11 de setembro de 2012

Going GLOBAL!

O quão global é você, querido leitor? Digamos que tanto eu quanto você, aí, lendo, do outro lado dessa linhazinha – nos conectando no meio dessa rede imensa –, somos bastante globais. Quer argumento melhor do que o fato de estarmos, cada um, em um ponto diferente do planeta (mais especificamente, cada um de um lado do planeta!) e, ainda assim, recebermos as idéias uns dos outros? Eu, aqui, do Japão, escrevendo pra vocês, aí, onde quer que vocês estejam... E mais milhares de pessoas escrevendo para outros milhares... Essa é a internet, essa é a nossa realidade.

Há, não exagerados, 15 anos atrás, eu era uma menininha de 10 anos. O computador da minha casa era um dinossauro, o telefone era ruim, celulares eram monstros pré-históricos e os orelhões eram os salvadores da distância, apesar de raramente funcionarem bem. Antes disso, na época dos meus pais, computadores eram máquinas que ocupavam uma sala inteira, ninguém tinha acesso, a internet não existia e os orelhões, suas filas e fichinhas (confesso que ainda usei fichinhas de orelhão, porque, sim, eu sou dessa época) eram os salvadores das distâncias. Nem cito celulares nessa última parte, porque seria obviamente ridículo.

Afortunadas criancinhas de hoje em dia nascem num mundo onde suas carinhas já estão à disposição para milhões, apenas algumas horas depois de nascidas. Isso quando a magia da ultra-sonografia computadorizada E 3D não expõe suas minúsculas figurinhas, antes mesmo delas resolverem vir ao mundo. Com pouco mais ou pouco menos da idade que eu tinha quando criei meu primeiro blog (12 anos), as criancinhas de hoje já tem seus celulares, isso porque, com MUITO menos idade, toda já sabem mexer em computadores muito melhor do que muito marmanjo por aí.

Hoje temos: Twitter, Facebook, Skype, Tumblr, Orkut (ainda não falecido), Google+, YouTube, 9gag, Skoob, Foursquare, MySpace... Só no Brasil, hoje, existem 50 redes sociais listadas pela Wikipedia. E nós sabemos que isso é bem pouco pra realidade do número de redes existentes no mundo. A própria Wikipédia acaba se tornando uma rede, a partir do momento em que alguém se preocupa em escrever um artigo informativo que será usado por mais um monte de gente. Afinal, redes não são formadas somente pela obrigatória troca de informações, mas também pelo simples fato de uma informação ser passada a diante, atingindo mais e mais gente, ‘going global’. Isso sem contar com a imensidade de outras possibilidades que os moderníssimos smart phones trouxeram pras nossas vidas, tanto em termos de interação entre conhecidos como no sentido de possibilitar um maior acesso e uma maior inserção de informação na rede. Graças ao meu iPhone, hoje eu posso falar gratuitamente com a minha família, do outro lado do mundo a hora que quiser, bem como posso fazer updates no meu Twitter ou postar aqui nesse blog na hora que bem entender.

E isso, amiguinho, gera uma circulação de informação que era inimaginável lá na época de papai e mamãe. Em tempo real, é possível saber sobre desastres naturais, por exemplo, antes mesmo de as agências laçarem notificações oficiais. É possível acompanhar eventos de qualquer parte do planeta ao vivo. É possível saber sobre as reações populares a acontecimentos dentro de seus respectivos países na hora em que esses eventos ocorrem. Hoje eu falo com o meu pai quando quiser, pra saber se ele já melhorou da gripe (outro exemplo), enquanto sei que na época dele, se ele conseguia ligar pra casa do exterior, pelo menos uma vez por semana, era uma vitória.

Resolvi escrever sobre isso, porque estava aqui, mais uma vez, fascinada com o fato de nunca ter sido tão fácil conseguir informações. E nunca ter sido tão simples gerar informações. Na verdade, nunca na história foi tão fácil ser um cientista humano (historiador, sociólogo etc.). Nunca foi tão rápido se ‘transportar’ para qualquer lugar do mundo. Hoje somos moradores do mundo, somos globais, capazes de receber de qualquer lugar qualquer dado que tenhamos interesse. Hoje somos capazes de agir mais em prol de um todo, de protestar, de mostrar nossos pontos de vista, de nos manter cientes sobre nós mesmos.

Pela primeira vez o homem rompeu as antigas barreiras estatais e descobriu o quão legal pode ser assumir a posição de ser humano, para além de sua identidade nacional. A realidade que vivemos é a da descoberta de uma ferramenta que nos coloca na posição de atores globais. Os homens e mulheres de hoje são aqueles que geram uma amedrontadora ‘opinião pública’, são aqueles que geram ‘primaveras’ por aí... O que antes era domínio da mídia passou às mãos de todos nós. Transferir informação deixou de ser privilégio de quem tinha a tecnologia pra tal, porque a tecnologia passou a ser de todos. Tendo acesso à rede, todos nós somos capazes de informar e sermos informados.

Apesar das ‘desgraças da inclusão’ que encontramos por aí (Pelo amor de Deus, alguém já parou pra ler comentários de sites de notícias? Eu morro um pouquinho a cada vez que me dou ao trabalho. Mas, como dizem as más línguas, opinião é q nem...Vesícula Biliar, cada um tem a sua... õ.o), a grande rede se tornou uma máquina poderosíssima. Cada um de nós se tornou global em um clique, literalmente.

3 comentários:

  1. É isso. Sem tirar, nem pôr... A informação é tudo! Obviamente, tem lá seus inúmeros pontos negativos, também, porque tudo depende da cabecinha que a recebe e armazena... rsrsrs
    Viva a diminuição de distâncias! =))

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  2. Graças s Deus hoje temos essas facilidades! Acho que se não existisse skype, meu dinheiro ia todo embora só em ligações para o Brasil! Minha mãe ia me levar a falência! huahauha
    Mas falando sério, é engraçado ver como a coisa evoluiu em tão pouco tempo. Como você disse, a alguns anos quem imaginária que teríanmos tudo isso?

    E chorei de rir com a parte que você fala dos comentários das pessoas em notícias... Tem cada coisa que as pessoas escrevem, que dá vontade de morrer! huahauahua

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  3. Isso soh me faz perceber uma coisa: to ficando velho!

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