4 de agosto de 2009

Mar

"Aquela que vem do mar", assim definem meu nome e, sinceramente, não vejo nada melhor para definir alguém como eu. As motivações dos meus pais foram óbvias, mas isso vai além da nomenclatura, é uma conexão de essências.

O mar, em toda sua transparência, reflete o que o cerca sem deixar de demonstrar sua verdade. O cinza chumbo dos dias nublados se soma à maré revolta, que destrói e lava. O azul de dias claros vem junto à tranqüilidade e da mansidão da correnteza. O verde, próprio das águas rasas cercadas por matas, aparece em conjunto com uma natureza exuberante e em constante renovação.

Quem nunca presenciou uma de minhas conversas silenciosas com minha parte gigante, não me conhece por completo. Já chorei tantas vezes em seus ombros. Já sorri, alegre, em seus braços. Já decidi muito da vida em debates acalorados.

Sempre acabamos demonstrando o mesmo estado de espírito, pois compartilhamos sim - e não há quem me convença do contrário - da mesma essência. Somos passionais, apesar de disciplinados; cheios de vida, apesar de tímidos; incompreendidos, apesar de verdadeiros.

Não existe mar traiçoeiro, existe, sim, quem não entenda nada sobre o mar.



2 comentários:

  1. wow, que texto lindo! e mais ainda o modo como está retratado um pouco de vc!
    prazer, marina-san, aquela que vem do mar! よろしく!!!

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  2. Do pouco que conheci você achei você muito interessante, isso porque sou observador demais. Belíssimo texto "moça que vem do mar"..rs
    Gostei da foto também!

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