15 de janeiro de 2010

Luta x Briga

Depois de milhares de anos (exageiro, ok!) sem escrever aqui, queria voltar com um texto bonitinho e legal sobre flores e arco-íris, sobre a viagem ao Japão, sobre as coisas legais que estão para acontecer nesse novo ano. Aliás, FELIZ ANO NOVO a todos! Mas hoje me convenci de que vou voltar, no primeiro post de 2010, com alguma coisa mais útil.

A 1ª edição do RJ TV de hoje (15/01/2010), na Rede Globo, exibiu uma reportagem que me indignou não só pelo conteúdo, mas pela forma com que foi tratada, na apresentação, a questão da briga. Criando uma imagem distorcida do lutador e confundindo a prática de lutas com a ação de bandos de marginais que marcam brigas pela internet. Como não gosto que mexam com as minhas artes, tive que colocar a boca no mundo, né? E a reclamação foi essa aqui:
Gostaria de pedir que fosse esclarecido, durante o programa, uma questão que me deixou muito indignada durante a 1ª edição do RJ TV de hoje (15/01/2010).
O programa exibiu a prisão da gangue dos bairros do Méier e do Cachambi, que marcou, pela internet, uma briga na Praça Edmundo Rego, no Grajaú. Ao exibir a reportagem, o ex-capitão do BOPE, Rodrigo Pimentel, citou que "por incrível que pareça" os integrantes da gangue não eram integrantes de nenhuma academia de lutas.
Sou faixa preta 1º dan de Taekwondo, faixa amarela de Hapkido Semokwan e vivo nesse meio, tendo amigos que praticam diversas outras artes. Acho extremamente necessário esclarecer e diferendiar, para o telespectador e, por que não, para a população, os conceitos de luta e briga. O verdadeiro lutador, não marca uma briga na rua pela internet, não sai por aí brigando. Aquele que pratica lutas, de forma geral, e leva a sério e defede os princípios de sua arte não tem esse tipo de prática. Que, do meu ponto de vista, é criminosa.
Uma briga pode ser encarada como uma discussão ou como uma agressão mútua sem um sentido claro ou justo. Uma luta visa a sobrevivência e a prática de sua técnica, além do preparo físico e espiritual, tem como finalidades a prática esportiva ou a defesa pessoal.
Agressão gratuita não faz parte da filosofia de nenhuma luta praticada em academias sérias. Por mais que os movimentos sejam traumáticos, nenhum deles tem como objetivo ser aplicado sem uma razão específica de defesa da vida. É muito importante não misturarmos o conceito de
briga com o conceito de luta. São muito diferentes!
Agradeço o espaço de participação e peço, encarecidamente que isso seja esclarecido, pois é fundamental e evita pensamentos equivocados sobre os todos os praticantes sérios de lutas.
Acho que mandei o recado, né? Precisava falar isso, não podia deixar passar. Era meu dever como faixa preta, como instrutora, como praticante. E, quando digo "lutas em geral", quero incluir todas aquelas que não seguem um caminho de marcialidade como as que eu pratico. Pois o Boxe, entre outras artes, não seguem uma filosofia de arte marcial (é legal dar uma olhada na definição de arte marcial), mas não deixam de ser lutas que merecem respeito e, como qualquer uma das outras, não visam em momento algum a violência gratuita.

Não vamos misturar, como diria vovô, "alhos com bugalhos"! Hehehe!

Um comentário:

  1. É isso aí Marina, pra cima deles. Se você se candidatar um dia eu voto em ti!!!!!!!!!!

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