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Sou dessas, crio uma bolha e tento manter dentro dessa bolha tudo de lindo. Aqueles que considero amigos, as coisas que eu gosto, minha família e fico lá dentro, presa, achando que o mundo é bom, Sebastião, e que as pessoas que eu escolhi jamais seriam capaz de me desapontar, porque as trato muito bem dentro da minha bolha.
O problema todo é que essa bolha sobe e sobe, sem fim. Chega na extratosfera e, quando não tem mais jeito de eu me salvar quando cair, a bolha estoura e BAM! Lá estou eu espatifada no chão, como quando um desenho animado cai de muito alto e cola no chão, como um tomate podre quando é jogado em algum político corrupto por esse mundo afora. Totalmente estrupiada...
Não há raiva ou ódio mortal que seja mais cruel que a decepção, isso aprendi há alguns anos e resolvi pra mim e para o bem da minha mania de viver numa bolha que a decepção seria o sentimento desejado a todos os algozes da minha vida. Pisou na bola comigo? Me decepciono, não te odeio. Fico triste, não te xingo. E acredite, a decepção é só o passo número 1 de um processo de desapego que vai te cortar lentamente da minha vida.
A menina bolha sempre foi daquelas que corria atrás das pessoas implorando amizade, chorando por afeto e clamando por compreensão. Bem EMO, eu sei. Mas um dia ela descobriu que sua imunidade aos males do mundo não era o problema e sim a sua cabeça, que a mimava de forma irremediável e achava por bem mantê-la em uma bolha, para que o mundo não a fizesse mal. As dores da vida estavam aí para serem vividas e se transformarem em força.
No dia em que a menina bolha descobriu isso, sua vida mudou para sempre. Mesmo adotando algumas pessoas como moradores de seu coração, já não fazia parte de seu estilo implorar por amor e os relacionamentos passaram a ser uma grande estrada de mão dupla no seu coração, que fechava facilmente no caso de só uma das mãos funcionarem.
Assim, a menina bolha viveu feliz para sempre. Tropeçando às vezes, mas vivendo muito mais sentimentos verdadeiros.
A maturidade que só o tempo traz... É tão bom, né? We love those who loves us. That is so true!
ResponderExcluirÀs vezes eu fico pensando se os velhinhos são calmos pq o físico os impõe essa condição, ou se são calmos pq a maturidade os ensinou a serem assim, mais tranquilos em suas convicções e situações. De qualquer forma, é muito bom, às vezes, deixar pra trás aquela ansiedade e pressa de qdo queríamos tudo pra ontem e DO JEITO Q A GENTE QUERIA! Senão, não servia! rsrsrsrsrs Bem-vinda à maturidade, baby! I love you so much!
Que bom, Menina Bolha...Estourada!Se estar nela era, pensava-se, segurança, também era isolamento.E estar isolado não é compartilhar, ainda que sejam dores a serem trocadas.
ResponderExcluirO grande sabor da vida, Menina-Fora-da-Bolha,é descobrir que apesar da capacidade dos que amamos nos decepcionar, nos movemos atraídos pelas relações, pelas trocas.E entre dores e amores, vencem os amores.Supera-se as decepções para se descobrir que mesmo quando decepcionamos, há sempre a possibilidade de se tentar de novo, há sempre uma nova oportunidade de...viver.Bem-vinda à vida, Menina!
Fico feliz em ter presenciado (contribuido em parte, -talvez?-com) o estouro dessa bolha. Eh bom que ela esteja mais fragil pra perceber o quao o mundo la fora deve ser peitado e encarado. Por mais que queiramos resistir, ele esta la e eh com ele que aprendemos a crescer (mas devemos mesmo?). Mas continue com esse coraçaozinho docil e de aparencia fragil, porque assim que o conhecemos em vc, um coraçao aberto, carinhoso e atencioso.
ResponderExcluirBJos, bebe!
Marina! É a amiga da Bel, lembra de mim? hah Adorei o blog, você escreve muito bem! Aproveite bastante essa experiência maravilhosa que você esta vivendo e registre tudo mesmo, isso é muito bom! beeijos!
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