Queria...

Queria ser forte, bater pé e segurar a onda da minha forma de pensar teimosamente, sem me preocupar.
Queria poder virar e fazer uma lista de coisas que eu não gosto e defendê-la.
Queria, também, saber lidar com o que ser assim acarretaria para a minha vida, sem pensar na dor que isso poderia causar ao meu coração.
Queria poder perceber antes de ser tarde, que passo dos limites e que não posso querer que as pessoas sejam mini clones do meu alter ego perturbado.
Queria poder não estragar as melhores coisas antes mesmo que elas aconteçam e, mesmo estragando depois, que os estragos fossem menores.
Queria, ainda, saber lidar com esse tal de relacionamento humano sem me sentir uma completa ignorante, sempre incerta, sempre insegura.
É tudo tão relativo, tudo tão interligado, tudo tão... Interminável e imutável na minha cabeça, que às vezes eu me perco.
Mas quem seria eu, se não fosse essa eterna inconstância, essa eterna meamorfose ambulante?
Sentindo quando não pode, falando quando não deve, agindo quando não pensa.
Falta em mim um manual de instruções e minha garantia não cobre defeito de fábrica.

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Eu te amo... Isso é fato.