5 de novembro de 2010

Temos todo o tempo do mundo...


[A Persistência da Memória - Dali]


Vivo a pecaminosa vida de não atualizar meu blog há mais de um mês. No meu mundo isso é motivo de punições mentais graves, ainda mais quando tenho sempre tanta coisa transbordando pela boca, pelos ouvidos, pelos poros. Penso demais... Tenho coisa demais para contar. Mas a preguiça me pega de jeito às vezes e eu não resisto; a preguiça, definitivamente, tem pegada.

Na última vez que escrevi aqui, estava magoada, saudosa, ferida... E mais um trilhão de adjetivos, que cabem a um momentozinho de fraqueza. Acontece. E, hoje, já não cabem mais esses adjetivos. Aos que se perguntam como andará a Marina, ela vai muito bem. Ela tem tentado se organizar numa chuva contínua de funções, trabalhos, realizações, planos e decisões futuras. A vida não é fácil pra ninguém, em lugar nenhum do mundo, mas não deixa de ser prazerosa nos seus detalhes, bons ou ruins.

A verdade é que todos nós temos todo o tempo do mundo. A morte é única certeza da vida, mas ainda assim não está certa a sua data. Ou seja, ela nem é tão certa assim. Pensei isso hoje, equanto organizava infinitamente meu calendário até março do ano que vem. Ah...! Março do ano que vem... Tão distante e tão próximo na minha expectativa...

Entre o último post e hoje, várias coisas aconteceram, como deveria ser. E a vida seguiu, também como deveria ser. Estudei, descobri prazos, chorei, briguei, fiquei p***, ri, me diverti, dancei... E decidi um monte de coisas importantes. Afinal, é assim mesmo, o tempo todo, com todo mundo. Pode parecer bobagem, mas estamos sempre decidindo coisas pequenas, mas que não deixam de ser fundamentais (ou vocês realmente acham que decidir parar e comer alguma coisa é inútil?).

Nas últimas semanas decidi meus próximos 3 anos. Sim, 3 anos. TEMPO QUE NÃO ACABA MAIS! Vou fazer meu doutorado, vou fazer valer a pena estar aqui, sofrer de saudades aqui, me descobrir adulta aqui. Cresci tanto desde que cheguei, que já me vejo criança em fotos do ano passado, me sinto uma gigante. Ao mesmo tempo, pegar uma gripe na segunda-feira me fez chorar que nem bebê e pedir que a minha mãe estivesse aqui pra cuidar de mim, porque tive medo.

E vou seguindo, inconstante, apesar de dando sempre a cara a tapa... Nessa terra distante... Nessa terra inatingível do Brasil, mas tão comum depois de vista de perto... Vou seguindo sendo eu mesma, essa mistura louca de pensamentos mais loucos ainda, mas de desejos bem concretos, bem comuns.

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Criancinhas brasileiras criadas a leite com pêra e ovomaltino (sic), ler é legal e inspira. Inspira e muito. Meu blog que o diga...

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Esse post foi escrito em 15 minutos contados no relógio... Sério! Isso acaba de mudar minha percepção de preguiça de escrever no blog para noção de "Pelo amor de Deus, Marina! Você só precisa de 15 min! Deixa de ser lesada!".

2 comentários:

  1. Doutorado ai...???? :´(

    Mas eu tou com você e não abro.

    :****

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  2. Minha linda Marina-menina-mulher...
    A força e, mais do que ela, as cores das palavras são poderosas na arte de nos trazer para fora, cumprir o roteiro de nos expor.E você bebeu de tantos tipos de fontes semânticas, que o resultado só podia ser este: falar, dizendo e, não, apenas soltando sons e sentidos.Gosto disso. Amo o ser humano que Deus está construindo em você e através do que você se
    torna, Ele mesmo se faz presente, parceiro e protetor.
    Amo você e tudo o que Deus tem podido ser em você...Bjs

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