinha na cabeça, lá por volta dos meus 12/13 anos um certo preconceito em relação a isso. Vejam vocês, tô sendo bastante transparente em relação a isso. Não que eu achasse o fim ou odiasse pessoas tatuadas, a questão era que, pra mim, na minha cabeça boba de criança, eu achava que nunca ia conseguir um trabalho descente se tivesse uma tatuagem. Coisas que esse mundo besta coloca nas nossas cabeças quando somos jovens; mas há dois tipos de pessoa: as que crescem com isso e viram completos idiotas ou os que aprendem que as coisas não são assim e não é um desenho na sua pele que vai determinar seu caráter.
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Conforme fui ficando mais velha, decidi de vez que um dia teria a minha (ou as minhas) tattoos. Ainda tenho em casa os desenhos que fiz. Desenhava, assistia programas, sonhava com o dia que poderia desfilar por aí com os meus rabiscos. Mas três coisas me impediam: dinheiro que não tinha, maioridade que não chegava e o pavor daquela agulha raspando em mim.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4WQVWminWgPJST2uGkmq57_MCGADxdsoVH0MBjDOGC-OvQWCJ7HCHlzDCgJLeRp75MLFPEHb8jdohoZHAPRA9fA0N89qAx_txP_onE2sXE4oDBVvXcmz8yk1fqLGuiK42MI49nUbQ08Qg/s1600/T2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4WQVWminWgPJST2uGkmq57_MCGADxdsoVH0MBjDOGC-OvQWCJ7HCHlzDCgJLeRp75MLFPEHb8jdohoZHAPRA9fA0N89qAx_txP_onE2sXE4oDBVvXcmz8yk1fqLGuiK42MI49nUbQ08Qg/s200/T2.JPG" /></a></div>
Depois que vim pro Japão, a idéia de virar ma “desenhada” foi alimentada pelo namorado, que também quer muito fazer a dele, e também pela Gisa (minha irBã), que fez sua linda borboleta no ano passado. Dos papos entre eu, Paula e Gisa, surgiu o desejo de todas fazerem suas tattoos (mesmo a Gi já tendo uma) e decidimos fazer juntas, no mesmo dia, quando estivesse no Brasil.
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Com o passar do tempo, a idéia se consolidou mais e mais e resolvemos fazer algo que nos unisse pra sempre, representando nós três e o que amamos. A função de pensar em um desenho acabou sobrando pra mim e, no fim, até que tive a melhor das idéias: flores de cerejeira e os ideogramas coreanos de Taekwondo, a nossa arte-paixão. Mas o significado disso tudo não parava por aí! Seriam três flores, representando cada uma de nós e os ideogramas logo abaixo. Peguei o que podia de info e mandei pro nosso artista particular, Gabriel, que preparou um desenho lindo e único pra gente.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFn7NG2PfDEU41pD1K0ldWPBbxsrrgErQkvUSPH3vDG5pD5UcmyqeHiAbUARgz2SzpksrfGhHyxIYcVt0-0S741WPiA8gXBjxrd9FWKPiJrqbwEY2S8_gUAs1pBq8CzcxCywQdG-__cUlS/s1600/T3.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFn7NG2PfDEU41pD1K0ldWPBbxsrrgErQkvUSPH3vDG5pD5UcmyqeHiAbUARgz2SzpksrfGhHyxIYcVt0-0S741WPiA8gXBjxrd9FWKPiJrqbwEY2S8_gUAs1pBq8CzcxCywQdG-__cUlS/s200/T3.JPG" /></a></div>
No mês de abril, enquanto estava no Brasil, tomei coragem, peguei meu dinheirinho e dei a cara a tapa. As meninas marcaram tudo, porque, sinceramente, se dependesse de mim e da minha coragem, não teríamos feito nada. Hahaha! E, então, horas antes de embarcar de volta pro Japão, fomos ao estúdio e fizemos nossos desenhinhos. Meu medo da dor foi por água abaixo quando quase não senti NADA durante o processo e a satisfação, depois de pronta a tattoo, fez tudo valer a pena. Ainda me gabei de ter sido muito valente e ter entrado primeiro. Hahaha! A vontade de anos virou realidade, me unindo pra sempre à duas das minhas melhores amigas nessa vida.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK0dPG-6KlDCdX5NMTfnGpBQ4Eef-EZHW380qH7UIAmZDN5CF0Pxc0vpvCt-zbxHH8rsSzoA8EYlE8na0e0ikL4CX9xuRMn8uPf6msctahcadWzrr4lb5RZrmIJRVEm4R9I6X5ISKUq2xH/s1600/T4.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="150" width="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiK0dPG-6KlDCdX5NMTfnGpBQ4Eef-EZHW380qH7UIAmZDN5CF0Pxc0vpvCt-zbxHH8rsSzoA8EYlE8na0e0ikL4CX9xuRMn8uPf6msctahcadWzrr4lb5RZrmIJRVEm4R9I6X5ISKUq2xH/s200/T4.JPG" /></a></div>
O mais legal da história é, também, poder responder às perguntas do tipo “o que a sua mãe disse sobre isso?” com um “a minha mãe estava dentro do estúdio e assistiu tudo”. Tem mãe mais fo** nesse mundo? Não tem, né?
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Hoje me sinto muito rebelde (hahaha!), por viver num país tão cheio de preconceito com tatuagem como o Japão (apesar de ter sido um dos precursores), e, ao mesmo tempo, defendendo uma causa bem simples, mas importante, o direito que cada um tem de se expressar livremente, da forma que quiser.
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Os desenhos de quando era novinha, num futuro próximo, com certeza vão virar novos desenhinhos no meu corpo.
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Obrigada, meninas, por compartilharem comigo um laço, além do sentimento que temos umas pelas outras. Obrigada Gaah, pelo desenho lindo. Obrigada mãe, por ser minha mãe. Obrigada Wanderley (nosso tatuador, do <a href="http://www.tarantulatattoo.com.br/tarantulatattoo_vs2/">Tarantula Tattoo</a>), pelo belíssimo trabalho.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEoTlZZDHVWjkAy8JW5d5Vcla3p-tQiEm6l0Db9f7QxlGFlZ5Vn6zscDTZtyyiste0ymF1Qz28Sm4oETgN4ntW02jFJ4tFtHMO7McGNtWukmevsk_37FScxjYyUbby3CeLMDwqOF7Kt1KW/s1600/T6.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="200" width="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEoTlZZDHVWjkAy8JW5d5Vcla3p-tQiEm6l0Db9f7QxlGFlZ5Vn6zscDTZtyyiste0ymF1Qz28Sm4oETgN4ntW02jFJ4tFtHMO7McGNtWukmevsk_37FScxjYyUbby3CeLMDwqOF7Kt1KW/s200/T6.JPG" /></a></div>
</span>Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-61182896455699526292012-05-17T09:40:00.000-03:002012-05-17T09:40:32.409-03:00Brasil-JapãoNão consigo entender o que me afasta desse blog por tanto tempo. Às vezes acho que é preguiça, mas não existe preguiça quando você tenta fazer alguma coisa e simplesmente não consegue. A verdade é que canso de abrir e fechar meu Word, abro na esperança de escrever alguma coisa útil e fecho quando acaba minha energia pra pensar em algo. Também tem vezes que são tantas coisas acontecendo, que não consigo transformar em palavras de uma forma fácil, preciso digerir tudo e pensar sobre. Nunca tive muito o dom (ou a paciência) pra escrever posts mais gerais e informativos, tanto que são poucos os lugares que visitei e descrevi aqui. Devia tentar fazer isso mais vezes, me forçar... Mas, enfim...
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Meus últimos meses foram uma loucura completa, mas uma loucura boa. Um período pra pensar sobre planos, coisas e pessoas.
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Estive no Brasil durante todo o mês de abril, o que indica que março foi inútil e cheio de coisas pré-viagem pra resolver. Além do que também tenho o programa de verão na ONU, em junho, que me deu bastante trabalho até o dia do embarque.
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Saindo do Japão por esse tempinho, me vi livre de uma série de coisas que estavam me sufocando aqui. Às vezes vem aquele monte de perguntas à cabeça, me fazendo querer pegar minha trouxinha e voltar pro lugar de onde nunca devia ter saído. E foi o que eu fiz, com os devidos meses de planejamento. Hehehe!
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQV_aYm7fvMewBns0Gpe4wcyBhiVlPCOoqSjdDlUWNgcXt5bDMlXZHeYixkzXgeCNw08KxvgK-pZRD9d2fswiIsXlEPqayCCHZfVyKMrrTlgJr-4l4fwdn4gkGl4k7YyJNrjo9KEdwIgp8/s1600/IMG_9834.JPG" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="214" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiQV_aYm7fvMewBns0Gpe4wcyBhiVlPCOoqSjdDlUWNgcXt5bDMlXZHeYixkzXgeCNw08KxvgK-pZRD9d2fswiIsXlEPqayCCHZfVyKMrrTlgJr-4l4fwdn4gkGl4k7YyJNrjo9KEdwIgp8/s320/IMG_9834.JPG" /></a></div>
No dia 3 cheguei ao Rio, depois de viajar pela primeira vez com o namorado e planejando uma viagem inesquecível. Dessa vez fui já certa de que 1 mês não é tempo suficiente pra ver todos que gostaria, mas fiz o possível pra ver a maioria. E realmente encontrei com bastante gente, inclusive quem eu já não via há 2 anos, porque também não consegui ver no ano passado. Também tinha em mente uma coisa que pensei muito antes de sair do Japão; queria ver meus amigos, aqueles que podem ficar 50 anos sem me encontrar e me receber com os mesmos braços abertos de quem me viu ontem.
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Acho que foi mesmo uma viagem inesquecível, pois consegui fazer exatamente o que tinha em mente o tempo todo. Tive a alegria de passar meu aniversário em casa, depois de dois anos, e com a companhia do namorado, que veio de Goiânia na época, pra conhecer minha família e, de quebra, passar a data comigo. Esse foi um dos momentos que me senti mais completa na vida. Tinha, ao meu alcance, quase todas as pessoas que amo, e quase ao mesmo tempo.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF6h2eaFSR-Xpp0lgqxSsUbi95Ug_Eqi5XwfFOV7QGZ7nzgNLWvPuC0iAGvHZcW4E3-lAnitHuTqDYq7KXtbGq-IO_eUSq-PRVur8lnYuuNzCY5SGgA0DvNvq824N9I7amOWn09Llx6Xhj/s1600/n%25C3%25B3s.png" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="320" width="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF6h2eaFSR-Xpp0lgqxSsUbi95Ug_Eqi5XwfFOV7QGZ7nzgNLWvPuC0iAGvHZcW4E3-lAnitHuTqDYq7KXtbGq-IO_eUSq-PRVur8lnYuuNzCY5SGgA0DvNvq824N9I7amOWn09Llx6Xhj/s320/n%25C3%25B3s.png" /></a></div>
Foi uma viagem muito importante também pro nosso relacionamento, que vem amadurecendo de um jeito meio assustador. Hahahaha! Também fui para Goiânia, conhecer a família do Carlos e fiquei encantada com tudo. Uma família linda, amorosa e carinhosa; uma cidade muito bonita, tranquila e moderna.
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Voltei pro Japão com o coração renovado, apesar da tristeza por não ter podido encontrar algumas pessoas, e a tranquilidade de saber que agora só falta 1 ano e 11 meses pra voltar definitivamente. Minha grande alegria nessa viagem foi confirmar, mais uma vez, o grande número de pessoas especiais que tenho na minha vida e como tenho sorte por isso. Agora é fazer valer a pena o tempo no Japão e correr atrás de oportunidades que infelizmente só tenho aqui. Mês que vem embarco pra Nova Iorque, pra realizar um dos grandes sonhos da minha vida, vou passar uma semana em um curso intensivo na ONU. *olhinhos brilhando*Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-17666859720462677572012-02-25T06:40:00.000-02:002012-02-25T07:03:26.273-02:00Desfecho Épico<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Akeome</i>! [de ‘<i>Akemashite omedetou</i>’, a versão japonesa do bom e velho ‘Feliz Ano Novo’] Não escrevo no blog desde o ano passado, que loucura! Tá, ok, piadinhas <i>fail</i> por toda parte... 2012 tá aí e seja o que Deus quiser; esperando, é claro, que os Maias não estivessem certos.
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<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Tenho me recuperado, nos últimos tempos, de um fim de ano tão maravilhoso e cheio de acontecimentos que não sei nem por onde começar... Ou melhor, sei, mas não sei dar continuidade... Enfim! Meu irmão veio pro Japão e eu tive os melhores 15 dias dos últimos meses.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdTrF055DWYBahTuO-LO7zwkIZKPGqGeHEFqRkzBd5zmY5l24unumMMhZDfwhleSTqEwdIaS3v6WrD6gUfdjSASfyIA171jj9llMFp0h6QH-3-JS4RFQQDFarSlGZOdBwxiB1ATL5Syxzg/s1600/IMG_2629%255B1%255D" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdTrF055DWYBahTuO-LO7zwkIZKPGqGeHEFqRkzBd5zmY5l24unumMMhZDfwhleSTqEwdIaS3v6WrD6gUfdjSASfyIA171jj9llMFp0h6QH-3-JS4RFQQDFarSlGZOdBwxiB1ATL5Syxzg/s200/IMG_2629%255B1%255D" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O ‘moleque’ chegou dia 20 de dezembro e começaram minhas andanças por esse Japão. Ser anfitriã é assim, né gente? Tem que mostrar tudo bonitinho, ainda mais pro menino que é alucinado por Japão. Eu e Júlio sempre tivemos muitas coisas em comum, principalmente os gostos; gostamos de estilos de música parecidos, gostamos de história, gostamos de viajar e gostamos de cultura oriental. E nada melhor do que começar nossas mil viagens por Kyoto.
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<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Antes disso, ainda no dia 20, almoçamos um <i>ramen</i> de verdade e fomos a um não tão tradicional, porém famoso, <i>kaitenzushi</i>. Sabe aquele restaurante de <i>sushi</i> onde os pratinhos ficam passando numa esteira? Então... E esse ainda tem o <i>plus</i> de ter um joguinho a cada 5 pratos acumulados. O Júlio fez o favor de ganhar DUAS VEZES! Quando eu, que moro do lado do estabelecimento, NUNCA ganhei. Mas beleza...
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<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Kyoto é a cidade que todo turista quer ver no Japão. Ponto. Tudo aquilo que você imagina, de samurais e pessoas de <i>kimono</i> pra tudo quanto é lado, tá lá. Templos milenares, casas tradicionais, castelos... HISTÓRIA. E assim foi, visitamos os templos mais badalados, como o <i>Kiyomizudera</i> e <i>Inari</i>, e chegamos até a ver <i>geishas</i> [falsas, mas vale pra ilustração]. E assim foi também nosso segundo dia de andanças, dessa vez em Nara e com direito a Buda gigante, veadinhos por todo lado, palácio de 1300 anos e um delicioso <i>kare</i> [de <i>curry</i>] como almoço.
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<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Os dias seguintes foram mais tranqüilos e menos históricos. Passeamos por Kobe, a cidade do meu coração no Japão, visitamos o guardião [Tetsujin-28], o porto, <i>Chinatown</i> e voltamos pra casa. O dia seguinte já era véspera de Natal e o rapazinho me ajudou a limpar a casa e organizar tudo. Foi um Natal lindo, divertido e especial. Ganhei uma Polaroid clássica do namorado que foi um presente f*#$. No dia 25, andamos por Osaka, visitamos o castelo e nos preparamos para mais uma semana de viagens.
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<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A segunda pós-Natal foi a mais épica e, talvez, a viagem mais marcante pro Júlio e, confesso, pra mim também foi uma agradável surpresa. Fomos pra cidade de <i>Mimasaka</i>, na província de <i>Okayama</i>. Não, ninguém conhece esse lugar... Até checar na nossa amiga <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Mimasaka,_Okayama">Wiki</a>, o nome antigo do lugar e suas conexões históricas. <i>Mimasaka</i> nada mais é do que a cidade natal de <i>Miyamoto Musashi</i>, um dos mais famosos samurais da história do Japão. Visitamos o museu, a casa onde ele nasceu, o templo dedicado ao cara e até o túmulo dele. Isso tudo debaixo de uma nevasca fenomenal, que rendeu fotos muito legais! A primeira neve da vida, na cidade do ídolo mor, foi tipo uma conjunção de orgasmos múltiplos e coloridos, como diria <a href="http://c-yume.blogspot.com/">Carol</a>.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMf_gknaneP3mayuU6koiGcfSeHXuZNc2mguyTfPY4m65uZU9EZthyAhjp9Jgytsdh1FN8pKk3rgVdZBPGmef19mYEHEMDx8_Z03XCD2KwQwUvHVjLf6-0MpyfIg8qxT2IZsZVH6EkEYxu/s1600/ro3.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="134" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMf_gknaneP3mayuU6koiGcfSeHXuZNc2mguyTfPY4m65uZU9EZthyAhjp9Jgytsdh1FN8pKk3rgVdZBPGmef19mYEHEMDx8_Z03XCD2KwQwUvHVjLf6-0MpyfIg8qxT2IZsZVH6EkEYxu/s200/ro3.png" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O dia seguinte também foi muito legal e rendeu experiências fantásticas. Fomos à cidade dos ninjas, <i>Iga-Ueno</i>, na província de <i>Mie</i>. Visitamos uma casa de ninjas original, com todas aquelas passagens secretas e alçapões. Fomos a dois museus ninjas, contando toda a história e etc. Depois passamos pelo castelo e voltamos pra Osaka, pra comer um tradicional e delicioso <i>Okonomiyaki</i> [prato típico daqui e nova paixão do um irmão]; e esse ainda era de várzea, num restaurantezinho minúsculo e super delícia [vantagem pra quem tem guia ‘residente’].
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<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O dia seguinte foi mais ‘grupal’. Juntamos a galera e fomos pro castelo de <i>Himeji</i>. Atualmente o castelo está passando por uma restauração, mas descobri uma tal visita à obra e lá fomos nós bisbilhotar o ‘trabalho de chinês’ de restaurar todo o telhado de um dos poucos castelos ainda originais do Japão. A visita ainda rendeu andanças pela enorme área do castelo, inclusive as muralhas. Depois partimos pra um almoço mais tradicional e delicioso. O dia seguinte guardava 8 horas de viagem de trem normal até Tokyo, com o bom e velho <i>18 kippu</i> <a href="http://coresamoreseafins.blogspot.com/2011/09/nagasaki.html">voltando a ser citado nesse blog</a>; cansativa, mas com direito a ver de perto o Mt. <i>Fuji</i> lindíssimo.
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnfhXWI2DweL-yV3s10RoyRb102_RZG1sjXoX2jKX1qOR0NsjxDY83x5ev5rNjd3XSHNfbnOHLjOFFOU4xZJ3A2HJFaBw2qHZVn7B4thsq4IxN4lZVciFNESuAqQiSxoK26r3c0raMdrKb/s1600/ro4.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="134" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnfhXWI2DweL-yV3s10RoyRb102_RZG1sjXoX2jKX1qOR0NsjxDY83x5ev5rNjd3XSHNfbnOHLjOFFOU4xZJ3A2HJFaBw2qHZVn7B4thsq4IxN4lZVciFNESuAqQiSxoK26r3c0raMdrKb/s200/ro4.png" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Tokyo, como sempre, estava exuberante, agitada e cheia de novidades. Visitamos a Torre de Tokyo, <i>Roppongi</i>, o famoso templo <i>Yasukuni</i> [meu favorito, por razões profissionais], <i>Shinjuku</i>, <i>Ginza</i>, <i>Harajuku</i>, o templo <i>Meiji</i>, o parque <i>Yoyogi</i> [com lindas pinturas no chão da entrada! *-*], <i>Shibuya</i>, <i>Asakusa</i>, <i>Okubo</i> [e sua ‘Korea Town’, onde tivemos um jantar delicioso].
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<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O marco da nossa viagem pra Tokyo, além de eu e <a href="http://c-yume.blogspot.com/">Carol</a>, gripadas e vencendo a gripe apenas com nossos sistemas imunológicos bem estabelecidos, foi a virada do ano. Fomos pra <i>Shibuya</i>, encontrar um enorme grupo de estrangeiros, que estavam com nossa menina Jams [garota carioca, suingue sangue bom], num restaurante com karaokê. Mais tarde também fomos contemplados com a presença de nossa menina Tatá [também garota carioca, suingue sangue bom]. A virada foi uma loucura. Sim, no Japão às vezes [muito raramente] isso acontece, ok? <i>Shibuya</i> é o lugar do cruzamento mais famoso do mundo. Conhecem? [Nop? Google it!] Pois então... Perto da virada, com todos devidamente bêbados e entretidos depois do karaokê, fomos pro cruzamento. Os telões da contagem foram apagados, pra evitar confusão [sim, isso é Japão], a polícia estava alucinada e ficamos lá, acompanhando a chegada do ano, cada um em seu próprio relógio. O ano novo veio e a forma de comemorar, além do clássico “Feliz Ano Novo”, foi ficar cruzando a rua sempre que o sinal abria, com pulinhos, gritos e no meio de uma multidão. Júlio e <a href="http://carlosnojapao.blogspot.com/">Carlos</a> viraram melhores amigos de infância e best friends forever. Foi hilário e eu confesso que também atravessei a rua umas duas vezes. Hahaha!
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO85fNaRZH6jy96Xp1eJRBzgnk5fSfT1pqqzVuYf_QTpodrHo4yutYANlExIPSwnp59Baplea1bPpM_7Ske3ARlK88eNwfJINoMbFAeXmRwhf76VNUwCssmgtoqveuKlm-061P9ijtVpk1/s1600/ro5.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="134" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhO85fNaRZH6jy96Xp1eJRBzgnk5fSfT1pqqzVuYf_QTpodrHo4yutYANlExIPSwnp59Baplea1bPpM_7Ske3ARlK88eNwfJINoMbFAeXmRwhf76VNUwCssmgtoqveuKlm-061P9ijtVpk1/s200/ro5.png" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A volta pra casa nos deu a deixa pra uma passada rápida em <i>Kamakura</i>, onde visitamos o Buda gigante e foi muito legal também, porque conseguimos entrar na estátua. Isso aí, penetramos o Budão. O maninho também teve seus momentos, comprou incenso, etc etc. E, mesmo depois de mortos de cansaço com a viagem de volta, ainda tivemos a cerimônia de <i>soroban</i> [aquela que eu já citei <a href="http://coresamoreseafins.blogspot.com/2011/11/soroban.html">aqui</a>]. Estávamos cansados, mais foi muito legal e ainda fizemos um monte de coisas tradicionais, como o <i>shodo</i> de ano novo, chamado <i>Kakizome</i> [a primeira escrita do ano].
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<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Triste foi me despedir, viu? Ainda mais depois de um período de viagens, “aventuras”, diversão, papos só nossos e amizade, como foi esse. Estava mesmo sentindo falta disso, de ter um dos meus pimpolhos por perto e poder me sentir realmente em casa. Obrigada por ter vindo, Rolha, e por me mostrar que não importa a distância, não importa o que aconteça, amizade e família são pra sempre. Espero que esse período aqui tenha também sido uma oportunidade de você se divertir, conhecer novas pessoas, fazer novas amizades e abrir os olhos pra quanta coisa esse mundo ainda tem pra te mostrar. Te amo, meu irmão!
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<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhibDa5WDpDDcG29ELAB0QtIaOB9DdleY7ppMzBFKfa5UptCboXMiDKZxIke689CcUxUZW7epV9YwjRZ1zTuxJqlAxhMU_iA6InjCPuBJreoQ-OnHDQ59kpw-H8JXFEF8vkcjPTzkHwqkMA/s1600/IMG_2860%255B1%255D" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhibDa5WDpDDcG29ELAB0QtIaOB9DdleY7ppMzBFKfa5UptCboXMiDKZxIke689CcUxUZW7epV9YwjRZ1zTuxJqlAxhMU_iA6InjCPuBJreoQ-OnHDQ59kpw-H8JXFEF8vkcjPTzkHwqkMA/s200/IMG_2860%255B1%255D" width="200" /></a></div>Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-8376555799042194957.post-32939136533780235682011-11-30T08:09:00.001-02:002011-12-01T03:29:50.451-02:00Soroban<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz7hQM6lqdfQgS9tExwTAOdQQ-iMBIL7LMhyphenhyphenWdGa4DVPeF2ibqgFsTj_hMp6itcZclWQdNZ7iWSagy1CFRYKu22H0YyeT8KkLr-2ntC4Sx9NvbFV6_K9YrKKK3cxH8ycY_P7TXTwOghybc/s1600/IMG_1077.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhz7hQM6lqdfQgS9tExwTAOdQQ-iMBIL7LMhyphenhyphenWdGa4DVPeF2ibqgFsTj_hMp6itcZclWQdNZ7iWSagy1CFRYKu22H0YyeT8KkLr-2ntC4Sx9NvbFV6_K9YrKKK3cxH8ycY_P7TXTwOghybc/s200/IMG_1077.JPG" width="200" /></a></div>
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<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Sábado passado estava a caminho de mais uma aula e percebi que nunca escrevi nada sobre minhas aulas de <i>soroban</i> aqui. Como é que pode? Já faço aulas há 1 ano e nunca fiz o esforço de escrever um pouquinho que fosse sobre tudo que tenho aprendido lá. Muito, muito feio da minha parte. </span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Para os que não sabem, o <i>Soroban</i> nada mais é do que o ábaco japonês. Sabe? O ábaco, aquele que você ouviu em algum momento da sua vida, numa aula de matemática, pode até ter tido um de brinquedo quando era criança, mas nunca soube exatamente como fazer contas com ele. </span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Existem vários tipos de ábaco, de várias épocas e várias regiões. O ábaco japonês é uma adaptação do <i>Suanpan</i> chinês (nomes parecidos, nop?) e foi trazido pra cá antes do século XVI. A Coréia também “importou” o ábaco chinês e possui o seu <i>Supan</i>. Muito antes de alguma mente brilhante nascer, crescer, se desenvolver e pensar em inventar uma calculadora, os ábacos já estavam aí pelo mundo. No Japão, o <i>Soroban</i> faz parte da cultura tradicional do país e ainda é parte obrigatória da educação infantil.</span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Alguns meses depois de chegar no Japão, fui apresentada por uma conhecida ao curso de <i>Soroban</i> para estrangeiros, oferecido aqui em Osaka. No início não me animei muito de perder as sagradas manhãs de sábado para fazer contas, mas acabei cedendo e fui a uma primeira aula. Fiquei tão encantada, que cá estou eu já indo para a minha 4ª prova de proficiência e já sabendo alguma coisa sobre como usar um ábaco. Quem sabe não arranjo um emprego de professora de <i>soroban</i> no <a href="http://icbrasiljapao.blogspot.com/">ICBJ</a> quando voltar, né? Hihihi! </span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">O esquema do curso é tão gostoso, que não tem como não se apaixonar. Tudo, absolutamente tudo é gratuito no curso para estrangeiros coordenado pelo Moritomo-sensei. Material em papel para as aulas, soroban (sim, nós ganhamos!) e até o lanchinho do intervalo. As aulas acontecem todo sábado, entre 11h e meio-dia, na Câmara de Comércio de Osaka, no centro da cidade. Resumindo bastante, meu único gasto com o <i>soroban</i> são as passagens de ida e volta. Com certeza, o que se ganha com esse curso nunca poderemos retribuir. Além da gratuidade, somos tratados com muito carinho, treinamos nosso japonês, conhecemos outros estrangeiros e temos os professores mais fofos. </span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXXbT8OrDoakDFfX7HSAGeP0dXlDplZAONVI8yPJUDV5p0LxbEjq9crhVqLvlCGKoBth77lUJKOQUD4quUQJ5rKVZE1wUla9fScJGOva32zFQaEUt5TqhqO8ogcaXXm1mha7z9E4kgAwiF/s1600/soroban-senseis.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXXbT8OrDoakDFfX7HSAGeP0dXlDplZAONVI8yPJUDV5p0LxbEjq9crhVqLvlCGKoBth77lUJKOQUD4quUQJ5rKVZE1wUla9fScJGOva32zFQaEUt5TqhqO8ogcaXXm1mha7z9E4kgAwiF/s320/soroban-senseis.jpg" width="320" /></a></div>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"></span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Como se já não fosse muito, todo ano temos duas cerimônias muito importantes. A primeira é a “Cerimônia de Dedicação”, que acontece no início do ano, para agradecermos pelo ano que passou e prometermos nos dedicar ainda mais no ano que se inicia. Nessa cerimônia, que acontece no templo Tenmangu (o mais famoso de Osaka), fazemos algumas contas compartilhando um grande <i>soroban</i> com outras pessoas e acontece um ritual shintoísta. Após a cerimônia, almoçamos uma deliciosa comida tradicional e ganhamos vários brindes. Ainda recebemos o ‘<i>otoshidama</i>’, que é o presente em dinheiro dado pelos pais ou avós às crianças japonesas nas comemorações de Ano Novo japonesas (a virada do ano é a época mais importante do calendário japonês). A segunda grande cerimônia é a apresentação da turma à Associação de <i>Soroban</i> de Osaka, na qual não fazemos nada, mas dizem ser a mais importante para a turma (eu acho a outra mais legal, daí a ordem). Após essa cerimônia também ganhamos um almoço gostoso e um novo ábaco. </span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Resumindo bastante, esse curso é uma das melhores coisas que eu encontrei aqui. Nele ganhei maior velocidade de raciocínio, aprendi e aprendo muito, conheci pessoas maravilhosas e vi um lado muito gentil do Japão. Espero aprender ainda mais e poder levar isso pra sempre. </span>
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br /></span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Fica a dica pra quem um dia passar algum tempo em Osaka! Procurem pelo Curso de <i>Soroban</i> para Estrangeiros e experimentem um pouquinho da cultura tradicional japonesa de um jeito muito legal.
</span>Ninahttp://www.blogger.com/profile/04785516898399430983noreply@blogger.com0